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Mais Abraços // Terça-feira 12 Dezembro, 2023 // #creche, #bebe, #dicas
Além de extremamente emocional para as mães e pais que vão se separar por várias horas de seu pequeno, o momento de colocar o bebê na creche pode gerar dúvidas. E, de fato, há vários aspectos que precisamos considerar antes dessa experiência – que, normalmente, vem bem antes do limite de quatro anos estabelecido pela lei brasileira para a entrada da criança numa instituição de ensino.
Segundo o pediatra Abelardo Bastos Pinto Júnior, presidente do Departamento Científico de Saúde Escolar da Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP), por conta da recomendação de aleitamento exclusivo até o sexto mês, é prudente que a entrada do bebê na creche aconteça a partir dessa idade.
Como a introdução da alimentação mista não é recomendada antes do sexto mês pela SBP, as opções neste caso são a ordenha do leite materno ou a troca para fórmula. "O ideal seria que a empresa em que trabalha a mãe tivesse uma creche a exemplo de algumas instituições que assim o fazem", afirma Júnior.
Apesar disso, entrar na creche antes do seis meses pode ser um risco, mas não necessariamente é um problema, segundo Júnior. "Há que se considerar o histórico familiar para alergias, intolerâncias [alimentares] e o acompanhamento regular do bebê nas consultas mensais de puericultura com seu pediatra", diz ele.
O médico explica ainda que o contato próximo com outras crianças que acontece na creche aumenta o risco de o bebê adoecer e quanto mais cedo entrar na creche, maior será o risco de pegar doenças não preveníveis por vacinas.
Outros aspectos que devem ser levados em consideração antes do início da creche são:
Se o parto foi prematuro ou não: para bebês que nasceram muito antes do termo, pode ser necessário esperar até os dois anos para colocar na creche, por conta do risco de problemas respiratórios – um pediatra precisa fazer a avaliação;
Se a criança tem irmãos mais velhos que já vão para a escola: a adaptação pode ser mais fácil, visto que as famílias já passaram pela experiência de deixar os filhos em um ambiente escolar e geralmente têm uma rotina estabelecida para esta finalidade.
O pediatra também recomenda ter muita atenção às doenças que atingem os bebês nos primeiros dois anos, como bronquiolite, infecções virais e exantemáticas (como sarampo e rubéola). Creches são ambientes propícios para a disseminação de agentes infecciosos: há uma grande probabilidade de haver exposição a germes e as crianças costumam compartilhar brinquedos e objetos. Além disso, quanto menor o bebê, menos o sistema imunológico está desenvolvido.
O pediatra Abelardo Júnior afirma que, para preparar a criança para a entrada na creche, é preciso que ela esteja vacinada e que tenha acompanhamento pediátrico, além de estimulação e acolhimento.
Também é bom que o bebê tome leite materno, que, segundo a SBP, "protege a criança contra alergias e infecções, fortalecendo-se com os anticorpos da mãe e evitando problemas como diarreias, pneumonias, otites e meningites".
Além disso, há a adaptação comportamental do bebê na creche, que também pode ser uma experiência desafiadora para os pais e para o próprio bebê. Aqui estão algumas dicas para tornar essa transição mais suave:
Comece a adaptação gradualmente: deixe o bebê na creche apenas algumas horas a cada dia, aumentando gradualmente o tempo que ele passa lá. Isso permite que o pequeno se acostume com o ambiente e a rotina sem ficar sobrecarregado;
Leve objetos familiares: brinquedos, cobertores ou roupas que tenham um cheiro familiar podem ajudar o bebê a se sentir mais confortável e seguro no novo ambiente;
Conheça os cuidadores: é importante que os pais conheçam e tenham uma comunicação aberta e frequente com os cuidadores do bebê. Isso pode ajudar a estabelecer uma relação de confiança entre os pais, o bebê e os cuidadores;
Seja paciente: a adaptação pode levar um tempo. É normal que os bebês se sintam inseguros e chorem quando são deixados na creche. Mas, com o tempo, a maioria se adapta bem e começa a desfrutar da interação com outros bebês e os cuidadores.
Escolher uma creche pode ser tão difícil quanto decidir quando mandar a criança para uma. "Recomendo sempre que se visite a creche em funcionamento presencialmente – virtualmente todas são maravilhosas", diz Júnior. Para ele, é preciso "olhar nos olhos das atendentes quanto à higiene, ao carinho, acolhimento e interação com as crianças". Outros pontos que o pediatra lista como essencial para a escolha são:
Distância e tempo de deslocamento de casa;
Qualificação dos profissionais e projeto pedagógico;
Exigência de vacinação e atestado médico;
Evitar eletrônicos antes dos dois anos;
Número de crianças por sala: "menos é mais, da mesma faixa etária";
Arejamento e claridade dos locais em que as crianças brincam e descansam;
Cuidados como protetores e telas nas janelas, portas e tomadas;
Regras de visitas dos responsáveis e controle de entrada e saída;
Cardápio e preparo priorizando alimentação o mais natural possível;
Qual a rotina nos casos de adoecimento durante a estadia;
Qual a rotina de recebimento do bebê que está enfermo.
Com estas dicas, ficará mais fácil adaptar o bebê à nova rotina com tranquilidade para toda a família!
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