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Mais Abraços // Segunda-feira 18 Dezembro, 2023 // #gravidez, #rubéola
A gravidez é um momento repleto de cuidados e é crucial estar ciente de certas condições que podem afetar tanto a mãe quanto o bebê. A rubéola na gravidez é uma dessas preocupações, e compreender seus sintomas, diagnóstico e riscos é fundamental para uma gestação segura.
A rubéola é uma doença viral causada pelo vírus da rubéola, transmitido através do contato direto com secreções respiratórias. Esta infecção é geralmente caracterizada por uma erupção cutânea vermelha, febre leve e aumento dos gânglios linfáticos.
Embora seja geralmente uma doença leve em crianças e adultos, a rubéola na gravidez pode ter complicações sérias, especialmente durante o primeiro trimestre, segundo a Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
Isto porque a infecção da mãe com o vírus da rubéola durante as primeiras semanas da gravidez pode resultar em abortamento, óbito fetal ou na Síndrome da Rubéola Congênita (SRC), uma condição médica grave que pode causar danos significativos ao desenvolvimento fetal, resultando em uma série de complicações congênitas e malformações.
Os sintomas de rubéola na gravidez são semelhantes aos da infecção em outras fases da vida. É fundamental reconhecer os sinais precoces para buscar aconselhamento médico e, se necessário, tomar medidas para proteger tanto a mãe quanto o feto.
Febre baixa: é um dos primeiros sinais da infecção por rubéola. Durante a gravidez, qualquer aumento na temperatura corporal deve ser monitorado de perto, mesmo em casos mais simples, como uma gripe comum.
Linfoadenopatia retroauricular, occipital e cervical: O aumento dos gânglios linfáticos atrás da orelha, na base do crânio e na parte de trás do pescoço são uma característica comum da rubéola. A sensibilidade ou inchaço nessas regiões deve ser comunicada ao profissional de saúde.
Exantema máculo-papular: As manchas vermelhas que são um dos sintomas mais distintivos da rubéola podem começar no rosto e se espalhar para o resto do corpo, muitas vezes desaparecendo após alguns dias.
Contudo, é essencial destacar que a infecção pode ser assintomática, tornando o diagnóstico ainda mais desafiador. A confirmação ou descarte de casos da doença na gravidez só pode ser feita através da realização de exames laboratoriais, que estão disponíveis na rede pública de saúde em todos os estados brasileiros.
O diagnóstico da rubéola durante a gravidez é uma etapa crucial para determinar a necessidade de intervenções específicas. Esse diagnóstico é feito através de exames sorológicos para identificar a imunoglobulina G (IgG), que fornece informações sobre a exposição prévia ao vírus, ou a imunoglobulina M (IgM), associada a infecções recentes.
Mas, para além de confirmar a infecção da mãe, segundo protocolo da Febrasgo, o diagnóstico da rubéola na gestação busca identificar a possibilidade de infecção fetal. A suspeita clínica ou laboratorial de que a mulher teve contato com o vírus da rubéola leva, então, à avaliação da possibilidade de o agente infeccioso ter chegado ao feto.
É possível realizar esta análise antes do parto: diretamente, por meio de exame de sangue do feto ou de avaliação do líquido amniótico; e indiretamente, a partir da sinais ultrassonográficos característicos da síndrome, como cardiopatias congênitas e microcefalia. O Ministério da Saúde recomenda recolher uma amostra de sangue logo após o nascimento, quando há suspeita ou confirmação de infecção materna.
Entretanto, segundo a Febrasgo, entre 50% a 70% dos recém-nascidos com a infecção congênita podem não apresentar qualquer anormalidade aparente ao nascimento. Nesses casos, os sintomas podem se desenvolver ao longo do primeiro ano de vida, e o exame de sangue deve ser realizado logo após a suspeita diagnóstica.
Não há tratamento específico para a rubéola durante a gravidez. Em casos assintomáticos, a gestante é monitorada de perto. Em situações mais graves, o tratamento é sintomático, focando no alívio dos sintomas, sob a supervisão do profissional de saúde.
Também não existe tratamento eficaz para o feto que é infectado pelo vírus. Segundo a Febrasgo, a gestante, após o diagnóstico de comprometimento fetal pelo vírus, deve ser acompanhada em serviço especializado. Em países em que o abortamento é permitido, ele é oferecido à gestante com diagnóstico da doença até 8 semanas de gestação.
Como não há um medicamento efetivo, o tratamento da Síndrome da Rubéola Congênita, de acordo com informações do Ministério da Saúde, é voltado para as malformações congênitas, de acordo com as deficiências apresentadas. A detecção precoce da doença facilita os tratamentos clínico, cirúrgico e de reabilitação.
Os riscos associados à rubéola na gravidez são mais pronunciados durante o primeiro trimestre. A infecção nesse período pode levar a complicações e malformações como surdez, catarata, anomalias cardíacas e atrasos no desenvolvimento. O acompanhamento médico é crucial para monitorar o desenvolvimento fetal e tomar medidas apropriadas.
Segundo o Ministério da Saúde, a surdez é o sintoma mais precoce da Síndrome da Rubéola Congênita. O órgão destaca que quanto mais precoce for a infecção da mãe em relação à idade gestacional do feto, mais grave é a doença.
A prevenção é a melhor estratégia contra a rubéola durante a gravidez. A vacinação antes da concepção é altamente recomendada para garantir a imunidade. Mulheres que planejam engravidar devem verificar seu status imunológico, realizando o teste de rubéola IgG na gravidez. Caso a imunidade não seja detectada, a vacinação pré-concepção é aconselhável.
Segundo dados publicados pela Febrasgo, anteriormente à introdução da vacina contra a rubéola, em 1969, a incidência global da Síndrome da Rubéola Congênita era de 0,8 a 4 casos para cada 1000 nascidos vivos, número que caiu atualmente para 0,1 a 0,2 casos. Na região das Américas, houve uma redução de 99,99% entre 1998 e 2013.
O Ministério da Saúde destaca que a vacinação é a única maneira de prevenir a Síndrome da Rubéola Congênita. O esquema vacinal vigente é de uma dose da vacina tríplice viral aos 12 meses de idade e a segunda dose aos quatro anos de idade.
Caso a mulher chegue à idade fértil sem ter sido previamente vacinada, deverá receber uma dose da vacina tríplice viral. Segundo o Ministério da Saúde, mulheres que estão planejando engravidar devem se assegurar que estão protegidas contra a doença, através de teste de rubéola iGg na gravidez. Quem não tiver anticorpos, deve ser vacinada antes da gravidez e esperar pelo menos quatro semanas antes de engravidar.
Entender os riscos da rubéola na gravidez e tomar medidas preventivas é crucial para garantir uma gestação saudável. A detecção precoce, acompanhamento médico adequado e a conscientização sobre a importância da vacinação são passos fundamentais para proteger tanto a mãe quanto o bebê. Esteja atenta aos sintomas, faça exames regulares e consulte seu profissional de saúde para um pré-natal seguro e tranquilo.
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