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Mais Abraços // Segunda-feira 25 Maio, 2020 // #enjoo, #gravidez
O enjoo é um sintoma tão comum, mas tão comum, que muitas vezes ele precede até a notícia de uma gravidez: a mulher começa a sentir o estômago embrulhado, vomita com mais frequência, e isso desperta a suspeita de que um bebê está a caminho. Os números comprovam isso: a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) calcula que o incômodo afeta até 85% das gestantes.
Segundo o Hospital Israelita Albert Einstein, em São Paulo, essa sensação desagradável se concentra nas primeiras semanas da gravidez: ela se inicia a partir da quinta ou da sexta semana e atinge um pico por volta da décima-sexta.
Embora não exista um consenso sobre as causas do enjoo na gravidez, a principal suspeita recai sobre o hormônio gonadotrofina coriônica humana (hCG), que é fabricado pela placenta e está numa quantidade mais alta nesses primeiros estágios de desenvolvimento do embrião. Outras possíveis causas de enjoo na gravidez são o estresse, a presença de uma bactéria chamada Helicobacter pylori ou uma maior sensibilidade a cheiros específicos durante esses nove meses.
Mas, afinal, o que é bom para o enjoo na gravidez? A boa notícia é que existem várias táticas que podem ajudar a trazer alívio. Veja a seguir.
Uma das melhores saídas para lidar com o estômago embrulhado é justamente comer. Opte por alimentos leves e em pequenas quantidades, antes mesmo de escovar os dentes, logo de manhã.
A dica é referendada pelo Serviço de Saúde Pública do Reino Unido (NHS, na sigla em inglês). Os especialistas britânicos sugerem que a mulher tenha no quarto, bem próximo da cama, um pacote de biscoitos ou torradas. Comer duas ou três unidades antes mesmo de levantar-se, é uma boa ideia para aliviar o enjoo.
O NHS também aponta que é importante identificar nessa fase aqueles pratos que são gatilhos para o enjoo. Muitas vezes eles eram tolerados (e até apreciados) antes da gravidez, mas, por algum motivo, como um cheiro mais forte ou o gosto de um ingrediente específico, eles passam a causar náuseas e ânsia de vômito. Portanto, vale passar bem longe deles, especialmente nessas primeiras semanas de gestação, quando o enjoo costuma estar em alta.
Geralmente esses alimentos são mais condimentados ou gordurosos, então, nos dias em que o embrulho no estômago está muito grande, é importante maneirar nesse tipo de prato.
Prefira sempre pequenas porções ricas em alimentos integrais e em carboidratos, como o arroz, o pão e o macarrão.
Se o enjoo estiver muito forte, vale conversar com os profissionais de saúde que fazem o seu acompanhamento. Eles podem sugerir pequenas modificações nos hábitos alimentares ou até prescrever alguns suplementos vitamínicos, que garantem o aporte de nutrientes necessário nesta fase da vida.
O NHS pede que as gestantes tomem entre seis e oitos copos de líquidos sem cafeína todos os dias. Isso é importante para garantir um bom nível de hidratação e também ajuda a driblar a sensação de enjoo.
Uma boa ideia é sempre manter uma garrafinha de água por perto e tomar pequenos goles a cada 15 ou 20 minutos.
A resposta é sim! Segundo o Hospital Pro Matre, de São Paulo, o limão ajuda no enjoo na gravidez. Aliás, todos os cítricos (como laranja, kiwi, morango e abacaxi) são muito bem-vindos. Todas elas são consideradas frutas boas para enjoo na gravidez.
Cada mulher vai ter uma preferência e se dar bem com uma ou outra fruta, mas estes alimentos costumam ser bem aceitos nos primeiros meses de gestação, quando o embrulho no estômago é frequente.
Vale reforçar, portanto, que água com limão é bom para enjoo na gravidez, mas é possível variar nas receitas. Que tal fazer um picolé de limão? Ou cortar pedaços de abacaxi para a sobremesa do almoço?
Além do limão e das frutas cítricas, outro alimento que sempre aparece na lista dos parceiros contra enjoo é o gengibre. O NHS indica que as gestantes consumam alimentos e bebidas que contém essa raiz de gosto característico.
Segundo o serviço de saúde inglês, “existem evidências de que o gengibre ajuda a reduzir os episódios de náusea e vômitos”, mas é importante falar com o profissional de saúde e respeitar as quantidades recomendadas, principalmente se você for tomar suplementos que contenham gengibre.
Outro passo fundamental para lidar com o embrulho no estômago é fazer repouso. O estresse e o agito dessas primeiras semanas de gravidez podem mexer com o sistema digestivo e causar o enjoo. Portanto, ter esses momentos de relaxamento ao longo do dia é algo fundamental para evitar que esse incômodo se torne ainda mais desagradável.
Se as medidas citadas anteriormente não funcionarem, existem mais opções para aliviar o enjoo, mas eles dependem da orientação médica. De acordo com a Clínica Mayo, instituição de saúde dos Estados Unidos, o profissional de saúde pode prescrever suplementos (como aqueles ricos em vitamina B6 ou gengibre).
Outra opção são os remédios antieméticos, que servem justamente para controlar os episódios de náusea e vômitos. Eles costumam funcionar bem na gestação e não provocam grandes efeitos colaterais, mas é importante que o uso deles seja sempre avaliado por um especialista no assunto.
Ficar atento aos sintomas e procurar um médico se os incômodos não melhorarem é fundamental, até para fugir de quadros graves de desidratação e uma condição chamada hiperêmese gravídica, quadro em que os enjoos e vômitos na gestação são mais graves. Mas, de modo geral, com pequenos ajustes na rotina e alguns cuidados básicos, o enjoo tem tudo para virar um incômodo pequeno e passageiro.
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