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Mais Abraços // Sexta-feira 16 Agosto, 2024 // #criança, #saúde, #doenças respiratórias
Com a chegada do inverno e do tempo seco, é comum que aumentem os casos de doenças respiratórias em crianças. A propagação de vírus pode representar um desafio para a saúde dos pequenos.
Doenças respiratórias afetam os órgãos, tecidos e estruturas do sistema respiratório, como nariz, traqueia e pulmão. Veja quais são as principais doenças do trato respiratório que atingem bebês e crianças nesta época fria do ano, como identificar os sintomas e quais são os tratamentos indicados para cada uma dessas doenças respiratórias. Afinal, é importante protegê-los e proporcionar uma temporada de frio tranquila para nossos pequenos.
Como são enfermidades que afetam as vias nasais, faringe, laringe, brônquios, traqueia, diafragma, pulmões e alvéolos pulmonares, as doenças respiratórias em crianças prejudicam o sistema respiratório, causando estes sintomas comuns, de acordo com o Acervo de Recursos Educacionais em Saúde (ARES):
Tosse;
Febre;
Congestão nasal;
Falta de apetite;
Coriza;
Dor de garganta;
Dor muscular;
Falta de ar;
Fadiga.
É essencial estar preparado para enfrentar as doenças respiratórias no inverno e no outono — as épocas mais frias do ano — para garantir que bebês e crianças estejam protegidos e evitar os sintomas citados acima.
"O próprio ar frio do inverno é um pouco irritativo para a via aérea, facilitando a inflamação e a infecção, principalmente por vírus", conta a pediatra e pneumologista Fátima Pombo Sant’Anna, presidente do Departamento de Pneumologia da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP).
Fátima ressalta que, no inverno, os ambientes ficam mais fechados e propensos à aglomeração. "Lugares muito cheios, em que haja pouca ventilação, pioram a questão da contaminação das crianças, que já têm uma via aérea mais vulnerável".
Além do resfriado e da gripe, as características destas estações podem precipitar outras doenças infecciosas, como pneumonia, bronquite e bronquiolite, além de piorarem quadros alérgicos, como a rinite.
A pediatra ressalta que o cuidado em relação às crianças é importante nessa época. "Minha recomendação é que as crianças, quanto menor forem, sejam mais protegidas em relação ao contato com pessoas resfriadas em lugares fechados, mal ventilados, e que não têm uma boa entrada de sol", afirma.
O resfriado é uma das doenças respiratórias em crianças mais comuns durante as épocas mais frias. Informações do Ministério da Saúde afirmam que o resfriado é, na maioria dos casos, causado por rinovírus.
Os primeiros sintomas de que seu filho pode estar resfriado são:
Coceira no nariz;
Irritação na garganta;
Espirros;
Secreções nasais;
Febre baixa.
Ainda não existem medicamentos eficientes para curar o resfriado. Portanto, a indicação para que haja melhora dos sintomas é manter uma hidratação adequada, com água e sucos naturais e, no caso dos bebês em fase de amamentação, o leite materno ou fórmulas — sempre de acordo com recomendação do pediatra.
Outras maneiras de aliviar os sintomas é assoar o nariz com um aspirador nasal especial para bebês ou com um lenço macio para crianças maiores, o que pode ajudar a remover o muco e melhorar a respiração. Você pode também usar um umidificador de ambiente para deixar o ar da casa menos seco e ajudar a diminuir a congestão nasal.
Algumas medidas que podem ajudar a reduzir a contaminação incluem lavar as mãos com água e sabão, evitar contato próximo com pessoas que apresentam doenças respiratórias, cobrir a boca e o nariz ao tossir ou espirrar e incentivar o hábito de higiene pessoal em crianças maiores.
Também considerada uma das doenças respiratórias mais comuns em bebês e crianças, a gripe é causada pelo vírus influenza. Os sintomas da gripe incluem:
Vermelhidão no rosto (principalmente no nariz e olhos);
Dores no corpo;
Tosse seca;
Cansaço;
Mal-estar.
Quanto ao tratamento, assim como o resfriado, pede-se repouso e uma boa hidratação. É importante manter os hábitos que o bebê já tem. Portanto, a hidratação pode ser feita com água para bebês que já tomam água e, para bebês que estão em fase de amamentação, é recomendado o leite materno (para quem mama no peito) ou fórmula (para bebês que tomam fórmula).
Medicamentos, como analgésicos e antitérmicos, só poem ser oferecidos ao seu filho caso haja prescrição do pediatra, sendo administrados de acordo com as orientações e dosagens apropriadas.
Felizmente, para evitar a gripe há a vacinação anual contra a gripe, que é altamente recomendada para bebês com mais de 6 meses, crianças e adultos, pois ajuda a reduzir o risco de infecção e complicações.
Além disso, é essencial adotar práticas de higiene em casa, como lavar as mãos regularmente com água e sabão e evitar contato próximo com pessoas doentes. Em ambientes externos com aglomerações, como creches ou escolas, fique atento a surtos de gripe e siga as orientações das autoridades de saúde.
Causada pela inflamação dos brônquios (que pode acontecer por conta de infecção viral ou bacteriana, além de poluição e poeira), responsáveis por levar o ar que entra pelo nariz até o pulmão, a bronquite é uma doença respiratória bastante comum em crianças. E, quando há acúmulo de secreção no pulmão, impede a passagem do ar e provoca tosse. Os sintomas da bronquite são:
Tosse persistente;
Produção de muco ou catarro;
Chiado no peito;
Desconforto ao respirar;
Em casos mais graves, pode haver febre e fadiga.
O tratamento da bronquite visa aliviar os sintomas e promover a recuperação. É recomendado oferecer líquidos em abundância para manter a hidratação adequada. Um umidificador pode ajudar a manter a umidade do ar e aliviar a irritação das vias aéreas. Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para ajudar a aliviar a tosse e facilitar a respiração.
A prevenção da bronquite deve ser feita com o intuito de evitar exposição de bebês e crianças a fatores de risco, como resfriado e a gripe, que podem levar à bronquite. Também é fundamental consultar um médico, especialmente se houver dificuldade respiratória, febre alta persistente ou sinais de desconforto.
A bronquiolite é uma doença inflamatória que afeta os bronquíolos (parte mais estreita das vias aéreas pulmonares). Este bloqueio do bronquíolo por inflamação e muco leva a uma dificuldade para a saída de ar dos pulmões, causando um chiado durante a passagem do ar.
A doença é causada, principalmente, pelo VSR (Vírus Sincicial Respiratório), o responsável pela grande maioria dos casos (de 50% a 80% deles). Esse agente também é causador de pneumonia, uma das possíveis doenças respiratórias em crianças, e circula com maior intensidade no outono e inverno.
Fique de olho nos sintomas para identificar mais facilmente a doença no seu filho:
Obstrução nasal;
Dificuldade para mamar e se alimentar;
Irritabilidade;
Dificuldade para respirar;
Respiração com chiado no peito;
Sono em excesso;
Gemência.
O tratamento da bronquiolite visa principalmente aliviar os sintomas e ajudar a criança a respirar mais facilmente, mantendo a hidratação. Em alguns casos, o médico pode prescrever medicamentos para reduzir a inflamação das vias aéreas.
Quanto à prevenção, é preciso lavar as mãos regularmente com água e sabão, especialmente antes de tocar no bebê, pois o VSR é transmitido pelo contato direto com secreções respiratórias infectadas, além de evitar o contato próximo com pessoas doentes, principalmente aquelas com sintomas de infecções respiratórias.
No caso de bebês considerados de alto risco, como prematuros ou com condições médicas subjacentes (com doenças ou em atendimento hospitalar), o médico pode recomendar uma forma de prevenção chamada de imunoprofilaxia, que envolve a administração de anticorpos específicos para o vírus sincicial respiratório (VSR) e que ajuda a reduzir o risco de infecção grave.
A rinite alérgica é uma reação a substâncias presentes nos ambientes, como pólen, ácaros, mofo e pelos de animais. Os sintomas podem afetar o sono, a alimentação e a qualidade de vida das crianças. Veja quais são:
Olhos lacrimejantes e irritados;
Coceira na garganta.
De acordo com o Ministério da Saúde, a rinite alérgica não tem cura, mas algumas medidas ajudam a prevenir e a controlar as crises. Uma boa maneira de amenizar os sintomas é evitando exposição aos alérgenos. Por isso, mantenha ambientes da casa limpos e sem poeira (de preferência rmovida com aspirador de pó que tenha filtro HEPA).
Faça a limpeza de tapetes e cortinas, pois esses tecidos acumulam ácaros, e lave regularmente a roupa de cama, usar capas antialérgicas em colchões e travesseiro para evitar umidade também pode ajudar.
O controle da umidade em casa também é importante para prevenir o crescimento de mofo. Existem medicamentos para aliviar os sintomas, mas devem ser usados apenas sob orientação médica do pediatra do seu filho.
A pneumonia é uma infecção respiratória pulmona causada por bactérias, vírus, fungos ou pela inalação de produtos tóxicos que transitam pelo ar, saliva e secreções.
Os principais sintomas são:
Febre alta;
Fadiga;
Irritabilidade.
Em bebês, os sinais podem ser mais sutis, como dificuldade para se alimentar, letargia e choro anormal. É essencial estar atento a esses sinais de alerta e buscar ajuda médica imediatamente se a criança apresentar dificuldade respiratória grave.
O tratamento da pneumonia é feito através da administração de antibióticos, caso a infecção seja bacteriana. No entanto, se a pneumonia for causada por um vírus, o médico pode recomendar medidas de suporte, como repouso, hidratação adequada e medicamentos para aliviar os sintomas, como antitérmicos e analgésicos.
A vacinação é uma das formas mais eficazes de prevenir a pneumonia bacteriana. Certifique-se de que a criança esteja com as vacinas em dia, seguindo o calendário de imunização recomendado. Segundo o calendário vacinal brasileiro, a idade recomendada para a primeira dose da vacina contra pneumonia é aos 2 meses.
Outras medidas de prevenção incluem lavar as mãos regularmente e incentivar a criança a fazer o mesmo, principalmente antes das refeições e após tossir ou espirrar. Evite o contato próximo com pessoas doentes e mantenha a higiene adequada dos objetos de uso diário, como brinquedos e utensílios.
A infecção pelo vírus sincicial respiratório (VSR) acontece com mais frequência no outono e inverno e, como tem sintomas parecidos aos de um resfriado, deve ser prevenido e diagnosticado pois, se não tratado, pode causar doenças mais graves. É importante lembrar que o VSR é um dos principais vírus associados à bronquiolite e a pneumonia.
Nos casos mais leves, os sintomas do vírus VSR são:
Tosse leve;
Após um ou dois dias, os sintomas podem se intensificar:
Tosse mais intensa;
Chiado ao expirar;
Dificuldade para mamar e deglutir.
O tratamento do VSR, de acordo com a Fiocruz, pode ser feito em casa com antitérmicos indicados pelo médico pediatra para amenizar a febre. Além disso, podem ser indicadas inalações com soro e a lavagem nasal para facilitar a desobstrução nasal. Manter a criança hidratada também é uma recomendação médica.
Em caso de esforço respiratório, leve a criança ao médico para avaliação. Se houver insuficiência respiratória, pode ser indicada a internação hospitalar e tratamento para fornecer oxigênio extra aos pulmões, que acontece quando o nível de oxigênio no sangue está muito baixo.
Para evitar doenças respiratórias em crianças no inverno, fizemos uma lista de medidas preventivas eficazes que podem ser adotadas:
Manter as vacinas da criança em dia;
Evitar que a criança tenha contato com pessoas doentes;
Aquecer a casa nos dias mais frios;
Usar roupas adequadas de frio e luvas quando houver exposição fora de casa;
Manter hábitos saudáveis: boas noites de sono, alimentação equilibrada e hidratação constante;
Usar álcool em gel com frequência e lavar as mãos das crianças com água e sabão;
Manter a casa limpa, tirando a poeira de tapetes, cortinas e lavando as roupas de cama com frequência;
Abrir as janelas e portas regularmente para entrada de ar e luz do sol.
Ainda que sejam protegidos e bem assistidos, é impossível blindar eternamente nossas filhas e nossos filhos de contraírem alguma doença. Saiba mais sobre outras doenças comuns na infância e como tratá-las.
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