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Mais Abraços // Quarta-feira 20 Dezembro, 2023 // #gravidez, #enjoo
Sentir o estômago embrulhado, junto da ânsia de vômito, costuma ser um dos sintomas mais frequentemente experimentados pelas mulheres que estão nas primeiras semanas da gestação. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) calcula que esse incômodo afeta até 85% das grávidas. Em cerca de um quarto delas, o enjoo na gravidez aparece principalmente no período da manhã.
Mas, afinal, o que causa o enjoo na gestação? E existem maneiras de aliviar esse sintoma? Preparamos um guia para te ajudar a entender e superar essa sensação desagradável.
O enjoo, ou a náusea, é aquela sensação desconfortável e difícil de descrever. Alguns usam o termo “estômago embrulhado” como um sinônimo. Ela geralmente começa com algum tipo de desconforto na barriga, que evolui para tonturas ou a sensação de que não estamos 100% bem.
Em algumas pessoas, o quadro progride até o vômito, em que parte do conteúdo estomacal volta pelo esôfago até a boca. Em outras, os sintomas melhoram naturalmente depois de um tempo ou de um período de descanso.
A causa exata do enjoo na gravidez não é conhecida pelos especialistas.
Em um manual publicado recentemente, a Febrasgo relata que a principal teoria sobre a origem desse incômodo aponta para as mudanças hormonais que ocorrem durante a gravidez.
Acredita-se que o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que é produzido pela placenta, desempenha um papel importante na origem do enjoo matinal. O hCG é o mesmo hormônio medido nos testes que detectam a gestação logo nas primeiras semanas.
Muitas mulheres grávidas também são mais sensíveis a cheiros específicos durante a gravidez e podem sentir enjoo como uma resposta aos aromas diferentes.
A Febrasgo ainda aponta outras teorias sobre o enjoo em grávidas, que incluem a infecção pela bactéria Helicobacter pylori (extremamente comum no organismo humano, mais especificamente no estômago), fatores genéticos e componentes psicológicos.
O estresse, por exemplo, que está relacionado a tantas mudanças que acontecem no início da gestação, também pode aumentar o risco de episódios de estômago embrulhado.
De acordo com o Manual MSD, site especializado que reúne informações médicas, esse incômodo tem várias manifestações e varia de um grau leve até estágios mais graves e preocupantes (sobre os quais falaremos mais adiante).
Os sintomas mais comuns de enjoo na gravidez são:
Náusea;
Vômito;
Perda de apetite;
Fadiga;
Tontura;
Sensibilidade ao cheiro;
Salivação excessiva;
Azia;
Dor de cabeça;
Desidratação.
O Hospital Israelita Albert Einstein explica que esse sintoma costuma se iniciar a partir da quinta ou da sexta semana de gestação e o pico de enjoo se dá por volta das semanas 8 e 10.
Isso acontece justamente pela produção do hormônio hGC, que atinge o valor máximo nesse período inicial de gravidez.
A partir daí, o enjoo tende a diminuir e desaparecer completamente na 16a semana. “A permanência dos enjoos após o quarto mês requer uma investigação médica”, sugere o hospital.
Embora o enjoo na gravidez possa ser bastante desconfortável, há várias coisas que as mulheres grávidas podem fazer para amenizá-lo. Confira a seguir algumas dicas:
Coma com frequência;
Prefira pequenas porções de alimentos;
Evite os alimentos que você sabe que causam enjoo;
Fuja dos odores muito fortes;
Beba líquidos constantemente;
Descanse bastante para reduzir o estresse e a fadiga.
Além desses cuidados básicos, é essencial relatar qualquer sintoma para o médico para que ele faça uma avaliação aprofundada e oriente mudanças no estilo de vida ou até o uso de algum tipo de remédio.
Segundo a Febrasgo, a grande maioria dos casos de enjoo na gravidez é mais leve e se resolve com o passar das semanas. Os médicos costumam classificar a gravidade desse incômodo com base em três perguntas principais:
Por quanto tempo você se sentiu nauseada nas últimas 24 horas?
Quantos episódios de vômitos você apresentou nas últimas 24 horas?
Em quantos momentos você observou intensa salivação e esforço para o vômito nas últimas 24 horas?
A avaliação das respostas, no entanto, é subjetiva: vai depender da intensidade das náuseas e da capacidade de “segurar” a comida no estômago. Um sinal de alerta surge, por exemplo, quando a gestante não consegue se alimentar ou se hidratar adequadamente por várias horas.
O tratamento varia de acordo com a gravidade do quadro. Em casos leves, geralmente, o apoio psicoemocional junto com as mudanças na dieta costuma dar um resultado satisfatório. Em outros casos, podem ser necessários medicamentos para enjoo e reposição das perdas hídricas, de glicose e de eletrólitos através de administração de soro intravenoso.
Em alguns casos, o profissional também prescreve remédios capazes de aliviar o enjoo — e é sempre importante pedir orientação antes de tomar qualquer comprimido durante os nove meses de gestação.
Esse é o estágio mais grave dos enjoos na gravidez. Felizmente, ele é bem raro. A Febrasgo aponta que o diagnóstico rápido da hiperêmese gravídica é essencial para não perder tempo e já iniciar um tratamento o quanto antes.
Nessa situação, a mulher sente tanto enjoo que não consegue se alimentar direito. Para piorar, ela perde uma parte considerável dos líquidos e dos nutrientes que consumiu ao vomitar constantemente. O quadro de desnutrição e desidratação pode afetar a saúde e prejudicar o desenvolvimento da criança.
Existe um protocolo para detectar a hiperêmese gravídica e iniciar um contra-ataque terapêutico. Geralmente o médico indica uma dieta bem controlada, com a introdução de alimentos aos poucos e em porções pequenas. Nesse caso, também é necessário recorrer aos medicamentos, especialmente aqueles que pertencem à classe dos antieméticos.
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