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Mais Abraços // Segunda-feira 24 Julho, 2023 // #placenta, #placenta previa, #gravidez, #bebe
Você já ouviu falar de placenta prévia? Esse problema afeta cerca de 0,5% das gestantes e pode ser grave e até fatal. A boa notícia é que existem formas de diagnosticar precocemente e fazer um acompanhamento seguro e bastante efetivo. Neste artigo, vamos te explicar o problema — e se uma mulher acometida pela placenta prévia pode ter parto normal ou não.
A placenta é um órgão totalmente novo que se forma no corpo da mulher e se desenvolve dentro do útero durante a gestação, sendo responsável por prover o oxigênio e os nutrientes necessários para o crescimento do bebê.
O colo do útero é um canal muscular localizado na parte inferior do útero. Ele faz “fronteira” com a vagina e é primordial para proteger o feto de agentes infecciosos durante os nove meses de gravidez.
A placenta prévia acontece quando a placenta se desenvolve justamente na parte de baixo do útero, perto demais ou cobrindo o colo do útero.
Isso pode causar sangramento vaginal durante a gravidez ou no parto, e pode aumentar o risco de complicações para a mãe e o bebê.
Segundo cartilha elaborada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), existem três tipos de placenta prévia:
Placenta prévia total: a placenta cobre completamente o colo do útero.
Placenta prévia parcial: a placenta cobre apenas uma parte do colo do útero.
Placenta prévia marginal: a borda da placenta fica próxima à abertura do colo do útero, mas não a cobre.
Esse mesmo documento aponta que o problema afeta entre 0,3% e 0,5% de todas as gestações. Por isso, é considerado um quadro raro.
A UFRJ aponta que o fator mais importante para desenvolver a placenta prévia é ter passado por uma cesariana anteriormente. Esse tipo de parto, muito comum no Brasil, envolve retirar o bebê por meio de um corte no baixo ventre. Ele é uma opção ao parto normal, em que a criança sai do útero através do canal vaginal.
Outros fatores de risco para a placenta prévia são:
Multiparidade (em que a mulher já teve duas ou mais gestações ao longo da vida fértil);
Idade materna avançada;
Gestação múltipla (quando a mulher espera mais de um bebê);
Histórico de placenta prévia em outras gestações;
Curetagens prévias (procedimento médico de raspagem uterina).
É importante que a mulher informe ao profissional de saúde se possuir qualquer um desses fatores de risco. Assim, o acompanhamento fica ainda mais criterioso e constante.
De acordo com o Serviço Nacional de Saúde do Reino Unido (conhecido em inglês pela sigla NHS), a placenta prévia é diagnosticada por meio de um ultrassom.
Esse exame é realizado por volta da 18a a 20a semana de gestação. Nele, é possível visualizar imagens da placenta e do colo do útero, para ver se essas estruturas não estão sobrepostas.
O NHS calcula que, neste estágio, a placenta prévia costuma ser diagnosticada em uma a cada 200 gestantes que passam pelo ultrassom. Essas mulheres então fazem um acompanhamento cuidadoso e são submetidas a um novo ultrassom na 32a semana da gravidez.
De acordo com os registros britânicos, nessa etapa a placenta prévia deixa de ser um problema preocupante para 9 em cada 10 mulheres.
Isso acontece porque a placenta se desloca naturalmente conforme o bebê cresce. Com isso, ela deixa de cobrir parcial ou totalmente o colo do útero — o que é sempre uma excelente notícia.
Agora, se a placenta continua perigosamente perto do colo do útero, existe um risco alto de que a mulher sofra sangramentos ao longo da gravidez, como pontua o NHS.
Em um artigo sobre o tema, a Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) lembra que as hemorragias são a principal causa de morte materna no mundo inteiro.
Se o sangramento é grave demais, há um risco aumentado à vida da mulher e do bebê.
Para evitar que isso aconteça, pode ser necessário ficar internada, em repouso absoluto, e até passar por transfusões de sangue periódicas. A hospitalização serve justamente para acompanhar o quadro de perto e agir rapidamente, caso seja necessário.
Vale reforçar aqui que a placenta prévia é um problema grave, que exige muita atenção de toda a equipe de especialistas.
Na maioria das vezes, não. Como a placenta está cobrindo o colo do útero, é necessário partir para uma cesariana. O método é seguro e evita que a mulher perca muito sangue ao longo do parto.
Muitas vezes, também é necessário antecipar o nascimento do bebê. Nesses casos, o médico prescreve o uso de alguns remédios para antecipar o desenvolvimento de órgãos vitais para a sobrevivência da criança (como os pulmões) e marca a cesariana logo na sequência.
Esse pode ser o melhor caminho quando há muito sangramento vaginal ou se a placenta prévia está restringindo o crescimento do bebê, ao impedir o fluxo adequado de oxigênio e nutrientes até ele.
No entanto, em casos raros de placenta prévia marginal (quando a borda da placenta fica próxima à abertura do colo do útero, mas não a cobre), o parto vaginal pode ser possível.
Isso vai depender da localização exata da placenta e das condições da mãe e do bebê.
Em todos os casos, o método de parto deve ser determinado pelo médico, levando em consideração o risco de complicações e a segurança de todos os envolvidos.
Portanto, se você estiver grávida e notar qualquer tipo de sangramento vaginal, dor abdominal ou nas costas, ou qualquer outro sintoma preocupante, é importante buscar atendimento médico imediatamente.
Vale ponderar, claro, que nem todo sangramento vaginal durante a gravidez é causado pela placenta prévia.
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