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Mais Abraços // Segunda-feira 27 Maio, 2024 // #Visão do bebê, #Bebê
É mamãe de primeira viagem e não sabe como é o desenvolvimento da visão do bebê? De antemão, contamos que após o nascimento, a visão do bebê é desfocada, em preto e branco e o campo de visão é muito restrito. Ele consegue identificar o rosto dos pais e qualquer outro objeto que esteja bem próximo, mas com pouca definição.
Para tirar suas dúvidas, hoje explicamos quais são os estágios da visão do bebê em cada idade, como isso se relaciona com seu desenvolvimento ocular e sensorial e os cuidados necessários no dia a dia. Além disso, descubra como é feito o teste do olhinho e quando fazer a primeira visita ao oftalmologista.
Assim como qualquer outro sentido - audição, paladar, olfato e tato -, a visão do bebê também precisa de tempo para se desenvolver. É que explica a médica oftalmologista Vivian Tomikawa:
“O sistema visual começa a se desenvolver entre a 3ª e a 4ª semana de gestação, e continua o processo de amadurecimento até os 7 ou 8 anos de idade. A discriminação das cores mais simples ocorre desde os 2 meses de idade, mas a visão de cores torna-se mais nítida ao redor de 4 meses".
O som da sua voz, os sabores e os cheiros que você sente, além do carinho na barriga, geram respostas no bebê, principalmente no terceiro trimestre da gravidez. Descura como se dá o desenvolvimento dos cinco sentidos do bebê ainda na barriga da mãe.
Veja todos os estágios da visão do bebê em cada idade, de acordo com a profissional.
Durante os primeiros meses de vida, a visão do bebê ainda é bastante “embaçada”, mas consegue reagir a um estímulo luminoso e ele pisca com a luz de flash. Já o contato visual se inicia entre 6 e 8 semanas de vida do bebê, quando ele começa a seguir objetos com o olhar.
Com 2 ou 3 meses, ele demonstra interesse em móbiles e no rosto das pessoas, imita expressões faciais e começa a mover os braços em direção a objetos de interesse.
Nesta fase, o bebê desenvolve a visão de cores, começa a fixar os olhos e seguir objetos distantes entre 1,2 metros e 1,8 metros, brinca com as próprias mãos, pega objetos, reconhece sua imagem no espelho e responde a sorrisos.
O bebê toca, pinça e observa atentamente pequenos objetos. Reconhece pessoas, podendo aceitá-las ou rejeitá-las. Ele também já consegue usar os dois olhos ao mesmo tempo para identificar os objetos no ambiente e evita obstáculos no seu caminho.
O bebê já tem uma boa percepção de cores, do claro e escuro. Mantém contato visual firme e interage com pessoas e animais. Tem visão de formas e distância e consegue alcançar objetos com maior precisão.
A criança foca objetos e pessoas em diferentes distâncias, reconhece e nomeia pessoas, animais, objetos e movimenta-se em direção a objetos de interesse.
A visão da criança é muito semelhante à visão do adulto, mas ainda precisa aprimorar a visão em profundidade e a convergência (a movimentação coordenada dos olhos).
Para se ter uma noção melhor, o Ministério da Saúde fez uma ilustração com as diferentes fases de desenvolvimento da visão do bebê nas suas “Diretrizes de Atenção à Saúde Ocular na Infância”:
Para estimular o desenvolvimento da visão do bebê, uma sugestão é colocar em um cesto brinquedos e objetos cotidianos (garrafas, copos de plástico, itens de borracha ou livros com ilustrações infantis) com diferentes cores, formatos e texturas. Esse momento pode ser interessante para que ele toque, sinta e seja estimulado visualmente por cada detalhe.
Outra dica é deixar estes mesmos objetos a uma pequena distância e fazer com que o bebê os alcance, explorando ainda o espaço do ambiente, isto é, a criança aprende a criar um limite de visão de até onde pode ou não engatinhar para pegar os itens.
Um dos hábitos que os pais devem ficar atentos é a exposição direta do bebê ao sol, pois não é indicada para bebês até 6 meses de vida. Nesse caso, os passeios devem ocorrer antes das 10h e depois das 16h, quando há menor incidência de raios UVB, sempre com proteção do carrinho, chapéu ou sombrinha.
“Falando especificamente da visão do bebê, a exposição direta da luz do sol deve ser evitada porque o cristalino (uma lente natural que temos dentro do olho) deles é muito transparente e assim permite que mais radiação UVA e UVB entre e alcance a retina, aumentando o risco de doenças no futuro”, alerta Vivian.
Quanto ao acesso a brinquedos luminosos, a especialista conta que, como a visão do bebê é muito sensível à luz, o cristalino transparente não dá a proteção igual à dos adultos. Mesmo que não existam pesquisas que especifiquem com qual idade o bebê pode ter brinquedos luminosos, a exposição a qualquer tipo de luz mais forte deve sempre ser controlada.
“Já os brinquedos infantis com laser devem ter a certificação do Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia, INMETRO”, ressalta.
Outro ponto que a especialista levanta é que a Sociedade Brasileira de Pediatria orienta que bebês menores de 2 anos de idade não tenham nenhum contato com telas ou videogames.
“É comum vermos bebês sendo alimentados ao mesmo tempo que assistem desenhos animados em tablets e celulares, mas devemos lembrar que a exposição precoce a telas pode causar danos visuais e neurológicos”.
Em casa, os pais devem ficar atentos a alguns sinais: aparecimento de estrabismo (olho desviado ou torto), reflexo branco da pupila em fotos, bebê que não apresenta contato visual após 3 meses de vida ou lacrimejamento excessivo.
E, claro, não deixe de levar seus filhos à consulta de rotina com o oftalmologista pediátrico, pois o especialista saberá identificar qualquer problema ocular que a criança pode apresentar desde o nascimento até os 3 anos de idade.
Vivian recomenda que você siga as orientações da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e da Sociedade Brasileira de Oftalmologia Pediátrica (SBOP), que informam que o primeiro exame oftalmológico do bebê deve ser feito entre 6 e 12 meses de idade.
"Porém, isso depende de cada caso. Para bebês muito prematuros, o primeiro exame pode ser solicitado mais cedo pelo pediatra”, diz.
O teste do olhinho (ou teste do reflexo vermelho) é realizado pelo pediatra nas primeiras 72 horas de vida do recém-nascido, ainda na maternidade, para avaliar a visão do bebê.
É feita uma observação mais detalhada do reflexo pupilar vermelho em ambos os olhos, com um aparelho chamada oftalmoscópio, e o reflexo não deve apresentar diferença entre um olho e outro. Se for assimétrico, ausente ou duvidoso, é solicitada a avaliação completa do oftalmologista.
O teste do olhinho ajuda no diagnóstico precoce de doenças como catarata e glaucoma congênitos, hemorragias, retinoblastoma (tipo raro de câncer ocular) e outras infecções.
Você sabe por que os olhinhos da criança mudam de cor? E como saber se o seu filho precisa receber algum tratamento oftalmológico? Entenda por que recém-nascidos têm olhos de tom cinza claro ou azulado e quanto tempo leva para definir a cor dos olhos do bebê.
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