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Mais Abraços // Terça-feira 7 Janeiro, 2025 // #gravidez, #saúde, #cuidados
Você já ouviu falar em descolamento ovular? Assim como outros problemas que podem acometer a gestação, a condição, que também é chamada de “hematoma subcoriônico”, acontece quando há acúmulo de sangue entre o saco gestacional e a parede do útero.
Para que você tenha uma gravidez tranquila e passe por essa fase tão linda sem sustos ou imprevistos, hoje contamos um pouco mais sobre o que é descolamento ovular, as possíveis causas e tratamentos para esta condição médica.
O descolamento ovular é conhecido tecnicamente como hematoma subcoriônico e acontece quando há a separação dos vasos da decídua (é como é chamada a camada do endométrio, tecido que fica na cavidade uterina, durante a gestação) na região da interface materno-fetal.
“Para facilitar a explicação, é quando ocorre a separação da região ao redor do bebê e o útero, que pode acontecer nas primeiras semanas de gestação (mais especificamente no primeiro trimestre)”, detalha Alice Maganin, obstetra e ginecologista.
Esse é um processo que pode acometer a gestante antes mesmo de haver a formação da placenta. E não é o mesmo diagnóstico que descolamento de placenta - afinal, nem há placenta ainda nessa fase.
O hematoma subcoriônico acontece quando há sangramento de descolamento ovular interviloso (materno) nos vasos do útero. A médica revela que não há, até o momento, uma causa específica conhecida (nem a prática de relação sexual, nem o esforço físico, nem outros fatores).
Para a médica, em sua prática clínica, é comum notar uma frequência maior de descolamento ovular em pacientes que passaram por fertilização in vitro e com alterações uterinas, como as mal formações mullerianas (anormalidades no desenvolvimento dos órgãos reprodutivos femininos, afetando o útero e podendo impactar o sistema reprodutivo da mulher) e quadros infecciosos.
Na maior parte dos casos o descolamento ovular é detectado em exames de rotina durante a gestação porque muitas pacientes não chegam a apresentar sintomas. Ou seja, pode acontecer, mas sem sangramento. A maneira mais comum de obter um diagnóstico é por meio do ultrassom transvaginal.
Em caso de a gestante apresentar sangramento já no início da gravidez (6 a 10 semanas), a condição já é uma ameaça de aborto.
Mas, nos casos em que os sintomas aparecem, eles podem surgir com sangramento e cólica nas 12 primeiras semanas. Portanto, diante de sangramento intenso ou cólica de intensidade forte, deve-se buscar por atendimento imediatamente.
Nos casos de sangramentos em pequena quantidade, autolimitados, com ou sem cólica mais leve, também é importante passar por avaliação para entender o que está acontecendo.
Em quadros considerados mais graves, pode ser necessário que a grávida fique internada. “Pode acontecer de o sangramento ser intenso a ponto de demandar uma vigilância mais cautelosa. Porém é importante lembrarmos que essas situações são bastantes raras”, conta a profissional.
Uma boa notícia dada pela médica é que 90% das gestações em que há sangramento vaginal, mas com batimentos cardíacos fetais presentes no ultrassom, têm chances evoluir de maneira favorável.
Infelizmente, o descolamento ovular não tem cura, mas a gestação pode chegar até o fim.
A médica conta que o descolamento ovular é uma situação delicada e desafiadora. “Ao mesmo tempo em que todos os envolvidos desejam evitar a perda da gestação, e isso inclui o casal e a equipe de saúde que acompanha a família, infelizmente não há evidência científica, dentro das condutas médicas mais utilizadas, de regressão da condição”, diz.
Ela completa: “Apesar de ser muito comum a prescrição de progesterona, orientação de repouso, abstinência sexual e redução dos esforços físicos, nenhum desses tratamentos se mostrou eficaz em prevenir a perda da gravidez”.
“A única maneira de saber se o descolamento ovular melhorou é fazer o acompanhamento é por meio da ultrassonografia transvaginal. Na prática, é bastante comum repetirmos o exame com intervalos de 7 a 14 dias até resolução do hematoma”, explica Alice.
O principal benefício desse acompanhamento com o obstetra é poder trazer tranquilidade para as famílias, evitando que fique aquela angústia comum quando não sabemos exatamente o que está ocorrendo com a gravidez.
Felizmente, na maioria dos casos, o sangramento vaginal (principal sintoma do descolamento ovular), tende a sumir espontaneamente.
Como não há uma causa exata, não é possível evitar o descolamento ovular. Mas existem medidas que podem ajudar no alívio dos sintomas, como: repouso absoluto em casa, evitar ter relações sexuais, não ficar muito tempo de pé, não fazer esforço físico ou pegar objetos pesados.
Que tal ficar por dentro do que acontece em todas as fases da gravidez? Huggies traz uma série de artigos sobre gestação e ajuda a tirar as dúvidas mais comuns das futuras mamães. Assim, você se sente mais segura, confiante e aproveita cada momento deste acontecimento lindo e único na sua vida! Até a próxima.
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