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Mais Abraços // Sexta-feira 7 Fevereiro, 2025 // #gravidez, #bebê, #sexo
A relação sexual durante a gravidez é um tema que desperta curiosidade, mas também pode gerar muitas dúvidas. Algumas questões costumam surgir com frequência: pode fazer sexo na gravidez? É permitido? Existe algum risco para o bebê? Quais as posições mais seguras?
Vamos abordar tudo o que você precisa saber sobre sexo durante a gravidez, esclarecer as dúvidas mais comuns e promover uma vivência mais tranquila e íntima.
A relação sexual durante a gravidez é, em sua maioria, segura para a mãe e o bebê.
Instituições como a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), o National Health Service (NHS) e o Ministério da Saúde indicam que não há contraindicações para a prática sexual durante uma gestação sem complicações.
Quer dizer: pode fazer sexo na gravidez. Além de seguro, o sexo durante a gravidez pode fortalecer a intimidade do casal e aliviar tensões.
Entretanto, é importante que o casal esteja atento ao conforto e ao bem-estar da mulher durante esse período.
Caso haja qualquer desconforto, dor ou outros sintomas incomuns, é fundamental procurar orientação médica.
Mesmo assim, a sexualidade na gravidez ainda é um tema tabu em muitas culturas. De acordo com uma revisão de estudos da Universidade de Coimbra, um dos maiores receios dos casais é o medo de machucar o bebê ou prejudicar a gestação.
É importante desmistificar essas preocupações e garantir que o casal receba informações precisas.
Em alguns casos específicos, o médico pode contraindicar a relação sexual durante a gravidez. Situações como trabalho de parto prematuro, ruptura de membranas, placenta baixa ou ameaça de aborto são exemplos em que a atividade sexual deve ser evitada. Esses cenários envolvem riscos clínicos e requerem orientação especializada.
Segundo a Febrasgo, as contraindicações estão relacionadas a condições específicas de risco e não à idade gestacional.
Em estágios mais avançados da gravidez, porém, a prática sexual pode causar contrações de Braxton Hicks, conforme aponta o NHS, Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido.
Essas contrações, normais e inofensivas, costumam passar com descanso ou técnicas de relaxamento.
Caso haja dúvidas ou sintomas inesperados, o ideal é procurar o obstetra para uma avaliação detalhada. A segurança da gestante e do bebê é sempre a prioridade.
O sexo é recomendado se a gestante desejar e tiver uma gravidez saudável. Além de promover intimidade e bem-estar, a relação sexual durante a gravidez pode aliviar sintomas como estresse e melhorar a circulação sanguínea. Contudo, é fundamental respeitar os sentimentos da gestante, que podem variar ao longo dos trimestres.
No primeiro trimestre, é comum que náuseas e alterações hormonais reduzam a libido. Já o sexo durante o segundo trimestre pode ser mais comum: muitas mulheres relatam um aumento no desejo sexual, pois se sentem mais dispostas e confortáveis com as mudanças.
Já no terceiro trimestre, o cansaço e o tamanho da barriga podem diminuir a libido na gravidez e tornar a prática sexual menos frequente.
É importante que o casal se comunique abertamente sobre como se sente em relação ao sexo. O diálogo é fundamental para ajustar a prática sexual às necessidades e ao conforto da mulher. O apoio emocional do parceiro também é crucial nesse momento.
Antes de iniciar ou continuar a prática sexual durante a gestação, é importante considerar alguns aspectos que garantem o bem-estar da gestante e do bebê. Pequenas adaptações e cuidados podem fazer toda a diferença, proporcionando segurança e conforto ao casal.
Leia mais: Sexo pós-parto: quando é possível retomar a vida sexual?
Confira abaixo as principais recomendações:
Consulte o obstetra para verificar se há alguma contraindicação;
Comunique-se abertamente com o parceiro sobre seus desejos e limites;
Experimente posições de sexo para grávida para maior conforto;
Use preservativos se você ou seu parceiro têm relações com outras pessoas, prevenindo infecções sexualmente transmissíveis (ISTs).
Além disso, lembre-se de respeitar os sinais do corpo na gestação. Se houver dores ou desconfortos durante ou após a relação, é importante comunicar ao médico para avaliação.
Segundo a revisão de estudos da Universidade de Coimbra, na relação sexual durante a gravidez, há uma tendência de diminuição da posição com o homem por cima, enquanto aumentam as posições lado a lado e a mulher por cima.
Essas escolhas são guiadas principalmente pelo conforto e pela adaptação do casal às mudanças corporais da gestante. As posições podem variar de acordo com o trimestre:
1º trimestre: as posições podem permanecer as mesmas de antes da gravidez, pois o tamanho da barriga ainda não interfere na mobilidade;
2º trimestre: a posição com a mulher por cima pode ser mais confortável, pois permite maior controle sobre o movimento e a intensidade;
3º trimestre: posições laterais, como a mulher deitada de lado com o parceiro atrás, tendem a ser mais vantajosas devido ao tamanho da barriga. Outra opção é a posição sentada, com apoio para a gestante.
Leia mais: Alteração nos sentidos durante a gravidez
Casais de mulheres grávidas também podem explorar alternativas para manter a intimidade durante a gestação. Apoios, almofadas e momentos de carinho podem ser usados para criar um ambiente seguro e prazeroso, respeitando os limites do corpo da gestante.
As mudanças hormonais, físicas e emocionais durante a gravidez afetam diretamente a libido e a intimidade do casal. Durante essa etapa, que é marcante e única na vida do casal, é comum que os desejos e as necessidades mudem com o passar dos meses.
O estudo da Universidade de Coimbra ainda mostra que, embora 86% dos casais continuem ativos sexualmente, muitas mulheres relatam uma redução na frequência e no desejo, especialmente no terceiro trimestre.
Além disso, o prazer também pode ser impactado por fatores como cansaço, alterações no peso e preocupações com a chegada do bebê.
É fundamental que o casal mantenha um diálogo aberto, discutindo suas expectativas e explorando outras formas de demonstrar carinho e intimidade.
Segundo o NHS, mesmo que a prática sexual diminua, há diversas maneiras de fortalecer o vínculo emocional, como massagens, beijos e momentos de relaxamento a dois.
A relação sexual durante a gravidez pode ser uma experiência segura, prazerosa e enriquecedora para o casal, desde que haja comunicação, respeito e acompanhamento médico.
Essa fase, cheia de transformações, também traz oportunidades para redescobrir a intimidade e fortalecer o relacionamento.
Aproveite esse momento para criar memórias especiais e vivenciar a gestação de forma plena e conectada.
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