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Mais Abraços // Terça-feira 28 Novembro, 2023 // #gravidez, #alimentação
O consumo de peixes durante a gestação pode gerar dúvidas. Por um lado, o alimento é rico em nutrientes fundamentais para a saúde da mulher e do bebê. Por outro, ele pode carregar alguns compostos que prejudicam o desenvolvimento da criança.
E essa dúvida fica ainda maior em datas comemorativas — como a Páscoa e o Natal — em que o bacalhau vira uma das estrelas principais das refeições entre familiares e amigos.
De forma geral, não há problema em incluir esse peixe na alimentação durante a gestação e os meses de desenvolvimento do bebê. Ele está entre os pescados recomendados pelas associações de saúde e órgãos de saúde pública, como a Food and Drug Administration (FDA), que faz a vigilância sanitária dos Estados Unidos.
O bacalhau é um peixe muito comum nos mares do Atlântico Norte. Há cerca de 60 espécies diferentes desse pescado, sendo que a Gadus morhua é a mais comum delas. Esse peixe costuma ter um porte médio a pequeno, mas em alguns casos ele pode alcançar até 100 quilos e dois metros de comprimento.
O bacalhau é um dos pratos mais tradicionais da culinária portuguesa. Ele geralmente chega ao país a partir da Noruega e outras nações nórdicas conservado em sal. É um dos peixes mais consumidos no país ibérico — e a tradição, claro, foi passada para os brasileiros ao longo dos últimos séculos, tornando-se a estrela em datas comemorativas, como a Páscoa e o Natal.
De acordo com várias instituições de saúde, como a Associação Food Safety Brazil, a grávida pode comer bacalhau sem maiores preocupações.
Isso porque a grande questão com o consumo de pescados durante a gestação envolve o contato indesejado com o mercúrio, um metal pesado que muitas vezes é absorvido pelos peixes no meio ambiente.
Em seres humanos, o mercúrio tem um efeito tóxico. A situação é ainda mais grave durante o desenvolvimento do feto na barriga da mãe ou na primeira infância. Nos primeiros anos de vida, essa substância pode afetar o desenvolvimento do cérebro e do sistema nervoso. Outros efeitos maléficos do mercúrio são o baixo desenvolvimento do bebê, um baixo peso ao nascer e até alguns problemas nos rins.
A questão é tão séria que órgãos como o FDA sugerem que o cuidado da mulher deve começar antes mesmo dos nove meses de gestação: ela já deve restringir o consumo de alguns peixes se está planejando engravidar nas próximas semanas. Essa preocupação se restringe também ao pós-parto, pois o tal do mercúrio também pode passar ao bebê através do leite materno.
Mas, como explicamos, o bacalhau não gera esse alarme todo: ele está entre os pescados com nível baixíssimo, ou quase nulo, de mercúrio.
É claro que, de uma forma mais geral, é importante não exagerar no bacalhau por outros motivos. O principal deles é o alto teor de sal dessa proteína (lembra que ele é vendido conservado em salmouras?).
O excesso de sal na dieta pode aumentar a pressão arterial e causar quadros de hipertensão — que podem trazer complicações à gravidez e até a necessidade de antecipar o parto.
Para evitar esse risco, lembre-se sempre de dessalgar bem o bacalhau antes de prepará-lo. Comer pequenas porções a cada refeição também ajuda a controlar a quantidade de sal que vai para o organismo.
Bom, já que estamos falando de peixes, é provável que você esteja se perguntando: quais são os melhores pescados para consumir durante a gravidez e quais devem ser evitados.
Para responder a essa pergunta, vamos usar como base um guia publicado pelo FDA dos Estados Unidos.
As melhores escolhas de peixe na gestação incluem:
Anchova
Arenque
Bacalhau
Badejo
Atum claro enlatado
Corvina
Linguado
Peixe-branco
Pescada
Salmão
Sardinha
Robalo
Tainha
Tilápia
Truta de água doce
Já alguns dos peixes que devem ser evitados, segundo o FDA, são:
Albacora-bandolim
Cavala
Marlim
Peixe-espada
Tubarão
Cação
Lembrando que todos esses peixes devem ser consumidos, de preferência, bem cozidos — especialmente durante o primeiro trimestre da gestação.
Isso porque a carne crua, tão comum na culinária japonesa, pode trazer bactérias e outros micro-organismos que geram infecções, inflamações e outras complicações à saúde da mulher e do bebê.
Um estudo da Universidade de Coimbra, em Portugal, reforça que consumir pescados ao longo da gravidez é uma ótima atitude. Um dos principais benefícios está justamente no desenvolvimento neurológico do bebê.
“Filhos de mães que não consumiram peixe durante a gravidez revelaram um desenvolvimento neuro-cognitivo mais deficitário, comparativamente aos filhos de mães que comeram, frequentemente, peixe durante a gestação, particularmente no que diz respeito à capacidade de comunicação, ao Quociente de Inteligência (QI) verbal e ao desenvolvimento visual”, aponta o artigo.
“Estes resultados são apoiados por estudos anteriores que, além destes benefícios, relatam outros como: melhor desenvolvimento neurológico e motor, melhor percepção e menor desatenção e hiperatividade”, complementam os autores. Uma cartilha do FDA, dos Estados Unidos, reforça essa ideia: “Os peixes fornecem nutrientes essenciais que ajudam no desenvolvimento do cérebro de crianças”.
Além disso, essa proteína protege a saúde do coração, reduz o risco de fraturas, diminui a probabilidade de sobrepeso e obesidade e reduz as chances de sofrer com câncer colorretal. Haja vantagem!
Entre as substâncias que promovem esse pacote de benefícios, destacam-se o ômega-3, o ferro, o iodo e a colina.
Mas qual a quantidade ideal de peixe na gravidez? O FDA sugere que as mulheres grávidas comam entre duas e três porções de peixe por semana, desde que eles estejam naquela lista de espécies livres de mercúrio que mencionamos nos parágrafos anteriores. Nesse caso, uma porção é a quantidade que cabe na palma da sua mão.
Viu como é fácil incluir peixes como o bacalhau na dieta, mesmo durante a gestação? Com essas dicas, dá pra aproveitar essa saborosa fonte de proteínas sem preocupação!
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