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Mais Abraços // Quinta-feira 1 Outubro, 2020 // #relato, #bebe, #maternidade
Eu vivia uma história de amor. Dessas que vemos em novela e em contos de fada.
Eu tinha quatorze anos e estava certa de que havia encontrado o amor da minha vida.
Nós nos divertíamos tanto, éramos felizes juntos.
Mas a família dele não pensava como eu e não aprovava o nosso relacionamento.
Novinha e imatura, acreditei que uma gravidez faria com que eles mudassem de ideia, com que me aceitassem. Eu tinha dezesseis anos.
O começo da gestação foi tranquilo, mas morar longe da família e com pessoas que pareciam não gostar de mim foi um grande aprendizado.
Por volta de trinta semanas, minha realidade era outra. Fui internada com algumas complicações. A gestação passou a ser de risco. Eu precisava me cuidar.
Quando entrei em trabalho de parto, a equipe decidiu me transferir para outro hospital, mais bem equipado e preparado para atender casos como o meu.
Aí veio a surpresa: meu marido não seria meu acompanhante. Minha sogra iria comigo.
Kauan nasceu lindo, grande, cheio de saúde.
Cada fase como mãe foi especial. Eu me descobri na maternidade!
O relacionamento com o pai do Kauan desandou. Tudo ficou diferente, nada mais era como antes. Começaram as brigas, as lágrimas, os gritos.
Kauan presenciou muita coisa. Até que escolhi me separar, seria melhor assim.
Aluguei uma casa, trabalhava de garçonete em um restaurante enquanto o Kauan ficava na creche.
Estava cheia de coragem e esperança para escrever novos capítulos da minha história, até que essa situação toda começou.
Perdi o emprego, tivemos que voltar para a casa da minha mãe - que nos recebeu de braços abertos.
Diversas são as batalhas que estamos enfrentando, problemas financeiros e várias incertezas. Mas a vida ensina e o amor ampara.
Kauan tem três anos e é apaixonado por música. A gente canta, dança, ele ri à toa. Tenho presenciado tantos momentos fofos - agora que estamos passando mais tempo juntos.
Eu faço muitos planos para quando tudo voltar ao normal. Sei que há um caminho longo pela frente, mas tempos difíceis não são eternos, eu confio, eu tenho fé.
Eu não desisto da nossa felicidade.
Afinal, Deus sempre foi o meu refúgio. E é dele que recebo os melhores abraços.
Por: Kethlyn Cardoso mamãe do Kauan
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