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Mais Abraços // Quinta-feira 24 Outubro, 2024 // #gravidez, #medicamentos, #saúde mental
A saúde mental durante a gravidez e o pós-parto é uma questão importante. Esse período de mudanças pode ser desafiador, e você não está sozinha se, em algum momento, sentir ansiedade ou tristeza.
Algumas mulheres, inclusive, passam por quadros de depressão ou ansiedade. Nesses casos, é essencial que o uso de medicamentos, como antidepressivos, seja avaliado com cuidado por profissionais de saúde, sempre considerando o bem-estar tanto da mãe quanto do bebê.
É comum que as mulheres experimentem uma variedade de emoções durante a gravidez e nos primeiros meses após o parto e todas precisam de acolhimento e flexibilidade para navegar bem a transição da maternidade.
Para algumas mulheres, porém, essas emoções podem ser mais intensas e difíceis de lidar, e o acompanhamento psicológico no puerpério ou na gestação pode fazer toda a diferença.
Entre os transtornos que podem surgir nesse período estão a depressão, a ansiedade e, mais raramente, a psicose puerperal. A depressão pós-parto, por exemplo, afeta entre 10% e 40% das mulheres, dependendo da região onde vivem, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS).
A depressão se caracteriza por sentimentos de tristeza intensa, perda de interesse em atividades diárias e dificuldade em se conectar com o bebê. Já a ansiedade muitas vezes está ligada às incertezas do parto e à nova rotina. Sentir-se sobrecarregada, com preocupações excessivas ou dificuldades para dormir também pode ser um sinal de que algo não vai bem.
É importante lembrar que a saúde mental no puerpério não afeta apenas o bem-estar da mãe, mas também o desenvolvimento emocional e físico do bebê.
Para algumas mulheres, terapias não farmacológicas, como a psicoterapia, podem ser eficazes para aliviar o sofrimento emocional. Além disso, técnicas de meditação e atenção plena, também chamada mindfulness, sobretudo se fizerem parte da rotina, também podem atenuar e prevenir distúrbios de humor.
Em quadros mais graves, porém, o uso de antidepressivos pode ser necessário para evitar complicações maiores. Nessa situação, o Ministério da Saúde indica que sejam escolhidos medicamentos pouco excretados para o leite materno, ou seja, que passam menos para o bebê durante a amamentação. De acordo com o órgão, antidepressivos como sertralina e paroxetina possuem níveis lácteos mais baixos que a fluoxetina, por exemplo.
Se a depressão não for tratada adequadamente, pode dificultar o autocuidado e o cuidado com o bebê, além de aumentar o risco de parto prematuro ou dificuldades na construção do vínculo afetivo com o recém-nascido. Por isso, a decisão de usar antidepressivo deve ser individualizada, tomada em conjunto com profissionais de confiança, que acompanharão de perto a sua evolução.
De acordo com a Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS), pacientes que tiveram depressão anteriormente, em gestações passadas ou não, e que responderam bem ao tratamento com antidepressivos, devem, como regra geral, continuar com o mesmo remédio que já funcionou para elas, a menos que a droga seja contraindicada na gravidez.
Vale lembrar que as gestantes devem sempre evitar medicamentos sem prescrição médica. Mas se a paciente já estava se tratando com sucesso antes de engravidar, geralmente não é preciso parar ou trocar o remédio – sempre com acompanhamento médico.
O uso de remédios antidepressivos na gravidez e durante a amamentação geralmente preocupa por causa dos possíveis efeitos colaterais para a mãe e o bebê.
De acordo com o NHS, o Serviço de Saúde do Reino Unido, a sertralina é considerada uma opção segura durante a gestação, pois há poucas evidências de que cause defeitos congênitos. No entanto, alguns estudos apontam que o uso prolongado do medicamento pode estar associado a um pequeno aumento no risco de parto prematuro ou baixo peso ao nascer.
Para a mãe, os efeitos colaterais dos antidepressivos podem incluir náuseas, insônia, tontura e ganho de peso. Esses sintomas são geralmente leves e temporários. A avaliação de riscos e benefícios deve ser feita com cuidado, considerando a gravidade dos sintomas e a segurança do tratamento.
Cuidar da saúde mental durante a gravidez e no pós-parto é um desafio que você não precisa enfrentar sozinha. A prática de atividades físicas leves, a construção de uma rede de apoio emocional e o acompanhamento regular por profissionais de saúde mental são fundamentais.
Existem grupos de apoio, como o Post Partum International, que oferecem conversas online com facilitadores experientes em saúde mental, ouvindo você enquanto compartilha sua experiência e dando suporte. Técnicas de relaxamento, meditação e atenção plena também podem ser grandes aliadas para lidar com o estresse e a ansiedade, trazendo mais equilíbrio à sua jornada de maternidade.
Lembre-se: buscar ajuda é um ato de coragem e cuidado consigo mesma e com seu bebê.
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