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Mais Abraços // Segunda-feira 10 Janeiro, 2022 // #descolamento-de-placenta, #placenta, #gestacao, #gestantes, #bebe
Primeiro de tudo, é preciso entender o que é a placenta. Ela é o órgão vascular que se desenvolve a partir da 10ª semana da gestação e é responsável pela ligação entre a mãe e o bebê, transmitindo nutrientes e oxigênio da gestante para o feto. A placenta também elimina o dióxido de carbono e resíduos de nitrogênio produzidos pelo bebê, assim como secreta hormônios fundamentais para o desenvolvimento dele.
Por ser um órgão tão vital na gravidez, o descolamento da placenta de forma precoce requer atenção e acompanhamento de seu médico. Entenda mais:
Sim, em alguns casos, o descolamento prematuro de placenta pode ocorrer a partir da 20ª semana de gestação. As causas podem ser uma resposta do organismo da gestante e fatores externos como acidentes e até exercícios de alto impacto não adequados. Mas a maioria dos casos de descolamento da placenta, especialmente os relacionados ao organismo da gestante, acontecem no fim do terceiro trimestre de gravidez.
Em geral, os principais sintomas de descolamento de placenta são: dor abdominal intensa, dor na região lombar, abdômen mais endurecido e sangramento vaginal intenso. Porém esses sintomas só indicarão descolamento da placenta após 20 semanas de gravidez. Segundo a doutora Larissa Cassiano, obstetra especialista em gravidez de risco, antes da 20ª semana, esses sintomas podem indicar descolamento ovular, que é uma outra situação (e que pode ser contornada para que a gravidez prossiga).
O descolamento da placenta pode ser total ou parcial, o que será verificado pelo ou pela obstetra que irá confirmar o diagnóstico a partir de histórico clínico, exame físico e realização do ultrassom — os quais conseguem detectar hematomas e coágulos e diferenciar as diferentes condições que podem causar sintomas semelhantes e sangramento.
No caso de descolamento parcial da placenta, os médicos costumam recomendar repouso absoluto e, às vezes, são ministrados medicamentos que retardam contrações a fim de evitar um parto prematuro. Já no caso do descolamento total, a conduta é diferente, como explica a doutora Larissa: “Descolamento de placenta de fim de gestação não tem tratamento, o tratamento é o parto, que pode ser normal, caso a gestante entre em trabalho de parto, ou cesárea, caso isso não aconteça. O que for a melhor opção para a gestante e para o bebê”.
Como é uma situação grave e pontual, não há prevenção. No entanto, gestantes que foram fumantes ou que têm pressão alta apresentam mais chances de ter descolamento de placenta.
Caso você tenha um sangramento ou sinta algum dos sintomas, consulte o seu ou a sua obstetra para que você seja corretamente avaliada e orientada.
* A especialista consultada sobre esta matéria foi ouvida como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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