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Mais Abraços // Segunda-feira 26 Fevereiro, 2024 // #caxumba, #sintomas de caxumba
A caxumba é uma doença viral que pode atingir várias partes do corpo humano, mas é conhecida especialmente por afetar as glândulas parótidas, que produzem a saliva, ou as submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido. Por causar um inchaço característico nas glândulas salivares, também é conhecida como "papeira". A seguir, entenda o que é a doença, como se manifesta e como preveni-la.
Mais comum em crianças em idade escolar e em adolescentes – já esteve até entre as doenças mais comuns da infância –, a caxumba também pode afetar crianças menores e adultos, segundo o Ministério da Saúde. É geralmente benigna, embora existam casos de complicações mais graves, principalmente depois da adolescência. Além disso, ter caxumba durante o primeiro trimestre da gestação pode ocasionar aborto espontâneo.
Seja em adultos ou em crianças, a caxumba é uma infecção causada por vírus da família Paramyxoviridae, gênero Paramyxovirus.
O principal sintoma da caxumba em crianças é inchaço e dor nas glândulas salivares, principalmente nas parótidas, que são as maiores dos três pares de glândulas salivares e ficam abaixo e à frente dos ouvidos. Também pode afetar as outras glândulas salivares: as sublinguais, que ficam sob a lateral da língua, e as submandibulares, que ficam sob a lateral da mandíbula.
Outros sintomas incluem:
Febre moderada, até 38,5 ºC
Dor de cabeça
Fadiga e fraqueza
Perda de apetite
Dor ao mastigar e engolir
Em menores de 5 anos de idade são comuns sintomas das vias respiratórias e perda neurosensorial da audição – um tipo de surdez causada por problemas no ouvido interno –, de acordo com o Ministério da Saúde. Caso haja suspeita, é crucial buscar orientação médica para um diagnóstico preciso.
O diagnóstico da caxumba, especialmente em crianças, é geralmente feito por meio de exame clínico, com avaliação médica nas glândulas afetadas. Em geral, o profissional de saúde checa a inflamação apalpando a região das glândulas salivares, além de avaliar outros sintomas. O médico pode recomendar exame de sangue para confirmar a presença de anticorpos específicos contra o vírus da caxumba, para excluir a hipótese de outras doenças com sintomas parecidos.
Segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo, não há tratamento específico para a caxumba. Uma boa alimentação, manter a criança hidratada e, principalmente, em repouso são as recomendações mais importantes. Alimentos ácidos devem ser evitados, pois provocam um aumento na produção de saliva e podem ocasionar dor, náuseas e até vômitos. A higiene bucal também é essencial para cuidar da caxumba.
Por ser uma infecção viral, a caxumba é tratada naturalmente pelo organismo, e o tratamento é apenas sintomático – poderá haver uso de medicamentos para dor e febre, como paracetamol ou ibuprofeno, conforme recomendação do pediatra. Além disso, a pessoa doente deve evitar o contato com outros durante nove dias após o início da doença.
Segundo a Friocruz, após a puberdade, a caxumba pode causar inflamação e inchaço doloroso dos testículos (orquite) nos homens ou dos ovários (ooforite) nas mulheres e levar à esterilidade. De acordo com o Manual MSD, aproximadamente 30% dos homens não vacinados e 6% dos homens pós-púberes infectados vacinados desenvolvem a orquite.
Em todas as idades, é preciso manter-se atento para o aparecimento de complicações, mas, segundo o Ministério da Saúde, a maioria dos casos de caxumba tem recuperação natural e progressiva, sem grandes complicações, em até duas semanas.
A caxumba se propaga principalmente por via aérea, através de gotículas disseminadas pela tosse e espirro de pessoas infectadas, que ficam em suspensão no ar. O contato direto com saliva contaminada também é uma forma comum de transmissão, segundo a Sociedade de Pediatria de São Paulo
Embora menos frequente, a contaminação por objetos e utensílios expostos à secreção nasal e oral – como talheres, pratos e copos – também é possível. Por isso, quando há alguém infectado na família, é importante a higiene destes objetos.
O período de incubação do vírus – o tempo que leva até aparecem os primeiros sintomas – varia de 12 a 25 dias, sendo, em média, 16 a 18 dias.
O Ministério da Saúde destaca que a vacinação é a única maneira de prevenir a caxumba. Segundo o órgão, a doença já foi mais comum no Brasil, mas após a vacina ter sido incorporada ao calendário do SUS, o número de casos caiu drasticamente.
O Sistema Único de Saúde oferta gratuitamente a vacina tríplice viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e treta viral, que adiciona a proteção contra a catapora – ambas fazem parte do calendário brasileiro de imunização.
A tríplice viral é obrigatória e foi introduzida nos calendários de vacinação estaduais no fim dos anos 1990. Já a tetra viral passou a fazer parte do esquema em 2013. A recomendação atual é uma dose de tríplice viral aos 12 meses e uma dose de tetra viral aos 15 meses – essa segunda funciona também como reforço para a primeira vacina.
Garantir que as crianças estejam com suas vacinas em dia é a chave para evitar a propagação desta doença. Além disso, adultos que não foram infectados pelo vírus na infância ou na adolescência e não receberam a vacina (ou não sabem se receberam) têm indicação de ser imunizados, com exceção de gestantes e imunodeprimidos graves.
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