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Mais Abraços // Terça-feira 19 Setembro, 2023 // #bebe, #cuidados, #banho de sol, #recem-nascido
O banho de sol é uma prática comum para muitas pessoas, que se expõem ao sol para estimular a produção de vitamina D ou apenas para se bronzear e sentir o quentinho dos raios solares na pele. No entanto, quando se trata de banho de sol em recém-nascido, muitos pais têm dúvidas sobre a segurança e a necessidade dessa prática. Afinal, qual é a recomendação?
Sim, é possível que o bebê experimente alguns raios solares – com cuidados. "Até os seis meses de idade, o bebê não deve ser exposto diretamente ao sol, até porque, nesta faixa de idade, não é permitido o uso de protetor solar. Mas pode receber sol de forma indireta, protegido por guarda-sóis, chapéus e roupas", afirma a pediatra e neonatologista Brunna Milanesi, do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerido pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas "Dr. João Amorim").
A atividade deve durar no máximo de 15 a 20 minutos, e é ideal que os banhos de sol dos pequenos sejam feitos entre 7h às 10h da manhã ou após as 16h.
"Após os seis meses de idade, o banho de sol pode acontecer de forma direta, mas ainda assim deve ser controlado", diz a médica. O melhor horário para a exposição solar segue o mesmo: antes das 10 horas e depois das 16 horas, quando a radiação ultravioleta é menor.
Este mesmo horário é o melhor também para as gestantes, pois é preciso também ter cuidados com a exposição ao sol na gravidez.
O banho de sol em recém-nascidos pede cuidados, já que há a possibilidade de queimaduras ou outros danos à pele causados pelo calor e transpiração excessiva. Por isso, como dito, deve-se tomar cuidados especiais, como escolher horários adequados e evitar a exposição excessiva ou direta ao sol, sempre protegendo o bebê com roupas, chapéus e mantendo-o em áreas que impeçam a incidência direta da luz do sol. Essas são algumas dicas para cuidar da pele do seu bebê, que é realmente muito sensível.
Para crianças com pelo menos 6 meses, o protetor solar pode ser usado e deve ser aplicado pelo menos 20 minutos antes da exposição solar e reaplicado a cada duas horas ou após entrar na água. "É importante lembrar também que se deve sempre ter muito cuidado com a exposição ao sol. Procure a sombra, use roupas e acessórios adequados e mantenha-se hidratado", explica a pediatra.
O calor também pode ser um fator irritante para os bebês, já que a sensação térmica dos pequenos é mais sensível em comparação às outras faixas etárias do ser humano, por isso é necessário saber como vestir o bebê de acordo com a temperatura. Calor em excesso pode provocar, além de desconforto, problemas de pele, como a brotoeja.
Falando em calor, além do sol há outros cuidados com o bebê no verão que devemos ter em mente, seja na rotina do sono ou na alimentação.
Se por um lado é possível dar banho de sol em bebê com segurança, por outro, é importante saber que não há muitos benefícios comprovados da prática.
"Durante muito tempo, foi recomendado o banho de sol diário para os bebês recém-nascidos para aumentar a produção de vitamina D ou diminuir a icterícia", explica a pediatra. "No entanto, hoje sabe-se que a vitamina D deve ser suplementada pela boca e que a icterícia é tratada com equipamento de fototerapia, e que o banho de sol não resolve."
Segundo Milanesi, estudos mostram que, para produção de vitamina D, os raios de sol devem ser perpendiculares à pele. "Essa característica ocorre somente nos horários de sol a pino, próximos às 12h", diz a pediatra. Nos horários de banho de sol recomendados para recém-nascidos, o raio de sol é oblíquo. "Não é que o banho de sol esteja proibido, mas não será eficaz para a produção de vitamina D nesta faixa etária", afirma a médica.
A vitamina D tem inúmeras funções, explica Milanesi, mas a mais importante de todas é a regulação do metabolismo dos ossos. "A recomendação atual da Sociedade Brasileira de Pediatria é de que, a partir da primeira semana de vida, todos os bebês nascidos a termo recebam suplementação de vitamina D", afirma a pediatra.
A Sociedade Brasileira de Pediatria (SBP) e a Academia Americana de Pediatria (AAP), além de outros órgãos internacionais, indicam suplementação de vitamina D logo após o nascimento, para todas as crianças de 0-12 meses de idade, na dose de 400UI por dia, independentemente de seu modo de alimentação, inclusive para prematuros, quando o peso for superior a 1.500 gramas e houver tolerância à ingestão oral. Dos 12-24 meses, a Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) recomenda a suplementação com 600UI por dia.
A deficiência de vitamina D é um dos distúrbios nutricionais mais frequentes em todo o mundo. As estimativas de pessoas que sofrem de insuficiência ou deficiências desta vitamina chegam a 1 bilhão. Esses problemas são mais frequentes em países com pouca luz solar. Mas, segundo uma publicação da SBP, "mesmo no Brasil, embora a maioria da população resida em regiões de adequada exposição solar, a hipovitaminose D é um problema comum em lactentes, crianças e adolescentes."
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