Tem certeza de que deseja excluir o produto Vale-presente?
Mais Abraços // Terça-feira 20 Fevereiro, 2024 // #gravidez, #cerclagem uterina
A cerclagem uterina é uma técnica cirúrgica realizada para fortalecer o colo do útero e reduzir o risco de parto prematuro, uma preocupação frequente para muitas mães e futuras mães. Compreender esse procedimento e suas implicações pode ajudar na tomada de decisões sobre sua saúde e de seu bebê. Veja a seguir!
A cerclagem uterina é uma intervenção cirúrgica que pode ser realizada durante a gravidez para ajudar a prevenir o parto prematuro. Este procedimento é especialmente recomendado para mulheres que têm histórico de partos prematuros devido à insuficiência cervical, uma condição na qual o colo do útero não consegue manter-se fechado durante a gestação, aumentando o risco de dilatação precoce e nascimento antes das 37 semanas de gestação.
Durante a cerclagem uterina, um médico especializado em obstetrícia realiza uma cirurgia para reforçar o colo do útero. Isso é feito através da colocação de suturas ou um anel em torno do colo do útero, ajudando a fortalecê-lo e mantê-lo fechado até o momento certo.
A cerclagem uterina é um procedimento cirúrgico realizado para fortalecer o colo do útero durante a gravidez com o objetivo de prevenir o parto prematuro. Existem diferentes técnicas para a realização da cerclagem, sendo a Cerclagem de McDonald a mais comum.
O momento em que a cirurgia é feita pode variar. "A idade gestacional vai depender da indicação da cerclagem", diz a ginecologista e obstetra Janete Vettorazzi, membro da Comissão de Gestação de Alto Risco da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo).
Aqui está uma visão geral de como é conduzido esse procedimento:
Antes da cerclagem, a paciente é geralmente anestesiada, seja por anestesia geral ou local, para garantir conforto durante o procedimento. "Geralmente a anestesia realizada não precisa de sedação, mas é uma opção que pode acontecer também", diz Vettorazzi. A equipe médica também monitora a mãe e o bebê para garantir a segurança durante a cirurgia.
O médico obstetra acessa o colo do útero da paciente, geralmente através da vagina – mas existe também um tipo de cerclagem uterina que é feita por via abdominal. "Depois de uma ou duas falhas da cerclagem, há indicação de fazer cerclagem por via abdominal antes da gestação", explica Vettorazzi.
Uma vez que o colo do útero está acessível, o médico procede com a aplicação da cerclagem. Isso pode ser feito usando suturas (fios cirúrgicos, este é o método mais comum) ou um anel especial, que é cuidadosamente colocado ao redor do colo do útero para reforçá-lo e mantê-lo fechado durante a gestação.
Após a cerclagem, o médico verifica a posição e a tensão das suturas ou do anel para garantir que o colo do útero esteja suportado e fechado.
Depois do procedimento de cerclagem uterina, a paciente geralmente requer um período de recuperação no hospital. Durante este tempo, a equipe médica monitora de perto a mãe e o bebê para garantir que não haja complicações. Segundo protocolos do Sistema Único de Saúde (SUS), a paciente recebe alta após 24h se estiver sem qualquer sintoma.
A cerclagem uterina geralmente não afeta significativamente o processo de parto e a maioria das mulheres pode ter um parto vaginal normal após a remoção da sutura. No entanto, é importante que a equipe médica esteja ciente da cerclagem durante o trabalho de parto para garantir que tudo ocorra conforme o planejado e para evitar complicações.
Seguindo de perto as instruções médicas e mantendo uma comunicação aberta com a equipe de saúde, as mulheres que passam pela cerclagem uterina podem desfrutar de uma gestação mais tranquila e aumentar as chances de um parto bem-sucedido e seguro.
A cerclagem do colo uterino é um procedimento crucial recomendado para mulheres que enfrentam o risco de parto prematuro ou aborto espontâneo, principalmente por conta de uma condição conhecida como insuficiência istmocervical. Para entender melhor as indicações, é importante saber também que existem dois tipos principais:
Cerclagem Uterina Profilática: feita em mulheres que têm um histórico de partos prematuros ou abortos espontâneos. É realizada no início da gravidez, geralmente entre as semanas 12 e 14, antes que o colo do útero comece a se dilatar.
Cerclagem Uterina de Urgência ou de Resgate: é realizada quando a insuficiência cervical é diagnosticada durante a gravidez. É realizada a partir de 18 e 19 semanas até 24 e 25 semanas, quando o colo do útero está aberto.
Segundo Vettorazzi, o procedimento é recomendado quando existe uma incompetência istmocervical, que é quando o colo uterino não consegue se manter fechado com o crescimento da gestação e a mulher têm perdas de repetição no segundo trimestre. "Uma ou mais perdas caracteriza então quadro de incompetência istmocervical e tem indicação de cerclagem na próxima gestação, já sendo realizada entre 12 e 15 semanas", ela explica.
Outra indicação da cerclagem é para a gestante que já teve um histórico de prematuridade e tem um encurtamento do colo uterino ao longo da gestação. "Então ela já teve um prematuro, é medido o colo do útero a partir das 14 semanas e quando ocorre o encurtamento, tem indicação da cerclagem", diz Vettorazzi.
O procedimento também pode ser realizado em casos de anomalias congênitas como o útero bicorno, de acordo com informações do Ministério da Saúde.
Após a cerclagem uterina, é fundamental seguir cuidados específicos para garantir uma gestação saudável e prevenir complicações. Aqui estão alguns pontos importantes sobre os cuidados pós-cirúrgicos e durante a gestação:
Ficar em repouso: É importante descansar e evitar atividades físicas extenuantes nas primeiras semanas após a cirurgia. O repouso relativo ajuda na recuperação e na redução do risco de complicações – mas Vettorazzi destaca que o repouso absoluto quase nunca é recomendado na gestação.
Restrições de atividades: É recomendado evitar atividades que possam exercer pressão no colo do útero, como levantar objetos pesados.
Sem relações sexuais: outra atividade que deve ser evitado é o sexo. "Na maioria das vezes a gente recomenda abstinência de relações sexuais durante a gestação, também mais um fator protetor em relação à prematuridade", diz Vettorazzi.
Sinais de alerta: É crucial estar atenta a sinais de alerta, como sangramento vaginal excessivo, dor abdominal intensa, contrações frequentes ou ruptura da bolsa. Caso ocorram, é essencial entrar em contato imediatamente com o médico ou buscar um serviço de emergência.
Monitoramento médico: A paciente deve comparecer às consultas para monitorar a evolução da gravidez e a integridade da cerclagem.
Cada caso é único e os cuidados pós-cerclagem podem variar de acordo com a situação específica da paciente. Portanto, é fundamental seguir as orientações médicas individuais para garantir o melhor resultado possível para a gestação.
A cerclagem é geralmente removida entre as semanas 36 e 37 de gestação, para permitir que o colo do útero se dilate normalmente durante o parto. A remoção da cerclagem é um procedimento simples e geralmente não requer hospitalização. Segundo protocolos do SUS, o tempo entre a retirada e o parto, em média, é de 7 dias.
Caso haja indicação de cesárea, o fio deverá ser retirado, ainda sob efeito da anestesia, logo após o parto. O fio também deverá ser retirado se houver rotura das membranas, trabalho de parto ou se houver alteração da vitalidade fetal.
É crucial lembrar que a decisão de realizar a cerclagem deve ser tomada em consulta com um especialista, levando em consideração o histórico médico e as necessidades individuais de cada paciente. Ao buscar orientação médica adequada, as mulheres podem receber o apoio necessário para uma gestação segura e saudável, proporcionando o melhor começo possível para a jornada materna.
Compartilhe: