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Mais Abraços // Terça-feira 3 Setembro, 2024 // #gestacao, #febre Oropouche, #bebe
Você sabe o que é febre Oropouche? Só em 2024, a doença, transmitida pelo mosquito maruim, já infectou mais de 7.000 pessoas em 21 estados brasileiros, até o dia 28 de julho, segundo dados do Ministério da Saúde.
Mas será que a doença pode afetar gestantes e bebês? A seguir, vamos contar em detalhes o que é febre Oropouche, como identificar os sintomas, tratamentos indicados e maneiras de prevenção para evitar que você e seu filho corram riscos.
A febre Oropouche é uma doença viral classificada como "arbovirose" e transmitida por algum tipo de vetor, normalmente um inseto, assim como dengue, Chikungunya e Zika, é o que explica o Ministério da Saúde.
“A febre Oropouche surgiu no Brasil pela primeira vez nos anos 60 durante a construção da rodovia Belém-Brasília, local em que foram detectados os primeiros casos. Desde então, a doença é frequente na Amazônia e em algumas cidades do Nordeste", explica Marcelo Neubauer, infectologista.
Ele continua: “O que mudou neste ano de 2024 é que o vírus da febre Oropouche se transportou para as regiões Sul e Sudeste, o que nunca tinha ocorrido antes, chamando atenção para estes novos casos".
A transmissão da febre Oropouche acontece quando o mosquito maruim (de nome técnico Culicoides paraensis, também chamado de mosquito-pólvora) pica uma pessoa ou animal infectado. O vírus, então, permanece no inseto por alguns dias. Por fim, o mosquito, que está infectado, pica uma pessoa saudável, passando o vírus.
A febre Oropouche é causada pelo vírus Oropouche e tem um quadro clínico muito parecido com a dengue. Marcelo lembra que é uma doença autolimitada, isto é, tem começo, meio e fim e, geralmente, dura de 7 a 14 dias.
Veja os principais sintomas da febre Oropouche, de acordo com o infectologista:
Febre;
Dores no corpo;
Dor atrás dos olhos;
Vermelhidão na pele;
Náuseas;
Mal-estar;
Diarreia.
E como diagnosticar a febre Oropouche? A pessoa que apresentar alguns destes sintomas acima deve procurar um posto de saúde mais próximo. Os exames laboratoriais para a detecção do vírus Oropouche são feitos através do PCR (amostra nasal) ou exames de sangue.
A possibilidade de transmissão do vírus da Oropouche da mãe infectada para o bebê durante a gestação é considerada desde os primeiros surtos identificados no Brasil, porém ainda não há evidências científicas suficientes que comprovem essa transmissão ou seus efeitos sobre o feto.
Segundo informações da Organização Pan-Americana de Saúde, houve um caso recente, em que uma gestante residente de Pernambuco apresentou sintomas de Oropouche na 30ª semana de gestação. Após confirmação laboratorial da infecção por Oropouche, houve perda fetal.
Em julho de 2024, em investigação laboratorial de um caso de óbito fetal com 30 semanas de gestação, foi identificado material genético do OROV (vírus Oropouche) no cordão umbilical, na placenta e em diversos órgãos fetais — essa é uma evidência da ocorrência de transmissão vertical do vírus.
No mesmo estudo, foi detectada em quatro recém-nascidos com microcefalia a presença de anticorpos da classe IgM contra OROV. Essa é mais uma evidência de que ocorre transmissão vertical do OROV, porém as limitações do estudo não permitem estabelecer relação causal entre a infecção por OROV durante a vida intrauterina e malformações neurológicas nos bebês.
Para Marcelo Neubauer, a mãe pode transmitir o vírus para o bebê durante a gestação através do cordão umbilical (que liga mãe e bebê), o que pode ser fatal para o bebê. “Foi registrado um caso no estado de São Paulo em que os médicos conseguiram isolar o vírus a partir do corpo do bebê que, claramente, faleceu por conta da infecção pelo vírus", conta.
A prevenção da febre Oropouche é bastante simples! Basta seguir essas orientações e aplicar no dia a dia para proteger você e seu pequeno.
Para as gestantes:
Uso de repelentes no corpo todo;
Adotar roupas que cobrem todo o corpo (camisas de manga longa e calças compridas), porque o mosquito não consegue picar por cima da roupa;
Colocar inseticidas nas áreas comuns da casa, principalmente os modelos que são conectados à tomada da casa, pois eles são relativamente pouco tóxicos e, por isso, bastante seguros para as gestantes.
Para os bebês:
Colocar roupinhas no bebê que cubram o corpo;
Instalar tela de mosquiteiro no berço (em quarto de bebês não se deve colocar inseticidas)
Aplicar repelentes específicos para a faixa etária da criança.
Há muitas dúvidas sobre como tratar febre Oropouche. O Ministério da Saúde ressalta que não existe tratamento específico para a febre Oropouche. É recomendado que os pacientes fiquem em repouso, tratando os sintomas e com acompanhamento médico.
“Em todos os casos, depois de passar por consulta médica, podem ser indicados medicamentos para baixar a febre, para amenizar as dores e para controlar o mal-estar. É importante sempre ir ao médico, pois ele é quem irá estabelecer e iniciar as medidas de tratamento adequadas”, finaliza Marcelo.
Agora que você está por dentro de como acontece a transmissão e as maneiras de prevenção contra a febre Oropouche, é importante seguir as orientações na rotina para que você e seu bebê fiquem protegidos e saudáveis. Até mais!
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