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Mais Abraços // Terça-feira 9 Maio, 2023 // #eczema, #dermatite, #pele
A dermatite atópica é uma doença crônica que causa lesões e coceira na pele. Ela também é conhecida como eczema, e seus efeitos podem se agravar caso a pele seja exposta a agressões. Esta é uma doença de origem desconhecida, mas com um provável componente genético. Em geral, as crianças afetadas têm algum familiar que também sofre com eczema.
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Estima-se que uma a cada 20 crianças desenvolve eczema, ou dermatite atópica. Os primeiros sintomas aparecem, na maioria dos casos, antes que o bebê complete os 18 meses de vida. Por ser uma doença crônica, ela ressurge de maneira repetitiva ao longo da infância. De acordo com a dermatologista Aline Falci, do Instituto de Ciências Neurológicas (ICNE) e associada à Sociedade Brasileira de Dermatologia (SBD), o incômodo causado pelas lesões é preocupante. “O principal sintoma é a coceira, que pode comprometer severamente a qualidade de vida de uma criança”, afirma.
A especialista também explica que as características do eczema costumam ser diferentes de acordo com a idade.
Crianças pequenas, com menos de 4 anos, apresentam:
• Pele inflamada; • Coceira; • Lesões mais severas na pele do couro cabeludo, bochechas, antebraços e pernas.
Já em crianças maiores, de 4 anos ou mais, a inflamação:
• Aparece nas partes onde a pele está seca, com descamação e rachaduras; • É mais severa em rosto, pescoço, interior dos cotovelos, pulsos e tornozelo; • Também causa prurido.
Felizmente, a doença costuma desaparecer na adolescência. “De forma geral, a regra é: pode acometer qualquer idade. Há adultos com dermatite atópica. Mas aproximadamente 70% dos pacientes que apresentam a doença na infância evoluem com remissão na adolescência”, explica Falci.
Apesar da origem incerta, sabe-se que a dermatite atópica é agravada por fatores ambientais que agridem a barreira cutânea. Ela orienta os pais a estarem atentos e evitar as seguintes agressões à pele do bebê:
● Banho quente e demorado; ● Uso de sabonetes agressivos; ● Uso de bucha de banho; ● Estresse; ● Roupas de tecidos sintéticos.
Segundo a médica, em períodos de crise, é importante o acompanhamento com um dermatologista, que pode receitar remédios com corticoides ou imunossupressores. O uso de medicamentos anti-histamínicos pode ajudar no controle da coceira, que muitas vezes compromete a qualidade do sono da criança. Para casos mais desafiadores, uma nova classe de remédios, conhecidos como imunobiológicos, podem ser usados. “São reservados apenas para casos graves e de difícil controle”, explica Aline.
De acordo com a dermatologista, é importante adotar medidas de prevenção do eczema, como banho com água morna e uso de sabonetes syndets, que têm pH levemente ácido, em torno de 5,5, e são indicados para peles sensíveis e alérgicas. Hidratação diária e roupas de fibras naturais são outra recomendação.
Segundo Falci, o ponto mais importante para as famílias é compreender que a doença pode afetar diretamente a qualidade de vida da criança, interferindo nas atividades da escola, na qualidade do sono e no relacionamento com outras crianças. Por isso, “o tratamento e apoio devem ser multidisciplinares”, diz a médica.
*A especialista consultada nesta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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