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Mais Abraços // Sexta-feira 30 Agosto, 2024 // #bebê, #saúde, #cuidados
A pele de bebê é muito delicada e costuma passar por muitas mudanças nos primeiros meses de vida, por isso, você deve saber como cuidá-la para evitar irritações. Neste texto, vamos explicar, com a ajuda da pediatra especialista em dermatologia Iwyna França Vial, um pouco mais sobre as particularidades da pele de bebê e quais cuidados ter com assaduras, dermatite e descamação.
“Ao nascer, as glândulas sudoríparas [que produzem suor] e sebáceas [que produzem oleosidade] do bebê não funcionam plenamente, o que impede a regulação térmica e a formação do manto hidrolipídico [barreira de proteção sobre a derme responsável por manter a hidratação da pele]”, explica Iwyna.
O manto hidrolipídico e a acidez cutânea (nível de pH da pele) são os grandes responsáveis por proteger o bebê de infecções. Porém, até as duas semanas de vida, essa acidez é baixa, tornando a pele de bebê menos resistente às infecções.
Já a barreira cutânea de proteção, começa a se formar no útero, alcança a maturidade com 34 semanas de gestação e obtém o desenvolvimento completo apenas com 1 ano de vida. É importante ressaltar que o uso de produtos cosméticos inapropriados pode influenciar no desenvolvimento da barreira cutânea após o nascimento do bebê.
Depois do nascimento, a pele do recém-nascido pode ser naturalmente seca se comparada à derme de bebês mais velhos e de adultos, principalmente nos primeiros dias após o nascimento. Isso significa que os papais e mamães devem ter cuidados específicos e escolher produtos suaves com o intuito de manter a hidratação e, assim, evitar irritações e alergias.
Além disso, a epiderme do recém-nascido é mais fina. Portanto, se você perceber a pele de bebê descamando ou sofrendo irritações, saiba que é natural e acontece nas três primeiras semanas de vida. As células estão menos ligadas entre si e podem se desprender com maior facilidade, causando irritações comuns.
No caso de bebês mais velhos, vale lembrar que a barreira cutânea obtém o desenvolvimento completo apenas com um ano de vida e durante esse período a pele fica mais suscetível a desenvolver dermatite de contato irritativa ou alérgica. Por isso, o recomendado é que você mantenha na rotina da criança produtos de limpeza suaves.
De acordo com a especialista, os cuidados com a higiene do bebê incluem, principalmente, a limpeza delicada do cordão umbilical até sua cicatrização completa, passando por precauções em relação à exposição solar, a hora do banho, a troca de fraldas e o corte das unhas.
A seguir, veja mais detalhes de como cuidar da pele do bebê. E lembre-se que cada bebê é um mundo e nem todas as peles são iguais, mas é importante um cuidado básico para que seu bebê tenha uma pele saudável.
Nos primeiros anos de vida, a pele de bebê é hipopigmentada com menor número de melanócitos e melanogênese diminuída. Isso significa que, em caso de exposição solar forte ou prolongada, as crianças não são capazes de produzir melanina suficiente para proteger sua pele, olhos e cabelos dos efeitos do sol.
A pediatra indica que você não exponha o bebê ao sol, principalmente nos primeiros 6 meses de vida, mas preferencialmente no primeiro ano de vida.
“É recomendável evitar a exposição direta ao sol antes dos seis meses de idade. Quando expostos, bebês mais velhos podem precisar de protetor solar específico para bebês, enquanto recém-nascidos, se expostos ao sol, devem ser protegidos com roupas leves e chapéus”, sugere.
Idealmente, o primeiro banho do bebê deve ser adiado até que a estabilidade térmica seja alcançada. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que ele seja realizado após 24 horas do nascimento ou, se isso não for possível por razões culturais, que seja adiado por pelo menos 6 horas, como recomenda a Sociedade Brasileira de Pediatria.
Para o primeiro banho devem ser usados produtos de limpeza suaves, destinados à pele sensível do bebê. Sabonetes especiais para bebês não devem alterar significativamente o pH fisiológico ácido da pele, o nível de perda de água (TEWL) ou a hidratação do estrato córneo (camada de células mortas), deixando o vérnix (substância relevante na proteção e nutrição da pele dos bebês) o mais intacto possível.
Para a dermatopediatra, o banho de imersão é o mais indicado, pois promove menor perda de calor e maior conforto ao bebê. Deve durar de 5 a 10 minutos, com a temperatura da água entre 37°C e 37,5°C, sendo sempre cuidadosamente medida nos primeiros banhos. Pode ser diário, porém o mais indicado é que seja realizado de duas e três vezes por semana.
“Um banho suave duas a três vezes por semana é, geralmente, suficiente para manter a higiene sem remover os óleos naturais protetores da pele”, conta.
A médica explica que, nos recém-nascidos, as glândulas sudoríparas estão presentes desde o nascimento, mas como funcionam sob controle neurológico, devido à imaturidade do Sistema Nervoso Autônomo (SNA), só são funcionantes a partir da terceira semana de vida.
Como o recém-nascido ainda não tem controle do SNA, é incapaz de aumentar a produção de suor e, portanto, de regular a temperatura da pele quando a temperatura externa está elevada, o que, além de exigir cuidado com as roupas escolhidas, torna a produção de suor reduzida. Portanto, são necessários menos banhos.
Quanto aos bebês mais velhos, a profissional explica que podem ter banhos mais frequentes conforme se tornam mais ativos e suam mais. Um banho por dia já é suficiente para manter o bebê limpo.
Um bom produto de limpeza para a pele de bebê deve ter pH aproximado de 5,5. Logo após o banho, a pele deve ser gentilmente seca com uma toalha macia e limpa.
A troca frequente das fraldas, a limpeza suave, a exposição da pele ao ar e a aplicação de cremes de barreira são medidas que devem ser adotadas, na tentativa de reduzir o dano à pele. Indica-se que as trocas sejam realizadas pelos menos seis vezes ao dia.
A especialista explica que o ambiente fechado da área de fralda favorece alterações na pele. Alguns deles são hidratação excessiva, atrito, exposição frequente e prolongada à urina e fezes, que contêm proteases e lipases sensíveis ao pH (enzimas que favorecem a penetração de substâncias irritantes na pele).
A higiene da área das fraldas nas trocas envolve limpeza com água morna associada a um limpador suave com enxágue abundante na presença de fezes ou lenço umedecido próprio para recém-nascidos sem perfume e sem álcool. É essencial evitar a fricção no momento da limpeza.
Os cremes de barreira, como à base de óxido de zinco, devem ser utilizados em todas as trocas de fraldas, evitando a retirada excessiva da pomada, uma vez que isso pode lesionar a pele. Após a retirada da fralda, você deve aguardar algum tempo antes de colocar uma nova fralda seca, pois isso diminui a hiper-hidratação acumulativa entre as trocas.
Quando há um processo inflamatório importante, o médico pediatra pode indicar o uso de corticoides tópicos de baixa potência por um período curto. Medicamentos antifúngicos e antibióticos só devem ser utilizados se infecção confirmada clínica ou laboratorialmente.
A escolha da fralda também é fundamental! Com um cuidado superior para a pele delicada do recém-nascido, a fralda Huggies Natural Care Premium garante a sensação de sempre estar seco e foi pensada para proteger a pele do seu bebê contra assaduras por até 12 horas, com uma absorção especial para o cocô líquido, sem vazamentos.
A crosta láctea (cascas grossas amarelas ou marrons na cabeça do bebê) é um problema frequente nas primeiras semanas de vida e, geralmente, não causa nenhum problema sério e desaparece por conta própria à medida que o bebê cresce.
Deve-se lavar o couro cabeludo delicadamente com shampoos ou cremes suaves formulados para este fim. O couro cabeludo deve ser lavado com água morna e deve ser massageado suavemente para soltar as crostas.
Após o banho, use uma escova de cerdas macias para remover as crostas soltas. É importante não tentar arrancar as crostas manualmente, pois isso pode irritar o couro cabeludo do bebê e causar infecções. "Lave o cabelo do bebê regularmente para evitar o acúmulo de óleo e células mortas que podem contribuir para a crosta láctea”, recomenda Iwyna.
Unhas saudáveis têm formato oval ou retangular, com o eixo longitudinal, que vai da base à ponta, maior, e são planas na maioria dos casos. As unhas dos recém-nascidos são finas e macias, e crescem rapidamente (em torno de 1,5 mm por dia).
O corte em linha reta, com pouca profundidade é o mais adequado. Ao contrário, o corte convexo da placa ungueal é impróprio, e a causa mais comum da unha encravada.
Para evitar que sobrem arestas e irregularidades após o corte com tesoura sem ponta, o uso de polidor de unhas (lixas suaves), delicadamente, pode ser indicado. É ideal este cuidado para minimizar a possibilidade de escoriações e traumas (prender a unha em tecidos, por exemplo).
“A unha deve ser cortada logo após o nascimento e o corte deve ser mantido conforme necessidade, pelo menos uma vez por semana”, indica a médica.
Nesta faixa etária, devido à maior fragilidade cutânea, devemos estar atentos à composição dos produtos e sua ação na pele dos bebês.
A pediatra especialista em dermatologia Iwyna pede que se evite produtos como perfumes e fragrâncias, parabenos e conservantes, lauril sulfato de sódio (SLS) e lauril éter sulfato de sódio (SLES), detergentes fortes encontrados em shampoos e sabonetes, corantes artificiais, álcool, formaldeído e liberadores de formaldeído.
Além disso, a pediatra pontua que conservantes, como quaternium-15, DMDM hidantoína e diazolidinil ureia liberam formaldeído e podem causar reações alérgicas. De qualquer modo, sempre fique atento à composição nos rótulos dos produtos.
Para a higiene da área das fraldas, é importante que a limpeza seja suave e sem fricção, com um lenço umedecido próprio para recém-nascidos sem perfume e sem álcool.
Os Lenços Umedecidos Huggies Recém-Nascido são compostos por 99% de água purificada, previnem irritações e alergias, e limpam por absorção, e não por arraste e fricção.
Muitos dos problemas comuns da pele do bebê são lesões transitórias, ou seja, se resolverão sozinhas nos primeiros dois anos de vida, geralmente em um mês, como:
Descamação: é um problema comum e que pode ser identificado por pequenas peles soltas em torno dos pulsos, joelhos e pés;
Dermatite de fraldas (assaduras): pode ser identificada quando a pele do recém-nascido fica avermelhada, inchada ou irritada na área da fralda. Saiba quais são os tipos de assaduras, as possíveis causas e como tratá-las para evitar desconfortos do bebê.
Por outro lado, existem alguns problemas de pele de bebê que podem ser mais graves e requererem mais atenção médica. Por exemplo:
Dermatite atópica: se manifesta com manchas vermelhas e secas, coceira intensa, especialmente nas bochechas, cotovelos, joelhos e couro cabeludo;
Impetigo: feridas vermelhas que podem estourar, formar crostas e liberar um líquido amarelado;
Candidíase: surge com áreas avermelhadas na pele, frequentemente na região da fralda, com bordas bem definidas e lesões satélites (pequenas pápulas ao redor da lesão principal);
Miliária (brotoeja): vesículas, pequenas bolhas ou pústulas que podem causar coceira e desconforto. Frequentemente aparece em áreas quentes e úmidas, como pescoço, dobras de pele e axilas;
Hemangioma infantil: manchas vermelhas no rosto e pescoço que podem crescer rapidamente nos primeiros meses de vida.
“A maioria das alterações cutâneas presentes nos neonatos saudáveis é benigna e/ou transitória e o exame clínico e evolutivo frequentemente é suficiente para o diagnóstico”, conta Iwyna.
O uso dos produtos corretos pode já ser o suficiente para aguardar enquanto as lesões transitórias se resolvem. No entanto, condições mais graves — como as citadas acima em caso de mudança rápida de aparência ou piora — devem ser avaliadas pelo médico da criança.
Depois dessas dicas para manter a pele de bebê saudável, temos certeza de que seu pequeno será bem cuidado e amado não apenas após nascer, mas em todas as fases da vida. Até a próxima!
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