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Mais Abraços // Quarta-feira 16 Agosto, 2023 // #gravidez, #saude, #exames
A descoberta do sexo do bebê é um momento importante para muitas famílias e a tecnologia está permitindo que ele aconteça cada vez mais cedo na gestação graças ao exame de sexagem fetal.
Trata-se de um teste pouco invasivo que utiliza apenas uma amostra de sangue da mãe para determinar se a criança será menina ou menino.
Entenda a seguir como esse método é capaz de chegar a essa revelação de maneira tão certeira e precoce na gestação.
O exame de sexagem fetal é feito a partir do sangue materno, pois, durante a gravidez, pequenas quantidades de DNA fetal são liberadas na corrente sanguínea da mãe. "O exame de sexagem fetal vai tentar identificar um gene que é um marcador genético do cromossomo masculino", explica o médico ginecologista e obstetra Mário Henrique Burlacchini de Carvalho, presidente da Comissão Nacional Especializada em Medicina Fetal da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia).
O exame de sexagem fetal é simples e seguro, sem riscos para o feto ou para a mãe: envolve apenas uma retirada de sangue comum. Normalmente, segundo o especialista, o gene buscado é SRY, um dos responsáveis pelo desenvolvimento dos genitais masculinos, mas o marcador DYS14 também é usado em alguns testes.
"A partir daí, o exame vai dizer se existe a presença naquele sangue da mãe desse marcador de sexo masculino genético", diz Carvalho. "Se existir, então significa que a gravidez é um feto masculino. Se não, a mãe está portando um feto do sexo feminino."
O exame pode ser realizado a partir da 9ª semana de gestação e o resultado da sexagem fetal fica pronto sem grandes esperas: pode ser obtido entre cinco e sete dias após a coleta. Isso significa que a descoberta do sexo do bebê ocorre mais de um mês antes do que é possível com o método clássico de determinação, o ultrassom, que funciona com exatidão a partir da 15ª semana de gestação, aproximadamente entre três e quatro meses de gestação.
"Com 12 semanas, quando é feito o ultrassom morfológico do primeiro semestre, o médico pode dar um palpite sobre o sexo do bebê através do tubérculo genital, que a genital ainda não está totalmente desenvolvida", afirma Mário Henrique Carvalho. "Mas aí acerta em torno de 85, 90% das vezes, não é 100%. O ultrassom garante o sexo a partir de 15, 16 semanas de gestação."
É importante confirmar o sexo do bebê também pelo ultrassom, mesmo tendo antes feito a sexagem fetal, diz o médico, embora a probabilidade de erro seja baixa.
Apesar de ser um exame que pode ser chamado de genético, pois busca identificar o DNA do feto no sague da mãe, o único resultado da sexagem fetal é, exatamente, o sexo do bebê. "Ele não vai trazer nenhuma informação sobre doença genética, mesmo de doenças que possam acometer o cromossomo sexual", diz o médico.
"A maioria dos laboratórios colocam uma capacidade de acerto de 98 ou 99% – o que são capacidades de acerto altíssimas", diz Carvalho.
Segundo o médico, as falhas do exame podem estar relacionadas com uma coleta muito precoce, antes das nove semanas, ou com contaminação, o que é pouco provável hoje em dia, com a automação dos exames. "Mas se ainda houver algum tipo de manipulação por um profissional do sexo masculino, pode haver contaminação", ele diz.
Outro fator que pode influenciar no resultado da sexagem fetal é uma gravidez gemelar com morte de um dos gêmeos no útero, um evento que é relativamente frequente. "Apesar de a gente imaginar que o que vai sair no resultado do exame é o sexo do feto vivo, pode ser que saia errado e dê o sexo do feto que foi a óbito", explica Carvalho. Um exame de ultrassom para identificar se é uma gestação única ou gemelar resolve essa questão.
A principal aplicação do exame de sexagem fetal não é nenhum segredo: ele é feito para descobrir o quanto antes o sexo do bebê. "Ele é usado basicamente como efeito social. Todo mundo quer saber o sexo, né? Fazer essas festas que a gente chama de chá revelação", diz Carvalho
O obstetra, porém, cita uma condição em que o exame pode ajudar em um tratamento médico: quando a mãe tem uma deficiência hormonal chamada hiperplasia suprarrenal congênita, que pode afetar o desenvolvimento da genitália feminina nos fetos. "É importante saber se aquele bebê é do sexo feminino nas primeiras semanas de gestação, pra instituir o tratamento adequado para a mãe", afirma o especialista, que ressalta que se trata de uma doença extremamente rara.
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