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Mais Abraços // Terça-feira 17 Novembro, 2020 // #bebe, #desenvolvimento, #estimulacao
Existe um tipo de música ideal para o desenvolvimento infantil?
Sem rodeios, a resposta é não. Mas isso não impede que cada ritmo ou estilo de música tenha um desempenho poderoso no estímulo a bebês e crianças. Quer ver?
“Tudo depende da intenção e da finalidade de uma experiência musical. Se você quer deixar o bebê alegre e colocá-lo para brincar, pode tocar uma playlist mais animada, com mais pulso, batidas e um ritmo mais forte”, explica o neuropediatra Dr. Mauro Muszkat. E se o bebê estiver com sono ou você quiser fazê-lo dormir? “Esqueça músicas extremamente altas, rítmicas e com sons agudos. Coloque algo com tons mais graves e um andamento mais lento para que ele relaxe”, complementa o médico.
A receita é mais fácil do que parece, basta criar uma ambientação para os pequeninos e deixar claro qual é o papel da música ali. E para a experiência ser completa, ela deve estar carregada de vínculo e afeto. “Os pais precisam ser bons mediadores da estimulação de seus filhos e, para isso, é necessário que estejam alegres, dancem e participem do momento. Eles devem curtir tanto quanto os pequeninos”, indica o neuropediatra.
Sintonia é a palavra-chave e conhecer aquilo que o bebê gosta também ajuda em tal experiência musical. É necessário prestar atenção nas respostas que os pequeninos dão aos diferentes sons com o olhar e com o corpo, já que ainda não sabem se expressar verbalmente.
Um estímulo precoce, feito quando o bebê ainda está no ventre materno, contribui com o desenvolvimento infantil. “Quando a mãe cria um ambiente sonoro com aquilo que a agrada, sons apaziguadores, ela transmite ao feto uma cascata de hormônios relacionados ao prazer e sua cultura”, afirma o doutor.
E não adianta tentar enganar a criança: ela percebe o humor da mãe pela voz. “Um bebê é capaz de captar diferentes tonalidades e emoções na voz materna. Segundo estudos, ele identifica se a mãe está aflita, calma ou feliz”, garante o neuropediatra. Ou seja, cantar por cantar, sem nenhuma emoção ou com irritação não surtirá a resposta desejada.
Sons eletrônicos, emitidos por brinquedos, por exemplo, podem ter uma resposta inicial boa, mas depois cansar a criança. Isso se explica por ser um som muito indireto e repetitivo, que causa até certa irritação. Aos que buscam ferramentas como essa, a solução é brincar junto com o bebê e não abusar do método mecânico.
Por fim, você já deve ter ouvido falar que música clássica pode aumentar o QI das crianças e deixá-las mais inteligentes. Isso é outro mito, já que aprendemos aqui que não é o estilo musical que gera estimulação, mas a experiência em si. Colocar Mozart para o bebê pode acalmá-lo ou deixá-lo agitado, dependendo da sintonia, mas não o fará um gênio da matemática, por exemplo.
Portanto, pode soltar o gogó, tocar um xilofone, desafinar, contanto que seja um momento divertido com seu filho. Toda a música é bem-vinda desde que seja compartilhada.
Tem alguma música que você costuma cantar ou tocar para o seu bebê? Conta pra gente aqui nos comentários e aproveite para ouvir a música No Passinho do Bebê, que criamos em parceria com o neuropediatra Mauro Muszkat e o grupo Tiquequê: clique aqui.
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