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Mais Abraços // Segunda-feira 11 Setembro, 2023 // #roseola infantil, #infeccao
De repente, a criança tem uma febre alta súbita, e, quando ela finalmente abaixa, aparecem manchas vermelhas pelo corpo. Pode ser assustador e é preciso cuidado, mas geralmente não é algo que precise causar preocupações excessivas nos pais: conhecida como roséola infantil, essa condição é comum na infância, quando o sistema imunológico ainda está em desenvolvimento.
Mas o que causa a roséola? E quais são os sintomas? Entenda melhor tratar, prevenir e ajudar as crianças a lidarem com a doença a seguir.
Causada por duas cepas comuns de vírus — principalmente pelo Herpesvírus humano tipo 6 (HVH-6), e, menos frequentemente, pelo Herpesvírus humano tipo 7 (HVH-7) — a roséola infantil, também conhecida como exantema súbito, é uma doença viral que pode causar febre alta seguida por erupção cutânea.
A pediatra Tamara Freitas Pinho de Souza, pediatra na UTI Neonatal do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim” (CEJAM) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro, explica que a maioria dos casos é leve e autolimitada, ou seja, os sintomas não são tão fortes e o próprio organismo se encarrega de curá-la e retornar o corpo a seu estado normal de saúde.
A especialista explica ainda que se trata de uma doença comum e mais usual ainda em crianças pequenas: "90% dos casos ocorrem em crianças menores de 2 anos de idade", pontua.
O primeiro sintoma da roséola é uma febre elevada e contínua, de início súbito.
A febre dura entre três e cinco dias e então surgem erupções cutâneas rosadas. "As lesões aparecem, inicialmente, no tronco e se disseminam para cabeça e extremidades", explica a pediatra Tamara Souza.
"O exantema surge de forma súbita, assim como a cessação da febre que também ocorre abruptamente", ela explica. A erupção cutânea desaparece em dois ou três dias.
Outros sintomas da roséola em crianças incluem:
Glândulas inchadas na região do pescoço e atrás da cabeça;
Irritabilidade;
Falta de apetite;
O diagnóstico da roséola é clínico. O médico analisa os sintomas característicos da doença, principalmente o desenvolvimento de erupção cutânea depois de uma febre alta que já passou.
Raramente exames laboratoriais são necessários, embora o diagnóstico possa ser confirmado por meio de exames de sangue.
A roséola infantil é altamente contagiosa e pode se espalhar facilmente através do contato com fluídos corporais de outras crianças infectadas. O contágio se dá principalmente durante a fase de febre alta, antes da erupção cutânea aparecer, mas é recomendado o isolamento da criança por sete dias após o aparecimento do exantema. O período de incubação pode variar entre uma e duas semanas.
Normalmente, adultos não desenvolvem a doença, a não ser que tenham o sistema imune enfraquecido, mas é possível que, mesmo assintomáticos, passem o vírus para as crianças. Depois de pegarem roséola, as crianças criam anticorpos que as protegem do HVH-6 e provavelmente não terão a doença outra vez.
Como não existe vacina para roséola, a prevenção se dá pela lavagem adequada das mãos dos bebês e bons hábitos de higiene, assim como ocorre para evitar outras doenças virais.
Além disso, é importante evitar o contato com outras crianças que estejam com febre ou que tenham um diagnóstico de roséola.
É importante pontuar que crianças têm, naturalmente, menos cuidado ao tossir e espirrar, tampouco têm muitos critérios no contato com outras crianças, portanto, é mais difícil prevenir a contaminação na escola ou na creche. Nesse caso, pais, professores e responsáveis precisam sempre estar atentos a qualquer sintoma de doença viral, situação em que é melhor que a criança não frequente esses ambientes.
Não existe uma terapia antiviral específica para a roséola infantil. Segundo a pediatria, o tratamento se dá com medicamentos para tratar os sintomas (como antitérmicos para a febre e analgésicos para dor), repouso e manutenção da ingestão de líquidos – é muito importante garantir que a criança beba bastante água (ou leite materno) para prevenir a desidratação.
A maioria das crianças se recupera completamente em alguns dias e não requer hospitalização. Em alguns casos, pode haver complicações, como convulsões febris, e é importante consultar um médico se houver preocupações.
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