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Mais Abraços // Segunda-feira 30 Outubro, 2023 // #papanicolau, #gravidez
O papanicolau é um dos exames mais importantes na rotina de cuidados da saúde da mulher. Afinal, por meio dele, é possível detectar o câncer de colo de útero em estágio bem inicial, quando o tratamento é mais fácil e as chances de cura são bem maiores.
O teste também pode ser realizado durante a gestação, já que a prática não representa nenhuma ameaça à saúde da mulher ou do bebê — e nem aumenta o risco de aborto. Segundo associações médicas e o próprio Ministério da Saúde, não há problema nenhum em fazê-lo durante os meses de gravidez desde que sejam tomados alguns cuidados básicos.
Mas, para entender melhor essa história, vamos dar um passo para trás e explicar o método de diagnóstico e a importância dele na prevenção do câncer desde o início.
Também conhecido entre os médicos como “colpocitologia” ou “exame colpocitológico”, o papanicolau é um dos principais métodos para detectar o câncer de colo de útero nos estágios iniciais ou mesmo a existência de lesões pré-cancerígenas.
Este é um dos tipos de tumores mais frequentes e mortais entre o público feminino, Para se ter uma ideia, o Instituto Nacional de Câncer (Inca) estima que, todos os anos, 17 mil brasileiras são diagnosticadas com essa doença. Dessas, 6,6 mil morrem.
Já a Organização Mundial da Saúde (OMS) calcula que, apenas em 2020, mais de meio milhão de mulheres tiveram câncer de colo de útero. Um total de 342 mil delas morreram em decorrência desse problema.
A principal causa desse câncer é a infecção pelo papilomavírus humano, o HPV. O agente infeccioso invade as células do corpo e pode provocar lesões cancerígenas não apenas no colo do útero, mas também em outras partes da genitália e até na boca e garganta.
A vacinação contra o HPV está disponível na rede pública de saúde para meninas e meninos — e diminui bastante o risco de desenvolver vários tipos de tumores causados pelo vírus (incluindo o de colo de útero).
E olha que curioso: o exame que detecta esse tumor foi inventado há quase um século, em 1928, pelo médico grego George Papanicolaou. Como você já deve ter percebido, o método ficou conhecido popularmente com o sobrenome de seu criador.
O papanicolau é um exame relativamente simples, feito no próprio consultório. Confira as etapas a seguir:
O profissional de saúde usa o espéculo (também chamado popularmente de “bico de pato”) para afastar as paredes do canal vaginal e visualizar o colo do útero;
Na sequência, é realizada a coleta do material, feita com espátula, escovinha ou cotonete próprios para essa finalidade. É feita uma leve esfregação do colo do útero e o material é, então, colocado em uma lâmina;
O material é encaminhado para um laboratório de diagnóstico, onde é avaliado no microscópio por um especialista;
É justamente nesse momento que podem ser encontradas células com lesões, o que sugere o desenvolvimento inicial de um tumor.
De acordo com o Ministério da Saúde, o papanicolau é um exame preventivo “acessível, efetivo, simples e rápido” e está disponível gratuitamente a todas as mulheres pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
As orientações das sociedades médicas são bem claras. A Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) recomenda o exame a todas as mulheres que tenham entre 25 e 64 anos e já iniciaram a atividade sexual.
A entidade ainda sugere que, de início, o papanicolau seja repetido com um intervalo de um ano.
Se esses dois primeiros exames, feitos com uma diferença de 12 meses entre eles, não encontrarem nada, é possível repetir o teste de três em três anos.
Mas atenção: esses prazos podem variar de acordo com cada mulher e o histórico de saúde individual. Por isso, é importante conversar com o profissional de saúde de confiança, que vai passar orientações personalizadas para cada caso.
Como explicamos anteriorermente, não há nenhum problema em realizar esse exame durante a gestação.
Mas para que serve o papanicolau na gravidez? O motivo é o mesmo de esse teste ser indicado para todas as mulheres de 25 a 64 anos: fazer o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero.
Afinal, esse controle deve continuar normalmente durante a gestação e tumores também podem aparecer nessa fase. E vale lembrar que a detecção da doença nas fases iniciais facilita o tratamento e aumenta bastante as chances de cura.
O Ministério da Saúde reforça que gestantes podem ser submetidas ao papanicolau sem contraindicações. O método não aumenta o risco de aborto e não traz nenhum prejuízo à saúde da mulher ou do bebê.
As entidades apenas recomendam que esse exame seja feito antes do 7° mês da gravidez.
Outra orientação aos profissionais da saúde é que eles não usem a escovinha endocervical para coletar o material no colo do útero, que será analisado em laboratório. Nesse caso específico, eles devem utilizar apenas uma espátula.
E por último, a resposta para a dúvida sobre o exame papanicolau detectar ou não gravidez é não.
Para isso, existem outros métodos, como é o caso dos testes rápidos de farmácia e a medição do hormônio beta HCG no sangue.
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