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Mais Abraços // Segunda-feira 19 Setembro, 2022 // #filhos, #cuidados, #descanso
Desenhos animados são parte do cotidiano da grande maioria das casas que têm crianças. Apesar das recentes preocupações com exposições prolongadas a telas, os desenhos são recursos antigos para muitas famílias que querem entreter os filhos e as filhas a fim de que os adultos possam se ocupar de outras tarefas ou mesmo descansar.
A boa notícia é que há muitas outras funções nos desenhos animados. A primeira delas é conseguir manter a criança concentrada em um só ponto, ainda mais se tratando dos dias atuais, quando há tantas distrações externas e fontes de entretenimento. Trabalhar bem essa capacidade de concentração pode ser importante no futuro e deve ser estimulado desde cedo.
O desenho é lúdico e não deixa de ser uma forma de arte. Nada melhor do que elementos visuais e divertidos para estimular a neuroplasticidade dos seus pequenos, ou seja, aquela capacidade que o cérebro possui de modificar a sua estrutura a partir das novas experiências que o sujeito está vivenciando. Na fase infantil, aliás, é quando eles absorvem informações com uma velocidade impressionante e única na vida.
Outro fator interessante é que a premissa da grande maioria dos roteiros de desenho animado é baseada na jornada do herói — conceito criado pelo antropólogo Joseph Campbell, em 1949. Esse conceito, também conhecido como “monomito”, se propôs a analisar grandes narrativas antigas, como a de Buda ou a de Cristo, e identificar pontos comuns entre elas. O resultado foi a observação de três partes cruciais em todas: a Partida, quando o então herói se lança em sua jornada; a Iniciação, quando várias aventuras desse herói se desdobram; e o Retorno, quando esse herói volta para casa com o conhecimento e os poderes adquiridos ao longo da jornada. A questão é que, nesse retorno, há sempre uma moral envolvida, com as lições finais da narrativa.
Os desenhos animados, observe, não costumam fugir a essa regra: geralmente têm um herói em busca de algo, que parte, se aventura e retorna, então, com uma lição adquirida. Isso pode parecer uma forma genérica e pouco efetiva, mas é justamente o contrário: por ser repetida na maioria dos roteiros, rapidamente, se torna a estrutura com a qual seu filho ou sua filha estará habituado ou habituada.
E com esse hábito, vem também a aquisição dos conhecimentos que os heróis e as heroínas trazem em seu entorno. Desenhos animados são recheados de lições sobre amor, amizade, família, compreensão, compaixão, ética, bravura, valentia e medos. Todos esses são sentimentos inerentes à existência humana, que nos habitam de alguma forma, em algum momento. Ao se identificarem com os sentimentos do herói, as crianças tendem a se sentirem representadas e mais seguras quanto às próprias angústias e aos próprios medos. É quase como uma terapia em doses homeopáticas, usando e abusando de cores, sons e efeitos.
As vantagens dos desenhos animados para crianças não param por aí: assistir desenhos com a sua criança é também uma oportunidade de vivenciar um momento de diversão e descontração em família, quando esses aprendizados mencionados anteriormente podem ser conversados ao fim do enredo. Se a criança tiver um irmão ou uma irmã, é ainda uma possibilidade de mantê-los juntos em uma única atividade.
Por fim, o desenho animado ainda aguça os sentidos visuais da criança, que fica imersa naquele universo — perceba o olhar fissurado de um pequeno ao assistir a um vídeo que para nós, adultos, é relativamente simples. Isso ajuda a apurar a criatividade e expandir as capacidades cognitivas.
Para celebrar os tantos benefícios de se assistir a algo tão prazeroso, diversas listas com indicações de títulos pipocam pela internet. Escolhemos como indicação esta lista feita por especialistas para a Crescer. E só um lembrete importante: crianças menores de 18 meses devem, preferencialmente, ser poupadas das telas, segundo a Academia Americana de Pediatria.
Esteja atenta também à classificação indicativa dos desenhos animados e filmes, para não expor as crianças a temas de alta complexidade para a faixa etária delas. E, principalmente, opte por conteúdos que não contenham publicidade — esse é um tema complexo e debatido por entidades específicas, como o Instituto Criança e Consumo.
Agora, prepare a pipoca, escolha um dos títulos sugeridos, junte seus pequenos na sala e aproveite esse momento tão rico e prazeroso em família!
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