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Mais Abraços // Segunda-feira 11 Setembro, 2023 // #alimentacao, #bebe, #introducao alimentar
O aleitamento materno é recomendado – de forma exclusiva – até o sexto mês de vida. Em um bebê de 6 meses, o sistema digestivo costuma estar pronto para receber os primeiros alimentos sólidos. Em geral, é também nesse momento que as crianças começam a demonstrar interesse pela comida dos adultos e das outras crianças da família. Quando isso ocorre, é hora de pensar na introdução alimentar.
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Não significa substituir o leite do seio por comida. O aleitamento continuará sendo a principal fonte de nutrientes do bebê durante a transição, que precisa ser gradual e não obedecer metas de tempo. “Não há regra nem receita”, afirma a nutricionista Fernanda Rabelo, supervisora da área no Hospital Infantil Sabará, em São Paulo. “A introdução alimentar deve ser feita de forma gradual. Costumamos dizer que é preciso paciência, tolerância dos pais e orientação de um especialista”, afirma.
Uma dica é começar a apresentação dos alimentos sólidos pelas frutas, oferecendo-as amassadas ou raspadas. “Dê preferência a frutas da sua região e às da safra. As frutas da estação são sempre mais frescas e saborosas, além de terem um custo melhor”, aconselha a nutricionista.
Na sequência, some uma refeição principal, almoço ou jantar, como for melhor para a família. Essa refeição deve conter um alimento de cada grupo:
Cereais, raízes ou tubérculos;
Leguminosas;
Legumes e verduras;
Carnes e ovos.
Assim como feito com a fruta, Rabelo sugere que os alimentos sejam amassados ou raspados com garfo ou colher. Por volta do nono mês, é esperado que a criança já esteja comendo alimentos na mesma consistência que o resto da família.
Não use mixer nem liquidificador. É preferível adequar as texturas ao desenvolvimento do bebê, considerando que, “mesmo sem a dentição completa, a gengiva é bem rígida e capaz de triturar os alimentos”, explica a especialista.
A criança não deve consumir sal antes de completar 1 ano. Depois disso, ele está liberado, desde que sem exagero – e deve ser assim para todos na casa. Vale lembrar que salgadinhos, bolachas e lasanhas congeladas são alimentos com excesso de sal e precisam ser evitados ao máximo. Já o açúcar deve ficar fora da dieta até os 2 anos da criança. Adoçar lanches com mel também não é indicado. Além do risco de botulismo, pode “roubar a cena” de outros sabores. “Por ser muito doce, pode interferir na formação do paladar do bebê”, explica Rabelo.
Os pais podem se deparar com muitas recusas por parte do filho. “Cada criança tem seu tempo de adaptação. Se ela recusar determinado alimento, deve-se oferecer novamente em outras texturas, formas e apresentações”, explica Fernanda.
Por isso, é bom voltar ao começo deste texto e lembrar que a introdução alimentar exige paciência por parte dos cuidadores. Vale lembrar que nenhuma pessoa saudável gosta de comer sem fome e isso vale para os bebês, que estão perfeitamente conectados com suas necessidades e sabem pedir tudo o que querem e necessitam. O papel dos adultos é ouvir mais do que forçar qualquer hábito.
Algumas dicas podem ajudar a tornar o momento da refeição mais tranquilo:
Coloque a criança para comer na mesa, com a família;
Permita que se alimente com o auxílio das mãos, pegando pedaços maiores sozinha;
Repita os alimentos de que ela mais gosta.
Por se tratar de uma fase de adaptação, não coloque expectativas sobre a quantidade ingerida. “Ofereça pequenas porções e vá aumentando de acordo com o apetite demonstrado pela criança”, explica a nutricionista. A introdução alimentar não deve eliminar o aleitamento materno. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), este é indicado até os 2 anos de idade ou mais.
* A especialista consultada sobre esta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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