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Mais Abraços // Quarta-feira 23 Outubro, 2024 // #saúde, #crianças, #gestantes
A Mpox é uma doença viral que tem chamado a atenção globalmente nos últimos anos por sua capacidade de afetar diferentes grupos, incluindo gestantes e crianças, e pelo aumento no número de casos.
Segundo informações da Organização Mundial da Saúde (OMS), mais de 100 mil pessoas contraíram a doença entre janeiro de 2022 e agosto de 2024, em mais de 120 países. Recentemente, a instituição declarou que o novo surto da mpox na África, com uma nova variante do vírus, é uma emergência de saúde pública de importância internacional.
No Brasil, atualmente, segundo dados do Ministério da Saúde, há cerca de 40 a 50 casos de mpox por mês, e nenhum deles da nova variante. A última morte registrada por mpox no país foi em 2023 – no total, foram 12 mil casos confirmados e 16 óbitos.
A mpox é uma zoonose, ou seja, uma doença transmitida de animais para humanos, causada por um vírus da mesma família que o vírus da varíola. Originalmente restrita a regiões da África, a doença ganhou alcance mundial nos últimos dois anos, incluindo o Brasil.
Segundo informações do Ministério da Saúde, a principal forma de transmissão da mpox é de pessoa para pessoa, por meio do contato direto com lesões de pele, fluidos corporais e gotículas respiratórias. A infecção também pode ocorrer no contato com objetos recentemente contaminados, como roupas, toalhas, utensílios e pratos.
O diagnóstico da mpox é realizado de forma laboratorial, por teste molecular ou sequenciamento genético. Segundo a normativa do Ministério da Saúde, o teste para diagnóstico laboratorial será realizado em todos os pacientes com suspeita da doença.
Os sintomas da Mpox geralmente surgem entre 3 e 16 dias após a exposição ao vírus, mas o tempo de incubação pode chegar a até 21 dias, segundo o Ministério da Saúde.
Os sinais mais comuns incluem:
Erupções cutâneas ou lesões na pele
Linfonodos inchados
Febre alta
Dores de cabeça
Dores no corpo
Calafrios
Fraqueza
As erupções na pele geralmente começam dentro de um a três dias após o início da febre, mas podem aparecer antes. O número de lesões pode variar de algumas a milhares e se concentram no rosto, na palma das mãos e na planta dos pés, mas podem ocorrer em qualquer parte do corpo, inclusive na boca, olhos e órgãos genitais.
Segundo a OMS, crianças, grávidas e pessoas com sistema imunológico fraco, incluindo pessoas vivendo com HIV não bem controlado, correm maior risco de complicações da mpox. As complicações podem incluir infecções bacterianas, pneumonia, dor ou dificuldade para engolir e vômitos e diarreia causando desidratação ou desnutrição.
Qualquer pessoa que tenha contato direto com alguém infectado ou com um animal silvestre portador do vírus está em maior risco de contrair mpox.
Quem é vacinado contra varíola comum pode ter algum nível de proteção contra a doença – mas esse imunizante parou de ser usado há décadas, pois a varíola foi a primeira doença humana erradicada, em 1980. No Brasil, as vacinações pararam em 1973.
Para gestantes, a mpox representa um risco significativo, pois o vírus pode ser transmitido ao bebê através da placenta. Além disso, a gravidez é um período em que o sistema imunológico está relativamente comprometido, o que pode tornar a infecção mais séria.
Segundo a OMS, pode haver complicações como prematuridade e infecção neonatal. Após o nascimento, o recém-nascido também pode contrair a doença pelo contato direto com a mãe infectada.
Leia mais: Como aumentar a imunidade infantil?
Assim, gestantes devem evitar contato próximo com pessoas infectadas. Caso tenha sido exposta ou apresente sintomas de mpox, é essencial procurar orientação médica imediatamente para realizar o teste e receber os cuidados necessários. Quem está amamentando e suspeita ou tem confirmação de mpox, também deve consultar o médico.
No Brasil, segundo dados do Ministério da Saúde, 23 gestantes foram infectadas por mpox em diferentes momentos da gravidez desde 2022, nenhuma delas em 2024.
As crianças podem contrair mpox de forma semelhante aos adultos, especialmente se tiverem contato próximo com alguém infectado. Segundo a Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS), os pequenos geralmente têm maior probabilidade de apresentar sintomas graves do que os adolescentes e adultos.
A princípio, as erupções cutâneas da mpox podem parecer algumas das doenças mais comuns em bebês, como catapora e outras infecções virais. Assim, se a criança apresentar sintomas indicativos, é crucial procurar orientação médica. O monitoramento é essencial para detectar sinais de agravamento e garantir os cuidados necessários.
Segundo a OPAS, porém, homens adultos são a população mais afetada até agora nas Américas, totalizando 94% dos casos registrados até agosto de 2024. No Brasil, de acordo com o Ministério da Saúde, 91,3% dos casos se concentram no sexo masculino, sendo que 70% dos homens diagnosticados com a doença têm entre 19 e 39 anos.
No Brasil, em 2024, apenas duas crianças na faixa de 0 a 4 anos tiveram diagnóstico confirmado para mpox, segundo dados do Ministério da Saúde.
A melhor maneira de prevenir a mpox é evitar o contato direto com pessoas infectadas ou com suspeita da doença. No caso da necessidade de contato, o Ministério da Saúde recomenda utilizar luvas, máscaras, avental e óculos de proteção.
Também é necessário adotar práticas de higiene pessoal e limpeza, incluindo lavar as mãos frequentemente e desinfetar superfícies e objetos que possam estar contaminados.
Pessoas com suspeita ou confirmação da doença devem cumprir isolamento imediato e não podem compartilhar objetos e material de uso pessoal até o fim do período de transmissão – que pode ocorrer desde o surgimento dos primeiros sintomas e durar até o momento em que as lesões tenham cicatrizado completamente e a pele tenha sido regenerada.
A vacina contra a mpox, que é derivada da vacina da varíola, já está disponível em alguns países, incluindo o Brasil. Mas, por enquanto, crianças e grávidas, pela baixa incidência de casos, não estão elegíveis para tomar o imunizante.
Leia mais: A importância da vacinação na gravidez
A estratégia do Ministério da Saúde brasileiro foca na proteção de grupos com maior risco de desenvolver formas graves da doença: pessoas vivendo com HIV/aids e profissionais de laboratório que trabalham diretamente com o vírus.
Além disso, a vacina será disponibilizada para quem tiver contato direto com fluidos e secreções corporais de pessoas suspeitas, prováveis ou confirmadas com mpox, conforme classificado pela OMS e avaliado pela vigilância local.
Ainda não existe medicamento aprovado especificamente para mpox. O tratamento da doença envolve o manejo dos sintomas, com foco em controlar a febre, aliviar a dor, evitar complicações e tratar lesões de pele para evitar sequelas. A maioria dos casos, segundo o Ministério da Saúde, apresenta sinais e sintomas leves e moderados.
Assim, a principal ação contra a mpox segue sendo a prevenção. Manter-se informado sobre os sintomas e adotar práticas rigorosas de higiene são passos essenciais para proteger a si mesmo e aos outros – incluindo gestantes e crianças.
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