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Mais Abraços // Segunda-feira 22 Julho, 2024 // #bebe, #bronquiolite, #doenças respiratórias
Com sintomas semelhantes a um resfriado, a bronquiolite afeta, principalmente, bebês de até dois anos de idade. Algumas crianças podem apresentar quadros graves da doença que é causada pela secreção e inflamação do bronquíolo terminal, parte importante do sistema respiratório.
Na maioria dos casos a doença está associada ao vírus sincicial respiratório (VSR), que causa diversas infecções respiratórias em crianças e circula com maior intensidade no outono e inverno. Porém, de acordo com a Sociedade Brasileira de Pediatra, outros vírus podem desencadear a bronquiolite, como adenovírus, parainfluenza, influenza e rinovírus.
Então, se o seu filho faz parte dessa faixa etária, explicamos o que é bronquiolite, quais são os principais sintomas, o que causa bronquiolite em bebê, formas de tratamentos e prevenção para evitar a doença.
A bronquiolite viral aguda é uma doença inflamatória que afeta os bronquíolos (parte mais estreita das vias aéreas pulmonares). Ela acomete principalmente os bebês com menos de dois anos de vida.
“O bloqueio do bronquíolo por inflamação e muco leva a uma dificuldade para a saída de ar dos pulmões, causando um chiado durante a passagem do ar. Quanto menor for o bebê, mais estreito será o bronquíolo e qualquer inchaço já causará uma obstrução significativa”, explica em detalhes a pediatra Giovanna Oncala Simão.
Para evitar a doença, é necessário manter os exames de rotina da criança em dia e observar os sintomas, pois as internações em decorrência de bronquiolite têm aumentado no Brasil.
A farmacêutica AstraZeneca reuniu dados cedidos pelo Ministério da Saúde que mostram que, entre 2022 e 2023, as altas mais expressivas vêm do Nordeste, principalmente em Alagoas e Sergipe, onde houve um aumento de 113% neste período. No Rio de Janeiro, só em 2024, a busca por internação por bronquiolite aumentou quase seis vezes em um único mês.
Muitas pessoas não sabem a diferença de bronquite e bronquiolite. Embora ambas as doenças afetem os pulmões, a pediatra explica que a principal diferença é que a bronquite afeta os brônquios maiores e pode ser aguda ou crônica, ocorrendo em qualquer faixa etária. Já a bronquiolite afeta os bronquíolos, que são os brônquios menores, e é mais comum em bebês de até dois anos.
A bronquiolite é causada principalmente por infecções virais e é mais recorrente no período do outono e do inverno. O VSR (vírus sincicial respiratório) é responsável pela grande maioria dos casos, representando de 50% a 80%.
Veja outros possíveis causadores de bronquiolite em bebês:
Vírus sincicial respiratório (VSR);
Rinovírus (vírus do resfriado);
Parainfluenza ou vírus paragripal (causa resfriado comum, pneumonia, bronquiolite e crupe);
Adenovírus (associado a doenças respiratórias, conjuntivite, bronquite e pneumonia);
Vírus influenza (na maioria dos casos apresenta tosse, dor no corpo e dor de cabeça).
A Sociedade Brasileira de Pediatra aponta que as crianças menores de um ano, prematuros, portadores de doenças cardíacas ou de doença pulmonar crônica, com imunodeficiência e bebês que nascem com baixo peso estão no grupo daqueles que possuem maior risco de desenvolver quadros de bronquiolite mais graves.
Como é um quadro de infecção de via aérea inferior, os sintomas podem surgir a partir de quatro dias do contato com o vírus.
Os sintomas iniciam com coriza, espirro, febre e obstrução nasal. É importante estar atento à recusa alimentar causada pela obstrução nasal, que pode levar à desidratação.
No decorrer dos dois a três dias seguintes pode haver evolução da doença e surgir tosse, dificuldade de respiração e gemência. O tempo do surgimento dos sintomas tem ampla variação e pode levar até duas semanas.
Para que você saiba identificar a doença, listamos todos os sintomas da bronquiolite:
Obstrução nasal;
Coriza;
Tosse;
Febre;
Dificuldade para mamar e se alimentar,:
Irritabilidade;
Dificuldade para respirar;
Respiração com chiado no peito;
Sono em excesso;
Gemência.
É natural que bebês e crianças estejam mais suscetíveis a doenças por conta do sistema imunológico ainda em desenvolvimento. Por isso, aprenda maneiras de aumentar a imunidade infantil para manter seu filho saudável.
Giovanna explica que, após identificar os sintomas, os pais devem procurar um pediatra e o diagnóstico é feito com base na história clínica e no exame físico do paciente. Em algumas situações especiais, pode-se optar por métodos diagnósticos complementares, como: painel viral, radiografia de tórax e outros exames laboratoriais.
O médico também pode receitar medicamentos antitérmicos (se houver febre) e lavagem nasal com soro fisiológico, além de ingestão de bastante líquido e alimentação adequada. Na maioria dos casos, a criança se cura em, no máximo, 4 dias e pode ser assistida em casa.
A pediatra conta que o tratamento está baseado em amenizar os sintomas: controle da temperatura, desobstrução nasal através de lavagem nasal, suporte nutricional e hídrico, bem como acompanhamento da evolução do comprometimento respiratório.
Porém, em casos mais graves é necessária a internação para observação médica e outros tratamentos específicos para bronquiolite, como fisioterapia respiratória, inalações e suporte ventilatório.
“A necessidade de internação hospitalar não é frequente, ocorrendo em cerca de 2% dos pacientes com faixa etária inferior a um ano de idade. Nestes casos, os critérios para indicação da hospitalização estão basicamente relacionados ao grau de desconforto respiratório e na presença de fatores de risco associados”, ressalta Giovanna.
Além disso, segundo o Serviço de Enfermagem do Núcleo de Desenvolvimento Infantil (NDI), para evitar casos de bronquiolite em casa, sugere-se que os pais ou responsáveis evitem o tabagismo perto da criança. Um estudo divulgado pela National Library of Medicine afirma que o tabagismo dos pais é um importante fator de risco tanto para a suscetibilidade quanto para a gravidade da bronquiolite.
As medidas de prevenção da bronquiolite são as mesmas de outras doenças virais que incluem: higienizar as mãos com água e sabão, evitar ambientes aglomerados, evitar contato com pessoas doentes e usar máscaras descartáveis sempre que necessário.
Para prematuros extremos com doença respiratória crônica ou cardiopatia congênita, a médica indica a aplicação da imunoglobulina, que contém altos anticorpos específicos e é amplamente distribuída via SUS.
Já a vacina contra o vírus sincicial respiratório (VSR) é indicada para gestantes. Embora ainda não esteja disponível no Brasil, sua aprovação foi concluída pela ANVISA em abril de 2024, e sua comercialização deverá se iniciar nos próximos meses. Nesse caso, trata-se de uma vacina aplicada na própria gestante e que promove a imunização do bebê até os seis meses de idade.
Veja a lista completa de vacinas para gestantes e continue seguindo o calendário de vacinação para aumentar a imunidade, tanto a sua, como a do bebê, para evitar doenças infecciosas graves.
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