Tem certeza de que deseja excluir o produto Vale-presente?
Mais Abraços // Segunda-feira 17 Julho, 2023 // #gestacao, #pré-natal, #exames
A realização de exames pré-natal é uma das maneiras mais importantes de garantir uma gravidez saudável. Estes exames desempenham um papel fundamental na detecção precoce de qualquer complicação ou problema de saúde tanto para a mãe quanto para o bebê, permitindo que medidas preventivas sejam tomadas e tratamentos sejam iniciados, se necessário.
Neste artigo, vamos apresentar uma lista completa dos exames de rotina pré-natal, para que as mulheres saibam o que esperar e se sintam mais seguras e preparadas para esse momento tão especial que é viver uma gravidez.
Mas antes mesmo do primeiro exame pré-natal, já é indicado cuidar da futura gestante e, por que não, do futuro bebê também, pois o planejamento familiar e a preparação para a gravidez são essenciais para assegurar uma jornada saudável e segura.
Uma consulta antes das tentativas de engravidar começares com um especialista em saúde reprodutiva é uma oportunidade valiosa para discutir histórico médico, antecedentes familiares, estilo de vida, uso de medicamentos e quaisquer preocupações de saúde específicas. Além disso, antes de engravidar é importante iniciar ou continuar com hábitos saudáveis.
Uma vez que estas bases para uma gestação saudável estejam estabelecidas, será apenas natural continuar cuidando da saúde da mãe e do bebê. E, desde os primeiros momentos, isto será feito com o acompanhamento médico adequado, o que inclui os importantes exames realizados no pré-natal.
Os cuidados pré-natais são muito importantes. Tanto que, recentemente, a Organização Mundial da Saúde (OMS) aumentou para oito o número mínimo de consultas recomendadas durante o período, para melhorar a experiência das mulheres com os cuidados.
O primeiro encontro, claro, deve ser realizado logo após a confirmação da gravidez, e é quando os exames irão começar. "Após uma consulta com o obstetra, alguns exames são solicitados para acompanhar a saúde durante a gestação, é essencial para a segurança da mãe e do bebê", explica a obstetra Claudia Cristina Goulart Ribeiro.
Segundo Ribeiro, que é coordenadora da obstetrícia do Hospital da Mulher Mariska Ribeiro, gerenciado pelo Cejam (Centro de Estudos e Pesquisas “Dr. João Amorim”) em parceria com a Secretaria Municipal da Saúde do Rio de Janeiro, nesta lista estão exames laboratoriais, ultrassonografias e, quando necessário, alguns testes complementares.
O começo da gestação é um momento de muitos exames. No primeiro trimestre, por exemplo, serão realizados dois exames de ultrassom.
O primeiro ultrassom, diz a obstetra, tem por função confirmar a idade gestacional, se a gestação está dentro do útero ou não, o número de embriões, a vitalidade embrionária e possíveis evoluções desfavoráveis que possam impossibilitar a gravidez.
O segundo é a ultrassonografia morfológica de 1º trimestre, realizada entre a 11ª e a 14ª semana de gestação, que visa pesquisar os riscos de síndromes ou malformações fetais, principalmente a síndrome de Down (trissomia do cromossomo 21).
Além disso, na primeira consulta são pedidos uma série de exames laboratoriais, que incluem testes de sangue, de urina e exames de sorologia, também feitos com coleta de sangue, para identificar doenças que podem afetar o desenvolvimento da gravidez.
Cada um desses testes tem uma importância específica no acompanhamento da gestação:
Tipagem sanguínea e fator Rh: realizado para determinar o tipo sanguíneo da gestante e se ela possui o fator Rh positivo ou negativo. Se a mãe for Rh negativo, existe o risco de incompatibilidade sanguínea entre mãe e filho.
Teste de Coombs indireto: teste realizado nas pacientes com Rh negativo para verificar a presença de anticorpos maternos contra o fator Rh positivo;
Hemograma: usado para identificar a anemia, que na gestação é classificada em leve, moderada ou grave, conforme as taxas de hemoglobina;
Urina tipo I com urocultura e antibiograma: identifica infecções urinárias que podem levar a complicações graves tanto para a mãe quanto para o bebê;
Glicemia de jejum: deve ser solicitada para toda gestante no primeiro trimestre ou em primeira consulta, para diagnosticar diabetes e diabetes gestacional;
Sorologia para sífilis (VDRL): tem como objetivo diagnosticar a sífilis, que é uma infecção sexualmente transmissível que pode ter graves efeitos para o bebê;
Sorologia ELISA anti-HIV: as gestantes que forem diagnosticadas com HIV durante o pré-natal têm indicação de tratamento com medicamentos antirretrovirais durante toda gestação e também no parto, o que previne a transmissão para a criança.
Toxoplasmose (IgM e IgG): para verificar se a mulher já teve contato com o parasita da toxoplasmose antes da gestação ou se está atualmente infectada;
Rubéola (IgM e IgG): a infecção viral se apresenta como uma doença leve ou até assintomática, e que raramente resulta em complicações para as mulheres, mas pode ser grave para o feto quando acomete gestantes;
Citomegalovírus (IgM e IgG): é a infecção intrauterina mais comum na gestação e uma causa importante de surdez e déficit intelectual na infância. Pode afetar o bebê em qualquer fase da gestação, mas principalmente no primeiro trimestre.
Hepatite B (HBSAg e Anti HBC): a doença tem um índice de transmissão muito elevado. Todo recém-nascido de portadora de vírus B, independente da carga viral, deverá receber profilaxia com vacina imunoglobulina nas primeiras horas de vida;
Hepatite C (Anti HCV): já no caso da hepatite C, a transmissão para os fetos é mais rara e a doença na criança é menos grave que no adulto;
HTLV: exame para identificar a presença do Vírus linfotrópico T humano, vírus da família do HIV que pode afetar o desenvolvimento do feto;
TSH: esse exame vai indicar qual o risco que a gestante tem de evoluir para uma disfunção da tireoide ou se já há um problema na glândula.
O obstetra também poderá solicitar outros exames complementares, diz Ribeiro, principalmente se a gestante tiver alguma doença prévia, como hipertensão arterial, diabetes, hipo ou hipertireoidismo, entre outras.
Além disso, é comum realizar uma citologia cérvico-vaginal ou exame Papanicolau, conhecido como preventivo do colo do útero, que pode ser realizado em qualquer idade gestacional, preferencialmente até o sétimo mês.
"As gestantes apresentam chance três vezes maior de serem diagnosticadas como portadoras de lesões em estádio inicial do câncer de colo", explica a obstetra. "Como a maioria dessas lesões é assintomática, seu diagnóstico quase sempre ocorre em consultas de controle, mais frequentes durante o pré-natal."
O segundo trimestre é, talvez, a época mais tranquila da gravidez, e isso se reflete também no número de testes realizados pelas gestantes. "Neste grupo de exames existe uma atenção especial para avaliar o desenvolvimento do bebê", afirma Ribeiro.
Isto se dá através da ultrassonografia morfológica do 2º trimestre, realizados entre a 19ª e a 24ª semana de gestação. Esse exame é feito para identificar problemas como a fenda labial e anomalias congênitas cardíacas – e, para muitas famílias que não realizarem exames de ultrassom adicionais, é o momento da descoberta do sexo do bebê.
O segundo trimestre também é o momento para realizar o ecocardiograma fetal, que serve para avaliar o funcionamento do coração e identificar doenças antes mesmo de o bebê nascer. Pode ser feito a partir da 18ª semana de gestação, porém, de acordo com Ribeiro, as melhores imagens são obtidas entre a 24ª e 28ª semanas.
É comum repetir alguns exames laboratoriais complementares, como o de urina e o hemograma, e também exames que se mostraram alterados no primeiro trimestre ou para controle de comorbidades da gestante, como a toxoplasmose, por exemplo.
Além disso, nas gestantes que tiveram um resultado normal no exame de glicemia de jejum do primeiro trimestre, é realizado o teste de tolerância oral à glicose, para avaliação de diabetes gestacional, que é feito entre a 24ª e 28ª semanas.
Segundo Ribeiro, neste momento alguns exames serão repetidos, e servem para acompanhar a saúde materna, verificar o desenvolvimento do bebê e para mapear riscos inerentes ao momento do parto. Além de um hemograma, são feitas também sorologias, se as anteriores forem negativas, para sífilis, HIV, toxoplasmose e hepatites B e C.
Por volta da 36ª semana de gestação é realizado um exame de cultura vaginal e retal para a pesquisa de Streptococcus do grupo β hemolítico: quando a bactéria está presente no corpo da gestante, pode ser transmitida para o bebê durante o parto normal.
Além disso, entre a 34ª e 37ª semanas é realizada a última ultrassonografia obstétrica, para avaliar o crescimento do bebê que está prestes a nascer.
Existem outros testes que não fazem parte da lista de exames de rotina pré-natal, mas que também podem ser pedidos pelo médico, como os exames para casos específicos. O NIPT, por exemplo, é um teste não invasivo que avalia, através de uma coleta de sangue da mãe, se há problemas nos cromossomos do feto.
Já a sexagem fetal é um exame de sangue que investiga se há presença do cromossomo Y no sangue materno: se houver, o bebê é do sexo masculino, mas se estiver ausente no sangue, indica que o sexo do bebê é feminino. Serve para identificar o sexo da criança algumas semanas antes do método tradicional, por ultrassom.
Independente de serem de praxe ou não, seguir as recomendações médicas e realizar os exames solicitados é essencial para assegurar um pré-natal adequado. Essa é uma forma de cuidado preventivo que contribui para a saúde da gestante e do bebê, permitindo que eles desfrutem de uma gestação tranquila e com o melhor suporte médico possível.
Para saber mais sobre esse momento tão importante para além dos exames realizados, confira o nosso artigo PRÉ-NATAL: UM GUIA COMPLETO.
Compartilhe: