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Mais Abraços // Segunda-feira 19 Setembro, 2022 // #maes, #filhos, #cuidados, #emocoes
Empatia: um sentimento genuíno que já nasce com cada um de nós ou algo passível de ser ensinado?
Essa dúvida não é exatamente inédita. Jamil Zaki, psicólogo e professor da Universidade de Stanford, defende que a empatia é uma habilidade, portanto, pode ser ensinada. Com base em suas pesquisas, nas quais participantes foram expostos a situações específicas, ele observou que o nosso olhar sobre diferentes circunstâncias pode ser modificado. O resultado de seus estudos — que posteriormente originaram o livro A guerra pela bondade: construindo empatia num mundo partido (sem tradução no Brasil) — está resumido em uma palestra disponível neste link.
Para Camilla Viana, psicóloga e mestra em Orientação e Mediação Familiar pela Universidad Pontificia de Salamanca (UPSA), na Espanha, o significado de empatia é a capacidade de uma pessoa se colocar no lugar de outra. Ou seja, ser capaz de compreender a situação e os sentimentos que o outro indivíduo está experimentando. “Isso não significa necessariamente compartilhar das mesmas opiniões ou estar de acordo, mas sim possuir habilidades como escuta ativa, compreensão e apoio emocional”, explica ela.
Segundo Camilla, estudos confirmam que a empatia está presente em nós desde o nascimento, embora não seja exatamente da forma como a conhecemos. É preciso, dessa maneira, desenvolvê-la para conseguir aplicá-la em sociedade. Como, então, desenvolver empatia em nossas crianças?
“A empatia se desenvolve à medida que adquirimos habilidades que somente são aprendidas a partir do relacionamento com outras pessoas. Logo, os cuidadores responsáveis têm a tarefa fundamental de fornecer um ambiente seguro para que as crianças possam desenvolver suas habilidades emocionais e sociais”, diz Camilla.
É aí que entra o exemplo dos cuidadores: se os adultos souberem demonstrar carinho e compreender o que os filhos sentem e precisam, logo estes aprenderão a expressar suas próprias emoções e, consequentemente, saberão interpretar e sentir as dos outros. “Daí a importância de uma boa comunicação emocional na família, desde o início”, resume a psicóloga.
De acordo com o psicólogo especialista em inteligência emocional Martin Hoffman, a empatia se desenvolve aos poucos, em quatro fases principais:
Para a neurociência, existe uma outra divisão, mais simples, mas que se aproxima bastante dos conceitos da psicologia: enquanto há a empatia contagiosa, considerada automática e presente em outros seres da natureza, há também a cognitiva, passível de ser treinada e — por que não? — ampliada. É o que explica a neurocientista Claudia Feitosa-Santana, neste vídeo para a escola Casa do Saber, em São Paulo.
Para desenvolver a empatia cognitiva, é preciso ser mais autoempático e reconhecer suas próprias limitações, ser seletivo com o que irá tocar você, estar aberto a novas narrativas que irão nos apresentar situações de fora do nosso domínio e ser mais genuíno, ou seja, não a usar como uma estratégia, mas realmente sentir e ter empatia.
E você, como anda a sua empatia? Acredita ter o suficiente para poder passar também para seus pequenos? Pratique todos os dias colocar-se no lugar do outro. Os resultados podem ser transformadores.
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