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Mais Abraços // Terça-feira 4 Julho, 2023 // #bebe, #cor dos olhos do bebe
O primeiro ano de vida é um momento crucial para os olhos do bebê: seja pela questão estética, pois é durante esse período que a íris (a parte colorida do olho) desenvolve sua cor final, ou seja pela questão de saúde, pois qualquer alteração pode ser diagnosticada e tratada precocemente nos primeiros meses de vida da criança.
Mas por que os olhos do bebê mudam de cor? E como saber se o seu filho precisa receber algum tratamento oftalmológico? Entenda tudo a seguir!
Você já notou que muitos bebês nascem com os olhos com uma coloração acinzentada ou azulada, que pode permanecer pelos primeiros meses de vida?
Existe uma explicação científica para isso, como conta a médica oftalmologista Luisa Hopker, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP): "A cor dos olhos dos bebês quando eles nascem geralmente pode ser cinza claro, ou até azulado, porque a íris, que é o que dá a cor para os olhos, nasce ainda sem melanina, ou com pouca melanina."
Portanto, essa tonalidade, que geralmente deixa os pais tentando adivinhar como serão os olhinhos do filho mais tarde, irá mudar conforme aumenta a produção de melanina.
A produção de melanina, a proteína responsável pela cor da íris, começa a partir do contato com a luz, e se desenvolve tendo como base a genética da criança. "Ela vai ser produzida até que os olhos fiquem castanhos, verdes, ou, se tiverem pouca melanina, azuis", explica Luisa Hopker. Esse processo pode ocorrer até um ano de idade.
"E, mesmo depois de um ano de idade, a cor pode ficar mais escura – nunca mais clara – ou mudar de tonalidade, devido à produção desse pigmento", ela diz.
O mesmo período de um ano em que a cor dos olhos do bebê está sendo desenvolvida é de extrema importância para a saúde ocular dos pequenos. Isso porque esse período é fundamental para detectar e tratar alterações precocemente. "Tem uma recomendação da SBOP, e já é lei na maioria dos estados, fazer ainda na maternidade o teste do reflexo vermelho, ou teste do olhinho", explica a oftalmologista.
Doenças graves, como a catarata congênita, podem ser descobertas nos primeiros dias de vida pelo teste do olhinho. "Se ela for detectada precocemente, deve ser tratada com cirurgia, geralmente entre as 4 e 6 semanas de vida – então é uma cirurgia muito precoce que deve ser feita para garantir que essa criança enxergue", diz Luisa Hopker.
O teste é feito pelo próprio pediatra com um equipamento que emite uma luz nos olhos do bebê, que vai produzir um reflexo vermelho ou alaranjado. "Se não tiver reflexo, ou se o reflexo for branco, é porque existe uma opacidade das partes transparentes do olho, e esse bebê deve ser encaminhado para um oftalmologista em até 30 dias", diz a oftalmologista.
O teste do olhinho também detecta, além de outras alterações que causem opacidade dos meios transparentes do olho, o glaucoma congênito. "O glaucoma congênito também deve ser tratado bem precocemente, ainda nas primeiras semanas de vida, porque também pode levar a perda da visão", diz a oftalmologista, que destaca que os problemas que podem acontecer nesse início da vida do bebê devem ser tratados de forma precoce.
Quando os bebês nascem prematuros, o procedimento para ver se está tudo bem com os olhos é diferente: é realizado ainda quando o bebê está na UTI neonatal, com dilatação das pupilas, e não apenas com luz. Os bebês que nascem antes do tempo podem ter uma doença oftalmológica chamada retinopatia da prematuridade. "Quando ela é detectada e está grave, o tratamento pode ser feito com laser ou com medicações específicas que podem ser aplicadas dentro do olho", diz Luisa Hopker. "Esse tratamento também deve ser feito num momento precoce para que não tenha descolamento de retina e perda de visão."
Ao longo do primeiro ano, o bebê pode apresentar outros problemas, como o estrabismo, variados graus de problema de visão, e até o retinoblastoma, que é um tumor que pode acontecer dentro dos olhos e tem sido muito falado recentemente. "Tudo isso pode ser detectado numa consulta oftalmológica e a recomendação da SBOP é que a consulta seja realizada entre os 6 e 12 meses de idade", diz a oftalmologista.
Esse, inclusive, é o principal cuidado que os pais precisam ter com os olhos dos bebês, segundo Hopker: garantir que sejam feitas as avaliações nos momentos adequados. Primeiro, o teste do reflexo vermelho na maternidade, ou nas primeiras 48 horas de vida, e depois uma avaliação oftalmológica entre 6 e 12 meses. "E os pais sempre estarem atentos para qualquer anormalidade que apareça, que consultem um oftalmologista para que, se houver algum problema, seja diagnosticado e tratado o mais precoce possível."
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