Tem certeza de que deseja excluir o produto Vale-presente?
Mais Abraços // Segunda-feira 11 Setembro, 2023 // #gravidez, #candidiase na gravidez
A candidíase vaginal é uma infecção muito comum, causada pelo fungo Candida albicans, que também pode afetar as mulheres quando estão grávidas. Na verdade, o quadro é até mais comum durante a gestação: enquanto em mulheres que não estão gestando a vaginose bacteriana é a principal causa de infecção vaginal, seguida pela candidíase, a situação se inverte durante a gravidez.
Segundo a ginecologista e obstetra Ana Katherine da Silveira Gonçalves, membro da Comissão Nacional Especializada em Doenças Infectocontagiosas da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), as grávidas são especialmente mais propensas a desenvolver candidíase e a apresentar essa queixa durante as consultas médicas.
A seguir, entenda quais são os cuidados necessários para evitar e como tratar a candidíase durante a gestação.
O micro-organismo Candida albicans vive naturalmente na flora vaginal e só gera a candidíase quando cresce de forma exacerbada devido a desequilíbrios na região. E, durante a gravidez, são as mudanças hormonais, em especial o aumento do hormônio estrogênio, que tornam as mulheres mais suscetíveis à proliferação.
Diante desse cenário propício à infecção, existem fatores que podem funcionar como gatilho — são os mesmos que causam a candidíase em mulheres que não estão esperando um bebê. São eles:
Roupas muito apertadas;
Clima muito quente;
Uso de antibióticos;
Diabetes descompensada;
Obesidade;
Higiene inadequada.
A ginecologista ressalva que, apesar de a candidíase ser a principal causa de corrimento na gravidez, isso não significa que todas as gestantes terão a infecção. Com os cuidados adequados, é possível passar pelos nove meses de gravidez sem ter a doença.
Ao contrário de outras infecções vaginais, a candidíase não apresenta riscos para a gestação, mas ainda assim é necessário o acompanhamento médico. "A candidíase incomoda a mulher porque causa muito prurido [coceira]. É um prurido muito desagradável, até insuportável às vezes, mas não representa um risco pra gravidez", diz Gonçalves.
Apesar disso, é bom saber que o micro-organismo em questão é o responsável por um dos quadros mais conhecidos de fungos em bebês, popularmente conhecido como sapinho, que gera lesões esbranquiçadas na cavidade bucal da criança.
Mesmo sendo possível a transmissão do fungo Candida albicans de mãe para filho na hora do parto, o mais comum é que o contágio aconteça de outras formas, como na amamentação ou ao levar objetos contaminados à boca, por exemplo. Também pode acontecer de haver uma contaminação repetida entre e o bico do seio da mãe e a boca do bebê, assim, é preciso tratar adequadamente ambas as partes do corpo para que a doença seja eliminada de uma vez por todas. Do contrário, elas seguirão se contaminando mutuamente até que haja a solução definitiva.
"A candidíase causa um corrimento vaginal que traz muito incômodo para as mulheres", diz a ginecologista. É um corrimento vaginal esbranquiçado, com muita coceira, mas a cor também pode variar para o amarelo.
Os sintomas da candidíase normalmente são:
Coceira e irritação;
Sensação de ardor;
Corrimento sem odor, geralmente branco;
Vermelhidão e inchaço.
Mesmo que a candidíase seja uma doença muito comum e que não apresente muitos riscos, ao sinal desses sintomas um médico deve ser consultado para realizar o diagnóstico da condição – que é feito através de um exame microbiológico.
O tratamento da candidíase é feito com medicações antifúngicas que podem ser de aplicação local, como cremes ou pomadas, ou sob a forma de comprimidos, mas essa opção é evitada durante a gestação. "Para a grávida, não usamos medicação por via oral, costumamos usar creme vaginal", diz Gonçalves. "Mesmo que haja indícios de que não existe risco para a criança, evitamos passar medicação via oral para a grávida."
Há cuidados especiais com a região íntima que podem ajudar a diminuir a chance de ter candidíase e outras infecções vaginais durante a gravidez. Alguns deles são:
Usar roupa íntima de algodão;
Não utilizar roupa muito apertadas ou de materiais sintéticos;
Manter a região íntima limpa e seca;
Evitar o uso de produtos de higiene feminina perfumados;
Manter uma dieta saudável para controlar os níveis de açúcar no sangue.
"A vestimenta não pode ser muito apertada, não pode ser muito quente", diz Gonçalves. "Às vezes a mulher fica muito tempo com a roupa muito justa e tanto os fungos quanto as bactérias gostam quando fica abafado."
Uma outra ideia para ajudar a deixar região íntima bem arejada é, sempre que possível, dispensar o uso da calcinha. Isso pode ser feito, por exemplo, para dormir ou em momentos em que a mulher está mais tranquila, em casa. Mas lembre-se: ao não usar a roupa de baixo é preciso ter um cuidado extra com o restante do vestuário. Evite shorts apertados ou calças jeans e opte por um vestido mais larguinho.
Compartilhe: