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Mais Abraços // Segunda-feira 3 Julho, 2023 // #bebe, #temperatura do bebe, #hipotermia
A hipotermia em bebês é uma condição que pode ser preocupante, e até assustadora, para muitos pais e mães. Mas saiba que essa baixa temperatura é um quadro relativamente comum e, muitas vezes, simples de ser manejado.
"Os recém-nascidos são propensos à rápida perda de calor e, consequente, à hipotermia", diz a pediatra Brunna Grazziotti Milanesi, coordenadora médica da neonatologia do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (Cejam) em parceria com a Secretaria Municipal de Saúde do Rio de Janeiro.
Isso se dá, explica Brunna, por causa da relação entre a superfície corporal e o peso dos pequenos, que facilita a perda de calor. Justamente por isso a hipotermia é mais comum em bebês prematuros e de baixo peso.
Além disso, os bebês não conseguem regular a temperatura corporal tão bem quanto os adultos e nem, sozinhos, colocar mais roupa quando estão com frio.
Mas afinal, quando se preocupar com a hipotermia em bebês? Saiba mais sobre o quadro e tire suas dúvidas.
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Embora a gente saiba que a febre começa depois dos 37ºC, o que exatamente classifica a hipotermia, ou seja, a baixa temperatura corporal? "A hipotermia é definida pela Organização Mundial da Saúde (OMS) como temperatura corporal abaixo de 36,5°C", responde a pediatra.
Existem três tipos de hipotermia:
Resumindo: não é normal a temperatura de 35ºC em bebês.
A principal causa da hipotermia são os fatores ambientais. "O equilíbrio térmico é afetado por umidade relativa, fluxo de ar, contato direto com superfícies frias, proximidade a objetos frios e temperatura do ar ambiente", diz Brunna.
"Porém, existem algumas doenças que podem prejudicar a capacidade de termorregulação do recém-nascido, como infecções, hemorragia e doenças metabólicas", complementa a pediatra.
Já nos primeiros dias de vida, os principais fatores associados à hipotermia são a prematuridade e o baixo peso ao nascer.
Segundo a médica, os principais sintomas da hipotermia em bebês vão de mudanças na pele a problemas para respirar. Veja os detalhes.
A pele do bebê pode parecer muito fria ao toque, mesmo em um ambiente aquecido.
A pele do bebê pode ficar pálida ou com manchas azuis ou roxas.
O bebê pode ter dificuldade para respirar ou parecer que está respirando mais devagar do que o normal.
O bebê pode parecer letárgico, sonolento e ter dificuldade para se manter acordado.
O bebê pode ter dificuldade para mamar ou tomar a mamadeira.
Abalos, náuseas, vômitos e hipoglicemia também fazem parte da lista de sintomas de hipotermia em bebês.
Segundo Brunna, uma hipotermia persistente pode levar o pequeno a uma série de condições, como hipoglicemia, acidose metabólica, maior risco de sepse de início tardio, agravo em desconfortos respiratórios, enterocolite necrosante e hemorragia intracraniana em recém-nascidos de muito baixo peso, aumentando o risco de mortalidade.
"Em caso de hipotermia, é importante seguir as orientações do pediatra para adequar a temperatura corporal do bebê o mais breve possível e evitar possíveis complicações", afirma Brunna.
O controle da temperatura do ambiente e o uso de roupas adequadas são as principais formas de solucionar o problema. "Porém, tratamentos específicos podem ser necessários de acordo com a causa, podendo ser necessária a internação hospitalar para investigação, monitoramento, controle da temperatura em incubadora aquecida e, até mesmo, uso de terapias medicamentosas".
Saber como vestir a criança de acordo com a temperatura é o passo mais importante para evitar a hipotermia em bebês. "É importante a utilização de roupas adequadas, podendo fazer uso de gorro, meias e luvas, quando necessário", explica Brunna.
"Nas regiões mais quentes, deve-se ter cuidado para que o uso de roupas em excesso não leve ao superaquecimento, que também é bastante comum nos bebês recém-nascidos", completa a médica.
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