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Mais Abraços // Segunda-feira 4 Dezembro, 2023 // #coração do bebe, #exames, #gravidez
A confirmação da gravidez traz muitas emoções e um dos momentos mais esperados desses primeiros meses é a hora de ouvir pela primeira vez o coração do bebê. Para a família, o som dos batimentos cardíacos vem, geralmente, depois das primeiras imagens do embrião. Mas eles começam bem antes: o coração é o primeiro órgão a se formar no período embrionário, e começa a funcionar antes mesmo de ter seu formato final. Nesse ponto, porém, ele geralmente ainda é muito pequeno para ser ouvido pelos pais.
Com o método mais sensível, o ultrassom, é possível detectar o coração a partir da quinta semana de gestação. "Seja porque você consegue ver o movimento do coraçãozinho, seja porque você consegue, às vezes, até ouvir", diz o ginecologista Ricardo Porto Tedesco, membro da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
O aparelho mais usado nos consultórios médicos para ouvir o coração, porém, é o doppler fetal, ou sonar doppler – que também é um tipo de ultrassom, mas sem imagens. "Dependendo da posição do feto, você já consegue ouvir a partir de 10 semanas", explica Tedesco. Após 12 semanas o coração pode ser detectado de forma consistente. "E antigamente se usava um estetoscópio chamado estetoscópio de Pinard – esse era só a partir de 20 semanas, assim era no passado", diz o ginecologista.
O coração do feto bate bem mais rápido que o nosso: o normal é entre 110 e 160 batimentos por minuto, enquanto a de uma pessoa adulta varia, em média, entre 60 e 100 batimentos por minuto. "O feto precisa oxigenar mais rapidamente o tecido, porque ele pega o sangue que veio oxigenado da placenta, que é diferente do pulmão, tem outro teor de oxigênio", explica Tedesco.
Segundo o ginecologista, à medida que o feto se desenvolve e vai crescendo, a frequência vai diminuindo. "Ele vai passando desse extremo de 160 para mais perto de 110, que é mais ou menos a frequência de um recém-nascido também", ele diz. "Ele pode ter ainda, por uma imaturidade, períodos de arritmia: às vezes o batimento não fica tão constante quanto o nosso, mas isso é normal no feto."
Normalmente, a primeira análise médica é feita a partir dos batimentos escutados com o sonar doppler no consultório. "Ali você já pode detectar alguma anormalidade", diz Tedesco. Mas hoje é rotina fazer, por volta da semana 26, um exame chamado ecocardiograma fetal.
"No ecocardiograma fetal a gente estuda a anatomia do coração, e aí você consegue identificar eventuais arritmias, anormalidades da frequência cardíaca", diz o ginecologista. Segundo Tedesco, a melhor forma de saber se há algum problema é fazer esse exame.
Embora a cultura popular afirme que é possível saber o sexo do bebê a partir dos batimentos cardíacos, não há nenhuma comprovação médica. "Não existe diferença de batimento entre menino e menina", diz Tedesco.
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