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Mais Abraços // Quinta-feira 15 Setembro, 2022 // #filhos, #maes, #emocoes, #birras
Conhecida como “adolescência da infância”, o terrible two — que significa “terrível dois” — é aquela fase que começa por volta de 1 ano de idade e se estende, pelo menos, até os 3, mas experimenta o seu auge aos 2 anos. De um dia para o outro, aquele bebê que pouco se comunicava passa a expressar cada vez mais claramente tudo o que quer.
Graças ao novo vocabulário da criança, que ganha mais consistência a cada dia, e também às novas autonomias e vontades, os maus comportamentos podem começar a surgir: birra, teimosia e até vozes elevadas em público — uma espécie de teste com os pais e as mães para ver até onde eles podem ir.
E é justamente isso o que é o terrible two: um teste. Sabemos que a linguagem não se dá somente de forma verbal. Além disso, ela é ensinada e testada constantemente e para sempre, mas sua fase mais intensa é justamente durante os 2 anos de idade, quando essa criança começa a vocalizar mais e usar e abusar da linguagem corporal.
E apesar dos desafios, essa é uma fase muito valiosa na vida dessa criança, que começa a construir um “eu” mais dinâmico e independente, ganhando a consciência de que é um indivíduo no mundo, com suas próprias vontades e demandas. Para ela, novas portas começam a se abrir e a vida ao seu redor ganha uma nova dimensão, maior do que a conhecida até então. Por isso, tente se lembrar de que todo esse deslumbramento é também apavorante para a criança e, em função disso, seu comportamento tende a ser mais intempestivo.
É a fase do choro falso, de se jogar no chão, de espernear e até de gritar. É também o período quando a palavra não impera de ambos os lados, o que pode tornar o clima ainda mais tenso. A notícia boa é que essa fase passa e que o problema não está nas mães, nos pais ou na criação, já que todas as crianças do mundo — incluindo você, quando era uma delas — passam por isso.
A notícia ruim é que não há uma receita mágica para atravessar essa fase a não ser ter paciência — muita paciência — e dedicação. Entenda que, ainda que pareça impossível, você e seus filhos e suas filhas vão superá-la, justamente porque é um momento fundamental para a criação desses indivíduos que, quando mais velhos, terão de lidar com limites a todo o tempo, por toda a parte.
O mais importante de tudo é não levar para o pessoal. Segundo Adriana Drulla, mestre em Psicologia Positiva pela Universidade da Pensilvânia (EUA), quando temos um desejo e somos impedidos de realizá-lo, o nosso cérebro interpreta o impedimento como uma ameaça. E nosso organismo é programado para reagir a ameaças por meio da luta ou da fuga.
“A raiva nos motiva a lutar, por isso é mais do que natural reagirmos com agressividade quando alguém nos diz que não podemos. Para a criança, é mais difícil manejar a agressividade — requer treino e desenvolvimento cerebral. A reação natural do ser humano é resistir, e não colaborar com quem ele disputa. Por isso, não leve a agressividade do seu filho para o pessoal.”
Ainda que não haja uma resposta infalível, separamos algumas dicas que podem, ao menos, amenizar a sua vivência nessa fase do terrible two. Confira:
Paciência é palavra de ordem para os tutores que estão encarando esse verdadeiro grito de independência. Respire fundo e tenha empatia pelo seu filho e pela sua filha, que não possui os mesmos mecanismos mentais que você para discernir o que é certo e o que é errado. Todos nós já estivemos nessa fase e, aos poucos, tudo se ajeita para que aquele sujeito cresça e se torne uma pessoa independente e compassiva. Com essas ferramentas, você já sabe como lidar com o terrible two de uma forma mais leve, positiva e efetiva.
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