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Mais Abraços // Quinta-feira 24 Outubro, 2024 // #bem-estar, #sono, #recem-nascido, #bebe
O sono do bebê é um dos aspectos mais importantes para o seu desenvolvimento saudável. No entanto, muitos pais enfrentam desafios relacionados à agitação e ao choro intenso durante os períodos de sono.
Um desses fenômenos é conhecido como efeito vulcânico. Se você já presenciou momentos em que o bebê parece estar "explodindo" de cansaço, essa pode ser a razão. Hoje, vamos entender o que é o efeito vulcânico em bebês, como ele influencia o sono e como evitá-lo, ajudando a promover noites mais tranquilas.
O efeito vulcânico é um termo usado para descrever o momento em que o bebê fica extremamente cansado, mas, ao invés de relaxar e adormecer, entra em um estado de agitação extrema. "É um momento de exaustão em que a criança não consegue adormecer por estresse", explica a pediatra Juliana Nardelli.
Esse comportamento é comum quando o bebê ultrapassa a janela de sono, que é o período ideal para colocá-lo para descansar antes de ele ficar muito cansado. Durante essa janela, o bebê está pronto para dormir, mas ainda não entrou no estágio de cansaço extremo.
Se o bebê não adormecer dentro desse intervalo, ele pode ficar irritado, agitado e mais difícil de acalmar, devido ao acúmulo de cansaço. Quando a janela de sono é ignorada, o bebê pode liberar hormônios como cortisol e adrenalina, tornando o adormecer ainda mais complicado.
"Depois que a criança entra em erupção, a dificuldade que a gente vai ter para acalmar essa criança é muito grande", diz Nardelli.
Leia mais: A importância de uma boa noite de sono para seu bebê
O efeito vulcânico está diretamente relacionado ao cansaço excessivo e à falta de sonecas adequadas durante o dia. Quando o bebê não faz as sonecas diurnas na hora certa, ele pode acumular cansaço, tornando o sono noturno mais difícil. A falta de descanso adequado pode deixar o bebê irritado e dificultar o relaxamento à noite.
Isso porque quando o bebê perde a oportunidade de dormir no momento certo, o seu corpo pode liberar hormônios do estresse, como o cortisol e a adrenalina, o que torna mais difícil para ele se acalmar e adormecer. "Não consegue adormecer porque tem hormônio do estresse e aí criança chora, chora, chora, chora", explica a pediatra.
Além disso, as longas horas acordado sem um descanso adequado desregulam o ciclo do sono, o que prejudica não só o adormecimento do bebê, mas também sua disposição e humor no dia seguinte. Portanto, é crucial prestar atenção à janela de sono, que é o período ideal para colocá-lo para dormir antes de atingir o estado de cansaço extremo.
Embora o efeito vulcânico possa ser desafiador, é possível prevenir ou reduzir sua intensidade com algumas práticas. "O conhecimento sobre o sono é uma coisa que é muito importante as famílias terem", destaca Nardelli.
Confira algumas orientações para ajudar seu bebê a dormir melhor:
A criação de uma rotina de sono regular durante o dia é uma das melhores maneiras de evitar o efeito vulcânico. Estabeleça horários consistentes para as sonecas diurnas, garantindo que o bebê descanse antes de atingir o pico de cansaço. Isso ajuda a evitar que ele fique sobrecarregado e incapaz de adormecer mais tarde.
O tempo de sono varia conforme a idade, então é importante ajustar a rotina conforme o bebê cresce. Aqui estão algumas diretrizes gerais:
0-2 meses: bebês precisam de 12 a 16 horas de sono por dia, com várias sonecas distribuídas ao longo do dia.
3-6 meses: a média é de 10 a 15 horas de sono, incluindo sonecas regulares.
6-9 meses: bebês nessa fase precisam de 11 a 14 horas, geralmente divididas em duas ou três sonecas.
9-18 meses: O ideal é de 10 a 13 horas de sono, com duas sonecas diurnas mais curtas.
19-36 meses: A média é de 9,5 a 12 horas de sono, e pode haver uma transição de duas para uma soneca diária.
3-4 anos: Cerca de 8 a 12 horas de sono, com a perda gradual das sonecas diurnas.
4-6 anos: O ideal é 8 a 11 horas de sono, com a maioria das crianças já sem sonecas.
Identificar os sinais de cansaço do bebê é fundamental para evitar o efeito vulcânico. Alguns dos sinais mais comuns incluem esfregar os olhos, bocejar, perda de interesse em brinquedos ou pessoas ao redor e começar a chorar sem motivo aparente. Assim que esses sinais surgirem, é hora de preparar o bebê para dormir.
Certifique-se de que o ambiente em que o bebê dorme seja calmo, silencioso e com pouca iluminação. Um ambiente tranquilo ajuda a relaxar o bebê, promovendo um sono mais tranquilo e contínuo. O uso de telas, como televisões e celulares, também impacta negativamente a qualidade do sono dos pequenos.
O efeito vulcânico é mais comum nos primeiros dois anos de vida, período em que o sono do bebê ainda está em desenvolvimento. No entanto, cada bebê é único, e o fenômeno pode ocorrer em diferentes fases. "Todos nós temos um padrão fisiológico de sono, que é imaturo quando a criança nasce", explica Nardelli.
Leia mais: Quantas horas meu bebê deve dormir por dia? A pediatra destaca que até mesmo os adultos experienciam o fenômeno. "A diferença é que a gente consegue se comunicar e a gente boicota nosso efeito vulcânico", ela diz.
Enquanto o bebê cresce, suas sonecas diurnas começam a reduzir, e o efeito vulcânico também diminui. Em geral, ele tende a desaparecer quando o bebê começa a ter uma rotina de sono mais consolidada e um controle maior sobre seu ciclo de vigília e descanso.
O efeito vulcânico pode ser um desafio para muitas famílias, mas com algumas estratégias e atenção às necessidades de sono do bebê, é possível evitar ou minimizar esse fenômeno. Estabelecer uma rotina de sonecas, reconhecer os sinais de cansaço e criar um ambiente calmo são passos importantes para garantir noites mais tranquilas para toda a família.
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