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Mais Abraços // Segunda-feira 30 Outubro, 2023 // #higiene, #bebe, #cuidados
Quando está diante de uma crise alérgica, resfriado ou gripe, crianças pequenas podem produzir quantidades surpreendentes de secreção nasal. Nessas situações, o nariz vira praticamente uma torneirinha que não para de escorrer…
Além do incômodo, o excesso de muco pode bloquear a respiração e até dificultar a alimentação correta. O problema é ainda mais sério em recém-nascidos e crianças muito pequenas: a respiração delas acontece 100% pelo nariz e qualquer bloqueio pode significar uma dificuldade maior para manter a entrada e a saída de ar intacta.
A boa notícia é que existem métodos simples, baratos e eficazes para prevenir e controlar essa chateação. A principal delas, recomendada por sociedades médicas do Brasil e de várias partes do mundo, é a limpeza nasal.
A Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP) publicou um guia com os passos básicos da limpeza nasal em bebês. Vamos a eles:
Para começar, retire as crostas e o excesso de secreções. Em crianças muito pequenas (com poucos meses), isso pode ser feito com uma haste flexível. Nas mais velhas, é possível usar lenços de papel ou lenços umedecidos. Nesse caso, peça para a criança assoar suavemente o nariz;
Em seguida, aplique uma solução salina (soro fisiológico 0,9%) em temperatura ambiente. Essa substância está disponível em farmácias, inclusive como spray;
O dispositivo deve estar ligeiramente inclinado para a parte lateral externa da narina (e não para o septo nasal, aquela “pequena parede” que separa os dois orifícios);
Uma boa dica é inclinar um pouco a cabeça da criança para trás e tampar a outra narina, fazendo uma pressão suave com a ponta dos dedos;
Na sequência, realize o mesmo procedimento na outra narina;
Em alguns casos, é possível usar aparelhos de sucção simples, que ajudam a retirar o excesso de fluidos logo após a lavagem;
Nos casos em que há a necessidade de usar os aparelhos de sucção, siga as instruções do fabricante na hora de higienizar e guardar o dispositivo.
Importante: essa limpeza regular deve ser feita com soluções salinas isotônicas, com baixa concentração de sódio. Há produtos que trazem mais sódio, que costumam ser usados só em situações mais específicas, como quadros crônicos de rinite ou sinusite.
Agora que você já sabe como limpar nariz de recém-nascido com soro, vamos detalhar um pouco mais porque essa prática é tão necessária — e qual a periodicidade adequada para fazê-la.
Segundo a SPSP, “a limpeza nasal deve ser realizada a qualquer momento, sempre que houver necessidade”.Já o Departamento de Saúde de Alberta, no Canadá, sugere que o procedimento deva ser reforçado nas situações em que o bebê tem resfriados ou quando o nariz está cheio de muco.
Outras instituições recomendam que a limpeza nasal do recém-nascido seja feita pelo menos uma vez ao dia durante o verão, duas a três vezes ao longo do inverno (quando doenças respiratórias são mais comuns) e de três a seis vezes se há um quadro de resfriado ou nariz entupido.
Uma boa ideia é inserir essa prática na rotina junto de outros cuidados de saúde, como na hora de escovar os dentes ou tomar banho.
A Universidade de Montreal, no Canadá, explica que a higiene nasal regular com solução salina elimina secreções e pequenas partículas que são prejudiciais à saúde, como a poeira, o pólen das plantas e compostos liberados através do pelo de animais de estimação. Isso, por sua vez, diminui os quadros de congestão (ou entupimento) das narinas.
Outros benefícios da higiene nasal são:
A SPSP explica que as crianças apresentam naturalmente um nariz mais fino (portanto, com menos espaço para passagem do ar durante a respiração).
Além disso, até os dois meses de vida todos nós respiramos exclusivamente pelo nariz. Ou seja: não há a possibilidade de que a entrada complementar de oxigênio aconteça pela boca em situações emergenciais.
Para completar, os dois buraquinhos do nariz são recobertos por uma camada mucociliar. Ela tem a função de liberar o muco e substâncias inflamatórias que protegem o organismo de agentes externos.
Portanto, quando ocorrem algumas alterações, sobre as quais falaremos a seguir, as narinas podem acabar obstruídas.
É possível resumir os principais fatores por trás da congestão nasal em três grupos:
A SPSP ressalta que a respiração nasal bloqueada leva a “sinais de desconforto e dificuldade em se alimentar”. E isso também dificulta as funções do nariz, que vão além de servir de entrada para o oxigênio: ele filtra, aquece e umidifica o ar, deixando-o mais adequado para a chegada aos pulmões.
Ter narinas constantemente entupidas ainda estimula a respiração pela boca alguns meses depois — o que também não é nada saudável e pode levar a prejuízos importantes no sistema respiratório e até no processo de aprendizagem.
É muito curioso como pequenos cuidados podem fazer tanta diferença. Com a faxina do nariz, você (e o seu bebê, claro) poderão respirar aliviados!
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