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Ser Mãe // Quarta-feira 11 Maio, 2022
No quarto episódio do podcast “Carreira de Mãe”, uma iniciativa de Huggies e B2Mamy, o tema discutido sob a perspectiva feminina é a Síndrome de Burnout. No total são cinco episódios, lançados para celebrar o Dia das Mães.
Você pode assistir ao podcast no YouTube.
Ou pode ouvir pelo Spotify.
Nele, as apresentadoras Dani Junco e Marina Franciulli conversam com Jaqueline Lamente, mãe de Luca e coordenadora de projetos de inovação da Natura Startups. “Tive burnout duas vezes”, conta Jaqueline.
A síndrome de burnout é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico, resultantes de situações de trabalho desgastante. O problema é tão sério que ganhou reconhecimento pela Organização Mundial de Saúde (OMS). No Google, a procura pelo termo aumentou 400%.
“Na primeira vez, o Luca era bem pequenininho. Comecei a sentir dores no corpo muito intensas. Um dia, ele estava brincando perto de mim, vi que precisava de ajuda, mas não consegui ir até ele. Achei que tinha cochilado e estava sonhando. Uma semana depois, estava na pia, pegando comida, quando me virei e senti um desespero tão grande que comecei a chorar. Fui parar no hospital”, revela Jaqueline.
A coordenadora conta que, na época, Luca tinha meses de vida e ela tocava um projeto muito grande da própria empresa. “Sustentava a minha casa. A gente tem de equilibrar muitos pratos tanto quando tem um negócio ou trabalha para uma grande empresa”. Segundo a Fundação Seade (Sistema Estadual de Análise de Dados), a cada dez lares, quatro são liderados por uma mulher financeiramente. Ao mesmo tempo, durante a pandemia, 8 milhões de mulheres foram demitidas, 25% a mais do que os homens.
A segunda crise de burnout aconteceu no final de 2018. “Estava fazendo um evento e colapsei. Estava sofrendo uma pressão gigantesca, de tudo, familiar, pré-divórcio. Fui para o estacionamento porque estava com falta de ar. Eu me coloquei entre dois carros, não conseguia respirar e sentia as extremidades do corpo formigarem. Fui ajudada por uma pessoa da limpeza que passou por mim e voltou porque percebeu meu estado”.
Hoje, Jaque se dá conta de que vivia uma dualidade. “Acho que é uma construção social que a responsabilidade pela casa e o cuidado com os filhos são da mulher. Acaba que a gente leva o lar para o trabalho e o trabalho para o lar”, comenta ela.
As apresentadoras do podcast também falaram sobre suas experiências com a síndrome de burnout. Dani revelou que estava em uma fase animada com muitos projetos e, um dia, sentiu o rosto “desmaiar”. “Achei que estava tendo um AVC”.
Já Marina conta que os primeiros sintomas do Burnout aconteceram em 2019. “Também estava em um período muito apaixonada pelo que estava fazendo, mas comecei com sinusite, hemorragias nasais intensas, não conseguia dormir e estava emagrecendo muito. “Pensava que era só um pouco de estresse e que dali a pouco tudo ficaria bem”.
Até que, no final do ano passado, recebeu uma mensagem no WhatsApp e não conseguiu ler. “Eu não conseguia conectar as letras”. Marina ficou tão assustada que desmarcou todos os compromissos, algo que nunca tinha feito na vida profissional. “Não conseguia fazer mais nada, só chorar”.
As três tiveram de aprender a dizer não para se recuperarem. “Eu não equilibro todos os pratos. Escolho qual vai cair, isso sim”, fala Dani.
Jaqueline revela que, depois dos sustos, passou a organizar seu dia por blocos. “Sou mãe solo e por isso não tenho como ir para a academia de manhã, porque tenho de esperar que alguém chegue para ficar com o Luca. Daí o que faço é colocar meu despertador para tocar um pouco antes do horário que ele acorda para meditar. Também tenho um planner onde coloco coisas que não posso deixar de fazer e tiro o que pode esperar”.
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