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Mais Abraços // Quinta-feira 25 Maio, 2023 // #dentista, #saude, #cuidados, #higiene bucal, #dentes
A primeira consulta com o odontopediatra, dentista especialista no atendimento de crianças e bebês, deve ser feita assim que o primeiro dente de leite nasce. Isso ocorre, em média, por volta dos seis meses de vida, mas pode levar mais tempo.
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Mesmo para os bebês que só vão ter dentes depois do primeiro ano, o dentista infantil deve ser consultado assim que eles aparecerem. “É importante criar e manter bons hábitos de higiene bucal desde pequeno”, afirma a odontopediatra Thaís Jorge.
Mas, por que escolher um odontopediatra? O profissional que atende crianças é especializado. Além da faculdade de odontologia, faz uma especialização na qual estuda o desenvolvimento e conduta do paciente infantil.
É recomendado que não seja o mesmo dentista do adulto, pois, embora esse esteja apto a cuidar dos dentes, existem nuances, como a formação de vínculos, de condicionamento psicológico e de manejo da criança na cadeira do consultório, que só o odontopediatra conhece.
Segundo Thaís, além de cuidarem de cáries, o odontopediatra observa:
● As funções vitais da criança; ● A deglutição; ● A mastigação; ● A respiração.
Então, ele observa que tipo de alimentos essa criança consome, como é o padrão da mastigação, como é a mordida, se a respiração é nasal ou se vaza saliva da boca, entre outros fatores. Também pode identificar o padrão genético da criança, já que, nesse momento, está acompanhada dos pais.
Feita a avaliação do bebê no consultório, o especialista vai orientar pai, mãe ou outro cuidador sobre como fazer a higiene bucal em casa. Thaís afirma que a escovação deve ser feita de forma lúdica, gostosa como uma brincadeira, rápida e sempre mantendo o ritmo; afinal, o segredo para inserir um novo hábito é a repetição.
“A gente começa estipulando dois horários, um de manhã e outro à noite, e, quando a criança se acostumar, a gente insere no meio do dia a escovação do horário do almoço”, explica a odontopediatra.
O Ministério da Saúde do Brasil preconiza o uso de pastas de dente com flúor desde o aparecimento do primeiro dente. Mas nem sempre foi assim.
O problema é que a ingestão excessiva de flúor pode causar a fluorose dentária. O problema se desenvolve durante a formação dos dentes e consiste em manchas brancas, podendo também causar defeitos anatômicos no dente.
Por isso, ao usar pasta de dente com flúor em crianças pequenas, é importante prestar atenção na quantidade.
● Para uma criança menor de 2 anos, a quantidade indicada é similar a um grão de arroz cru. ● Para as crianças maiores, que já conseguem cuspir, similar a um grão de ervilha.
Se você for usar em seu filho o mesmo creme dental dos adultos, tranquilize-se: essa pasta já tem a concentração mínima recomendada de flúor. Mas, se preferir uma pasta de dente infantil, que tenha um sabor mais agradável às crianças, lembre-se de se certificar na hora da compra de que ela tem flúor e na concentração de, no mínimo, 1.000 ppm.
Quanto à escolha da escova de dente, ela deve obedecer ao tamanho da cavidade bucal do bebê. No primeiro ano, usa-se uma escova que recebe o nome de “primeiro dentinho”, que é bem pequena e macia, ideal para fazer a limpeza dente a dente.
Conforme o bebê vai crescendo, vai-se adaptando. Na embalagem das escovas infantis, geralmente, encontramos informações relacionadas ao intervalo de idade, de maneira a adequar o tamanho da cabeça da escova à cavidade oral dessa criança.
Outra dúvida que costuma afligir os pais nos consultórios é o uso de chupeta e o hábito de chupar os dedos. Segundo Thaís, “é normal que os bebês tenham o hábito de chupar o dedo, pois é um reflexo natural do desejo emocional”. Quando a criança faz uso do dedo, Thaís orienta que os pais não chamem a atenção do filho, pedindo que tire o dedo da boca. A tendência é que a criança fique satisfeita em chupar o dedo até os 3 anos e depois comece a largar o hábito sozinha, pois vai amadurecendo e aumentando o repertório de maneiras de regular as emoções.
A chupeta, entretanto, não faz parte do corpo da criança, sendo muitas vezes imposta pelos pais, pois é um hábito que não é desejo inerente dela, segundo a odontopediatra.
Hoje em dia, bebês de zero a 12 meses, normalmente, não têm cáries. Isso se deve a dois fatores, de acordo com a especialista:
● O primeiro é que os pais estão mais informados sobre os cuidados e engajados neles, pois frequentam consultórios desde cedo; ● O segundo tem a ver com a alimentação. As crianças não devem consumir açúcar nem carboidratos refinados em quantidade elevada, e os pais também estão mais atentos a isso.
A prevenção da cárie passa por esses dois aspectos. Um deles é a alimentação: quanto menos açúcar e carboidrato refinado a criança consumir, mais contribuirá para sua saúde bucal. Outro aspecto são a higiene e o cuidado com a escovação dos dentes.
*A especialista consultada nesta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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