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Mais Abraços // Quarta-feira 16 Agosto, 2023 // #bebe, #amamentação
Mama tuberosa, também conhecida como mama em forma de tubérculo, é uma condição congênita rara que afeta o desenvolvimento das mamas femininas durante a puberdade. É caracterizada por um formato anormal das mamas, que apresentam uma aparência cônica ou tubular, com uma base estreita e uma projeção mais pronunciada. A condição pode dificultar a amamentação, além de afetar a autoestima e a confiança das mulheres. Entenda mais sobre o quadro a seguir.
As causas exatas da mama tuberosa não são conhecidas, mas acredita-se que ela aconteça devido a uma combinação de fatores genéticos e hormonais. Os sintomas incluem mamas assimétricas, aréolas alargadas e uma base estreita das mamas, e podem variar de leves a severos, afetando cada pessoa de maneira diferente.
Além das várias alterações no formato das mamas, a condição também pode ocasionar uma desordem conhecida como tecido glandular insuficiente, na qual o tecido mamário produtor de leite não se desenvolve como esperado.
Não existe tratamento para a mama tuberosa, apenas solução para a questão estética e psicológica. É possível realizar cirurgia plástica, como a colocação de implantes mamários, para mudar a aparência das mamas e corrigir a base estreita.
Em uma pesquisa de 2016, quase 50% das mulheres que tinham feito cirurgia de aumento ou redução de mamas apresentavam essa condição em pelo menos um dos seios, mesmo sem saber. A incidência exata da mama tuberosa, porém, é desconhecida e subestimada, pois muitas mulheres com graus leves de deformidade podem não se incomodar ou procurar auxílio profissional.
A mama tuberosa pode ser um sinal de que há pouco tecido glandular produtor de leite – várias das características da mama tuberosa estão nas listas de marcadores de tecido glandular insuficiente, como assimetria das mamas, aréola grande e formato tubular. Mas isso não quer dizer que todas as mulheres que têm esta condição vão ter dificuldades no aleitamento: muitas delas conseguem amamentar com sucesso.
Há poucas pesquisas sobre isso, porém. Essa condição é muito mais estudada por pesquisadores do campo da cirurgia plástica. Uma revisão de literatura que analisou artigos publicados durante 20 anos, por exemplo, sequer cita a amamentação. Mas pelo menos uma pesquisa, de 2014, conclui que as mulheres que apresentavam o tipo mais severo de mamas tuberosas tiveram significativamente menos sucesso na amamentação.
Além disso, é sabido que a mamoplastia também pode afetar a amamentação. Segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), as mulheres com cirurgias de aumento são menos propensas a amamentar e a taxa de aleitamento materno exclusivo é menor quando comparadas às mulheres sem cirurgia.
É importante que as mulheres com mama tuberosa discutam suas preocupações com um profissional de saúde. Durante a gravidez, um especialista em aleitamento materno pode ajudar a mulher a se preparar para a amamentação e fornecer técnicas para aumentar a produção de leite. Após o nascimento do bebê, a posição adequada de amamentação e a frequência da amamentação também são importantes para ajudar a estimular a produção de leite e garantir que o bebê receba nutrição suficiente. Além disso, o profissional poderá orientar a pega mais adequada do bebê no seio com esta característica, ajudando a prevenir lesões e desmame precoce.
A situação de não conseguir amamentar pode ser muito triste para muitas mulheres, mas algumas encontram também alegria em alimentar seus bebês com mamadeira de forma amorosa e sensível. Também existem maneiras de preservar aspectos da relação de amamentação para que nem toda essa conexão seja perdida.
Segundo informações da La Leche League, uma organização não-governamental internacional sem fins lucrativos que distribui informações e promove o aleitamento materno através do apoio mútuo entre as mães, é possível utilizar uma ferramenta de suplementação no peito, um pequeno tubo que é preso ao lado ou sob o mamilo da mãe e é conectado a um recipiente que contém o suplemento, que pode ser o leite extraído da própria mãe, leite de uma doadora ou fórmula.
Além disso, algumas mulheres com tecido glandular insuficiente são, mesmo assim, capazes de amamentar e fornecer a maior parte do que seus bebês precisam com o apoio medicamentos que ajudam na produção de leite, e, em algumas situações, com o uso de suplementação uma ou duas vezes ao dia. Mas, de qualquer forma, a disponibilidade de leite (e a condição nutricional do bebê) devem ser analisados por uma pediatra.
Em alguns casos, o acompanhamento de uma consultora de aleitamento, a participação em grupos que reúnem mães e profissionais da área, o acompanhamento com um psicólogo e o apoio de amigos e familiares podem ser ferramentas valiosas para que a mulher entenda que a relação de amamentação que pensou que teria não acontecerá e para que ela atravesse esse processo com o máximo de aceitação e o mínimo de autocobrança possível.
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