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Mais Abraços // Segunda-feira 6 Novembro, 2023 // #bebe, #bebes, #estomago, #vomitos, #medicacao, #refluxo
O refluxo em bebê é uma questão que pode assustar pais e mães. Mas é preciso entender que há dois tipos, sendo que um deles é considerado normal e pode ocorrer muitas vezes ao dia.
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O refluxo gastroesofágico, também conhecido pela sigla RGE, é uma ocorrência comum, que começa após as refeições e dura menos de três minutos. Segundo a fonoaudióloga Denise Lopes Madureira, coordenadora do Departamento de Fonoaudiologia do Hospital Infantil Sabará, em São Paulo, o movimento ocorre tanto em bebês quanto em adultos saudáveis, e de forma assintomática.
Quando falamos de RGE, nos referimos à passagem do conteúdo gástrico para o esôfago com ou sem regurgitação e vômito. A especialista ressalta que, se a criança regurgita ou vomita, mas está ganhando peso, crescendo e não apresenta outros problemas, não há motivo de preocupação.
"Por outro lado, a doença do refluxo gastroesofágico (DRGE) ocorre quando o refluxo ou conteúdo gástrico vem acompanhado de complicações ou sintomas preocupantes", alerta a fonoaudióloga.
Segundo Madureira, o refluxo merece atenção médica quando, além dele, a família observar no bebê:
Regurgitação recorrente com ou sem episódio de vômito;
Choro e irritabilidade tanto durante quanto após as refeições;
Tosse recorrente e persistente, chiado ou estridor, uma espécie de ruído na região da laringe;
Rouquidão e doenças respiratórias, como bronquiolite e pneumonia;
Rejeição do alimento ou alimentação pobre;
Perda ou ganho insuficiente de peso;
Apneia, a interrupção momentânea da respiração;
Costas que se arqueiam pronunciadamente, com a cabeça para trás, logo após o início da refeição.
A perita reforça a importância de diagnosticar a DRGE logo no início. "Quando não adequadamente tratada, a DRGE traz muito desconforto para a criança e seus pais, que despendem grande parte do seu tempo tentando alimentar uma criança 'chorosa' e 'arqueada'."
Se perceber um ou mais sintomas, a família deve procurar ajuda médica para confirmar o diagnóstico e iniciar o tratamento da DRGE. Alguns exames que podem detectar a doença são:
EED: estudo anatômico capaz de identificar anomalias do esôfago, estômago e duodeno;
pHmetria: teste quantitativo que avalia o grau de exposição ácida do estômago;
Impedanciometria transluminal: capaz de detectar episódios de refluxo ácido e não ácido do estômago;
Endoscopia e biópsia: mostram casos de esofagite secundária ao refluxo.
"O tratamento para a DRGE pode contar com medicação, abordagem psicológica, intervenção fonoaudiológica e, em alguns casos, a indicação de nutrição suplementar. Em casos persistentes ou mais graves, pode ser necessária cirurgia”, diz a especialista. Mas, apesar da sintomatologia severa no início da vida, a maioria das crianças chega sem nenhuma manifestação aos 10 meses. “Com 18 meses, 81% dos bebês apresentam ausência total de sintomas”, completa Madureira.
Algumas ações podem evitar o retorno do leite pelo tubo digestivo da criança. Após a mamada, é ideal deixar o bebê em uma postura vertical por 20 ou 30 minutos. Em caso de não conseguir segurá-lo no colo, eleve a cabeceira do berço. Trocar fraldas após o aleitamento não é indicado. Espere 20 minutos.
A sucção de um bebê é, por natureza, silenciosa. Ruídos audíveis durante a mamada, seja no seio materno ou na mamadeira, podem indicar aerofagia, ou seja, deglutição de ar. O problema pode ser causado por uma pega incorreta e pode ocasionar dor e desconforto.
Por mais que o refluxo em bebê seja comum, se perceber uma recorrência ou aumento de regurgitação e vômito, não deixe de consultar o pediatra. O médico vai conferir todo o desenvolvimento da criança e orientar os cuidados necessários.
* A especialista consultada sobre esta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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