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Mais Abraços // Quarta-feira 30 Outubro, 2024 // #dor no pe da barriga, #gravidez, #gestação
As mudanças que acontecem no corpo da mulher durante a gestação são totalmente normais e uma das consequências do crescimento da barriga, conforme o bebê se desenvolve, é a chamada “dor no pé da barriga na gravidez”.
Esse termo se popularizou como uma forma simples de descrever o tipo de incômodo que afeta a região baixa do ventre ao longo dos nove meses. Aliás, a popularidade tem um motivo: segundo informações do Sistema Público de Saúde do Reino Unido, conhecido pela sigla NHS, uma em cada cinco mulheres terão o quadro em algum grau, que vai de leve a grave.
Entenda, a seguir, se sentir dor no pé da barriga na gravidez é normal, o que pode estar por trás do desconforto e quais são as principais formas de aliviá-lo.
A dor no pé da barriga é um termo genérico para descrever os incômodos que a mulher sente na parte inferior do abdômen, abaixo do umbigo, enquanto o bebê se desenvolve.
Podem existir diversas causas para as dores abdominais na gravidez primeiras semanas e a maioria é normal, faz parte dos rearranjos do corpo materno para melhor acomodar o bebê. “A dor no pé da barriga durante a gravidez pode acontecer por inúmeros motivos, afinal é um tipo de dor inespecífica”, explica Alice Maganin, ginecologista e obstetra.
A especialista conta que, felizmente, na grande maioria das vezes, a dor abdominal na gravidez acontece simplesmente devido ao crescimento do útero, à movimentação do bebê, à pressão que ele provoca na região e à ação do hormônio relaxina.
“A relaxina tem papel importante na preparação da mulher para o parto e que pode provocar afrouxamento das articulações da gestante, o que inclui a sínfise púbica, aquela cartilagem que temos bem embaixo da barriga”, acrescenta.
Mais tarde na gestação, alarmes falsos de trabalho de parto também podem ser os responsáveis pela dor no baixo ventre.
Apesar de existirem diversas causas para dor no pé da barriga — que você descobrirá ao longo desse artigo —existem três muito comuns, são elas:
Pode haver acúmulo de gases no abdômen da gestante, acompanhado de constipação. Como são considerados problemas cotidianos nesta fase da vida da mulher, basta incluir alguns hábitos no dia a dia, como manter-se hidratada, ter uma alimentação saudável e consumir mais fibras, pois isso facilita a digestão
A grávida pode ter quadros menos sintomáticos de infecção urinária, o que pode acabar atrapalhando e atrasando o diagnóstico e tratamentos corretos. Por isso é importante o acompanhamento durante toda a gestação.
Quando esse incômodo aparece e não vai embora depois de algum tempo, é essencial conversar com o ginecologista para que o profissional faça uma avaliação mais aprofundada e investigue as possíveis causas.
Normalmente, a dor no pé da barriga acontece no início da gravidez, logo, a partir da 5ª e 6ª semanas de gestação já pode aparecer.
A obstetra ressalta que também pode acontecer no final da gravidez, no terceiro trimestre (a partir da 28ª semana), e ser de padrão mais mecânico, ou seja, pelo crescimento do bebê.
Ela lembra que não é raro as gestantes perceberem um desconforto no pé da barriga quando apresentam contrações de Braxton-Hicks, que são as contrações de treinamento para o parto.
A dor abdominal na gravidez, de forma geral, pode surgir como uma espécie de cólica em qualquer região da barriga, do abdômen e até do baixo ventre. Ela pode ser aguda, como uma pontada, ou crônica, permanecendo por mais tempo. Já a dor no pé da barriga é localizada mais abaixo, entre o umbigo e o monte púbico.
Quando esses sintomas persistem e impactam a rotina e a qualidade de vida, ou quando eles vêm junto de febre, calafrios, dor de cabeça ou corrimento, sinais que podem indicar uma infecção, é bom conversar com o médico que faz o acompanhamento da gestação.
Durante o primeiro trimestre, outra possível causa de dor no pé da barriga é a gravidez ectópica, que acontece quando o embrião se desenvolve em um lugar inadequado, como nas trompas, tornando a gestação inviável. Vale pontuar que esse acometimento é bem mais raro.
No segundo trimestre, o principal motivo para o desconforto é o alongamento de pele, músculos e ligamentos, em especial o ligamento redondo do útero, que une o útero à região pélvica e é esticado em decorrência do crescimento uterino.
Já no terceiro e último trimestre, a dor no pé da barriga pode ter a ver com as contrações de um falso trabalho de parto, as chamadas contrações de Braxton-Hicks, que não são incomuns e podem ser percebidas com dor e endurecimento da barriga.
“No caso de gestação fora do útero ou de perda gestacional, pode ser acompanhada por sangramento vaginal. Em casos de apendicite podemos ter náusea e vômito, inapetência, febre e calafrios”, ressalta Alice.
Quando ela vem junto das contrações de treinamento, a gestante pode perceber a barriga ficando dura por alguns segundos, de maneira irregular.
“Algumas gestantes evoluem para um quadro chamado de sinfisite, que acaba gerando uma dor bem no pé da barriga ao realizar movimentos como levantar da cama e sair do carro”, destaca a profissional.
Segundo a American Pregnancy Association, a dor pé da barriga também pode vir acompanhada de acúmulo de gases no abdômen e constipação, que são relativamente comuns durante a gestação e são facilmente aliviadas com mudança de hábitos, como beber mais água e ingerir mais fibras.
Casos de infecção das vias urinárias ou cálculo renal podem vir junto com sintomas como: sensação de que a bexiga não esvazia por completo ao ir ao banheiro, necessidade de ir repetidas vezes ao banheiro com saída de pouca quantidade de urina e até sangue misturado com a urina.
Além disso, a médica explica que os sintomas podem se assemelhar com outros comuns na gestação. “Esse é o grande desafio no cuidado da gestante: precisamos estar bem atentos pois muitos quadros potencialmente graves apresentam sintomas parecidos com os que são comuns na gestação".
Alice recomenda que, caso esteja apresentando dores fortes, de intensidade moderada à alta, ela deve procurar atendimento o mais rápido possível. De maneira geral, um profissional de saúde deve ser contactado com urgência se a gestante estiver com:
Sangramentos;
Cãibras regulares;
Perdas de líquidos pela vagina;
Dor intensa nas costas;
Sensação de dor ou queimação na hora de urinar;
Presença de sangue no xixi;
Dor muito severa que persiste após 30 a 60 minutos.
Febre e/ou calafrios;
Desmaios;
Palidez;
Vômitos incoercíveis (quadro mais grave comum na gravidez).
Quando falamos de dores mecânicas, associadas ao crescimento do útero e à movimentação do bebê, as principais medidas acabam sendo:
Aplicação de calor local;
Prática de exercício físico com acompanhamento profissional;
Fisioterapia pélvica e ortopédica;
Controle do ganho de peso na gravidez com a ajuda de um profissional;
“A avaliação profissional auxilia, inclusive, para determinar qual será o tratamento adequado, pois há casos em que a gestante, na busca por aliviar sintomas, aumenta as práticas de alongamento, por exemplo, e acaba piorando o quadro de dor, pois o que ela precisava na verdade era fortalecer”, conta Alice.
Ela conta que o obstetra pode indicar o uso de medicações que dispensam o uso de prescrição, como analgésicos, porém é importante sempre ter o aval profissional e não se automedicar. Os quadros mais graves demandam avaliação individual e tratamento específico que podem ser prescritos pelo médico.
Felizmente, existem algumas medidas que a mulher pode adotar na rotina para amenizar ou evitar esta dor no pé da barriga na gravidez. As indicações da obstetra são:
Ingerir bastante líquido diariamente;
Alimentar-se de forma saudável;
Manter-se ativa e evitar longos períodos na mesma posição (se você trabalha sentada, a cada duas horas, levantar-se para caminhar pode ser bem interessante).
Além da dor no pé da barriga na gravidez, conheça outros sintomas comuns para evitar preocupações e aproveitar todas as fases da gestação sem neuras. Até a próxima!
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