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Mais Abraços // Quinta-feira 1 Outubro, 2020 // #relato, #maternidade
Engravidei do meu primeiro namorado.
Eu gostava dele, tinha sonhos e planos. Na época, eu trabalhava em uma empresa boa, sentia que poderia crescer lá dentro.
Mas a gestação aos 19 anos me fez recalcular a rota.
No dia do parto, meus pais estavam comigo e não saíram de perto de mim.
Murilo nasceu, e eu me encantei pelo papel de mãe, me agarrei à possibilidade de dar a ele as coisas que eu não tive.
O pai do Murilo, por sua vez, não compartilhou do mesmo sentimento. Sua prioridade era viver o momento. E um bebê não cabia no cenário.
A vida continuou. Eu, meus pais, minhas irmãs e meu filho.
Murilo foi crescendo. Um menino inteligente e curioso. Quer vê-lo feliz? Leia para ele, conte histórias, fale da vida. É quando vejo o rostinho do meu filho brilhar.
De um lado, eu era uma mãe realizada; do outro, sentia falta do que estava ficando para trás: a minha juventude. Complicado encontrar esse equilíbrio.
Aos 25, voltei a sair e a conversar com pessoas da minha idade. A gestação do Guilherme veio logo depois. Eu jamais esperava uma gravidez fora de um relacionamento sério. Mas a gente colhe as decisões que toma.
O pai do Guilherme foi presente durante a gestação, um verdadeiro amigo. Ele acompanhou o parto e participa ativamente da criação do nosso filho.
O puerpério está bem diferente, não só pela situação que o mundo está passando, mas pela confirmação de que meus pais são meus melhores amigos. Tudo bem que a gente briga. Só acontece porque queremos o melhor um para o outro.
Eles cuidam dos meus filhos com amor.
Dizem por aí que avós são pais com açúcar. Eu confirmo, tenho a prova em casa.
Queria tanto que eles soubessem que sou grata e sou capaz; capaz de cuidar deles e dos meus filhos também; capaz de retribuir, um a um, todos esses abraços que eles me dão: de apoio, de dedicação, de perdão, de coragem; abraços que eles nunca mediram e jamais recusaram.
Meus pais e meus filhos são minha vida, minha celebração, os abraços que preciso e as alergias que tenho.
Relato: Luana Santos, mamãe do Murilo e do Guilherme
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