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Mais Abraços // Quarta-feira 22 Dezembro, 2021 // #sharenting
Quem não gosta de se deparar com aquele vídeo fofo de um bebê dando risadinhas ou de uma criança fazendo pose? O sucesso desse tipo de conteúdo é tanto que, em uma busca rápida pelo Instagram, é possível perceber que a hashtag #mybaby já apresenta mais de 31 milhões de publicações do tipo — e contando!
O fenômeno recebeu até mesmo um nome em inglês: sharenting. Criado em 2012 por um jornalista do The Wall Street Journal, o termo é a junção das palavras em inglês share (compartilhar) e parenting (parentalidade). Portanto, o conceito de sharenting diz respeito ao ato dos pais e das mães de compartilharem o dia a dia dos pequenos nas redes sociais.
Há lados bons e ruins na prática de sharenting. Dividir com seus seguidores a rotina de sua casa pode dar novas ideias para outras pessoas, ajudar a dividir as dificuldades e até mesmo facilitar o encontro de apoio em sua rede. Além disso, postar fotos e receber curtidas ativa todo um circuito hormonal que o nosso cérebro entende como recompensa e prazer.
Essa conclusão científica foi descoberta por pesquisadores da Universidade da Califórnia, como explica este artigo. Nesse estudo, dezenas de adolescentes foram observados enquanto interagiam por meio da internet e um padrão foi percebido: quando uma postagem deles recebia mais likes, uma região específica do cérebro se destacava na ressonância. Era o mesmo ponto que é ativado quando comemos doces ou malhamos e sentimos a sensação gostosa da recompensa.
Mas há o lado ruim disso: ficamos rapidamente viciados nesse processo, em busca dessa sensação. Ademais, por um simples padrão neurológico, você pode se perceber curtindo coisas que receberam muita atenção do público, mas que não necessariamente receberiam a sua atenção e, na verdade, acabaram revelando o quanto as pessoas estão sendo influenciadas por esse processo.
E quando o assunto é crianças, há ainda mais pontos de atenção a se perceber, afinal todo cuidado é pouco. Há algumas práticas nesse compartilhamento que devem ser evitadas por questões de segurança. Portanto, ao postar aquele momento mágico, evite:
Graças ao Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), as crianças também possuem direito à intimidade, à privacidade e à imagem. Enquanto guardiões e protetores das histórias pessoais delas, é preciso estar atento aos perigos do sharenting e nunca os deixar desprotegidos.Aproveite a infância dos seus pequenos sem perder nenhum momento e sem colocar ninguém em risco!
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