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Mais Abraços // Segunda-feira 3 Julho, 2023 // #gravidez, #bebe, #coceira, #colestase, #colestase gestacional, #figado
Colestase da gravidez ou colestase intra-hepática da gravidez é uma doença do fígado que acomete de 0,3% a 5,6% das gestantes, geralmente começando no segundo ou terceiro trimestre. É importante conhecer esta doença, pois ela pode apresentar riscos para o bebê.
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A colestase da gravidez é caracterizada por uma diminuição do fluxo biliar. Ou seja, as substâncias produzidas pelo fígado acabam permanecendo mais tempo que o normal no organismo. Depositados na pele, esses ácidos biliares causam prurido. Na placenta, podem provocar parto prematuro e falta de oxigenação no bebê.
O sintoma principal é a coceira, variando de leve a muito forte, começando nas mãos e nos pés e se estendendo por todo o corpo, com piora à noite. A grávida também pode experimentar: ● Dor no lado direito do abdome; ● Náuseas; ● Falta de apetite; ● Privação de sono; ● Excesso de gordura nas fezes.
É comum que a mulher apresente marcas na pele causadas pelo ato de coçar. Os exames de sangue mostram aumento da concentração dos ácidos biliares e pode haver discretas alterações nos testes que avaliam o fígado. No exame físico, o médico pode identificar lesões de pele secundárias, não causadas pelo coçar, e um quadro de icterícia.
São vários os motivos que levam uma grávida a ter esta doença. A alteração genética e o aumento temporário dos hormônios reprodutivos, como estrógeno e progesterona, são indicados como possíveis causas. Alterações no sangue, como a baixa concentração de selênio, zinco e vitamina D também influenciam no quadro.
Nos casos de colestase gestacional, a equipe médica debaterá com a grávida a possibilidade de adiantar o parto, realizando uma cesariana agendada. A cirurgia pode ocorrer a partir da 36ª semana e sua necessidade precisa ser avaliada caso a caso. São levados em consideração:
● O sofrimento da mãe quando o prurido é intenso e os medicamentos não conseguem controlá-lo; ● O histórico de colestase em gestações anteriores; ● O risco, em caso de complicação, de asfixia fetal; ● A presença de icterícia na gestante; ● Os níveis de ácido biliar.
Segundo a Sociedade Brasileira de Hepatologia, não existe consenso sobre o momento ideal para a indicação do parto, restando ao serviço médico a ponderação dos fatores de risco. Atualmente, alguns especialistas defendem que a indução do parto seja feita na semana 38 ou 39 se os níveis biliares e a coceira estiverem controlados.
A coceira geralmente desaparece poucos dias após o parto. Recomenda-se monitorar o fígado com exames de laboratório duas a quatro semanas depois da gravidez. É importante ter em mente a probabilidade de que a colestase volte a aparecer em futuras gestações. Fonte: Sociedade Brasileira de Hepatologia
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