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Mais Abraços // Segunda-feira 28 Outubro, 2024 // #saúde, #bebe, #bem-estar
Também conhecido como pseudoestrabismo ou estrabismo aparente, o falso estrabismo ocorre quando o bebê parece ter os olhos desalinhados, mas não tem de fato. Essa condição é comum em crianças pequenas e não deve ser motivo de preocupação.
No falso estrabismo, os olhos dos bebês parecem estar desalinhados, mas, na verdade, estão perfeitamente alinhados. A pele encobre um pedaço da esclera, que é a parte branca do olho, e isso causa a impressão de que um ou os dois olhos estão desviados.
De acordo com a oftalmologista Júlia Rossetto, presidente da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica, isso se deve ao formato do rosto dos bebês. “Eles geralmente têm os olhos mais juntos e a ponte nasal [parte superior] mais alargada, o que pode cobrir parte do olho”, explica a especialista. Em bebês indígenas e orientais, o fenômeno é ainda mais comum.
No estrabismo verdadeiro, os olhos realmente não estão alinhados, com cada um apontando para direções diferentes. Isso pode causar problemas de visão e exige tratamento, que pode incluir o uso de óculos, terapia visual ou cirurgia.
Para diferenciar entre falso estrabismo e estrabismo verdadeiro, a família precisa procurar uma oftalmopediatra, que fará exames para definir o diagnóstico. “Quando tem suspeita, precisa ir ao especialista”, diz Rossetto.
Leia mais: Conhecendo os primeiros reflexos do bebê
A avaliação costuma ser simples. Um dos testes realizados lança uma luz sobre os olhos do bebê, que deve cair no centro de cada olho ao mesmo tempo. Se houver estrabismo verdadeiro, a luz não vai refletir de maneira simétrica.
É importante diferenciar o falso do verdadeiro estrabismo pois este, sim, pode ter consequências para a saúde do bebê e pode ser sinal de doenças mais graves, como retinoblastoma, um tumor intraocular. “É raro, mas é o tumor ocular é mais comum na infância”, alerta a médica.
Quando os bebês têm falso estrabismo, não há de verdade um desvio no olhar: existe apenas uma ilusão de ótica causada pelo formato do rosto.
Mas também pode acontecer que, nos primeiros meses de vida, os bebês apresentem algumas variações reais no alinhamento dos olhos, que são normais e não devem causar preocupação.
“O estrabismo é normal até três ou quatro meses de idade, se for intermitente e variável”, diz Rossetto. “Isso também ocorre porque o bebê ainda está aprendendo a coordenar a movimentação dos olhos. Com o tempo, vai se acostumando.”
Contudo, a família deve estar atenta a sinais de alerta, como o desvio constante dos olhos, dificuldade em seguir objetos ou a percepção de que o bebê está sempre olhando para um lado – esses são sinais de que é hora de levar o bebê ao oftalmologista.
O acompanhamento oftalmológico é fundamental para garantir o desenvolvimento saudável da visão da criança. Durante essa fase, a visão do bebê está em formação, e problemas que passam despercebidos podem impactar o desenvolvimento visual a longo prazo.
Ainda na maternidade, o recém-nascido deve passar pelo “teste do olhinho”, que ajuda a detectar problemas oculares como glaucoma, catarata e toxoplasmose. Feito com uma lanterna especial, o exame também é conhecido como teste do reflexo vermelho (TRV) e deve ser repetido três vezes no primeiro ano de vida, nas consultas pediátricas.
Além do teste do olhinho, Rossetto enfatiza a importância de todas as crianças passarem por um exame oftalmológico completo entre os 6 e 12 meses e, depois, fazerem ao menos uma consulta entre os 3 e 5 anos, mesmo se não houver nenhuma queixa.
Na maioria dos casos, o falso estrabismo se resolve naturalmente à medida que o bebê cresce e o rosto se desenvolve. Os pais podem esperar que, com o tempo, a aparência do desalinhamento diminua à medida que a musculatura e a estrutura ocular se ajustam.
E é sempre importante continuar monitorando o desenvolvimento visual da criança e realizar consultas regulares com o oftalmologista para garantir que está tudo em ordem!
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