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Mais Abraços // Segunda-feira 5 Junho, 2023 // #gestacao, #bebe, #trabalho de parto, #bolsa, #placenta, #liquido amniotico
Desde a concepção, o embrião se desenvolve dentro de uma estrutura no formato de bolsa, composta por duas membranas e preenchida com o líquido amniótico. O rompimento desse tecido é uma das etapas normais do trabalho de parto.
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O ginecologista e obstetra Ricardo Tedesco, membro da Comissão Nacional Especializada de Assistência ao Parto, Puerpério e Aborto da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo) descreve o momento do ponto de vista fisiológico: “O esperado é que a bolsa se rompa espontaneamente no decorrer do trabalho de parto. Quando isso acontece, a mulher sente um líquido escorrendo pelas pernas. Ele é quente e tem um odor forte, que lembra água sanitária”.
Segundo Tedesco, o rompimento provoca uma perda de líquido involuntária. “Não é como urina, que se consegue prender”, Na maioria das vezes, o volume da perda é grande. “Não dá para não perceber. Forma-se uma poça no chão, encharca a roupa”, diz o especialista.
Em alguns casos, porém, a perda de líquido pode ser pequena. Uma das hipóteses para o fato seria um rompimento na parte superior da membrana. Também é possível que apenas uma das membranas que compõem a bolsa tenha se rasgado.
Se a bolsa estourou e a mulher está com idade gestacional igual ou superior a 37 semanas, o feto está maduro e o nascimento se encaminha normalmente. De acordo com o médico, a clássica cena de filmes que retrata uma corrida ao hospital é infundada. Se o líquido amniótico for transparente ou leitoso, é possível que o trabalho de parto ainda demore outras 24 horas para engrenar.
No entanto, se o líquido amniótico estiver esverdeado, é urgente que a mulher procure um serviço de saúde. “Isso significa que, dentro do útero, o bebê fez cocô, o chamado mecônio”, explica Tedesco. O mecônio é um indicativo de sofrimento fetal e, por isso, a gestante precisa ter acompanhamento médico rápido.
Quando a idade gestacional é inferior a 37 semanas, a gestante também deve buscar assistência imediata. “O médico que acompanha a gravidez deve pedir a internação para tentar evitar um parto prematuro”, afirma Tedesco. No hospital, será feito o controle clínico e laboratorial do volume do líquido amniótico.
Os riscos avaliados envolvem as seguinte possibilidades:
● Trabalho de parto prematuro; ● Baixo nível de líquido amniótico.
Tedesco explica que as decisões tomadas analisam onde está o risco maior. “Há situações em que a gestante pode ficar semanas internada com a bolsa rompida.” O especialista diz que, mesmo com a bolsa rompida, a produção do líquido não cessa. Um dos desafios é controlar o seu nível e evitar infecções.
O mais comum é que a bolsa se rompa ou estoure de maneira espontânea, mas há ocasiões em que ocorre manipulação médica para que o líquido amniótico saia. Esse procedimento, em que o médico rompe a bolsa com um instrumento cirúrgico, chama-se amniotomia.
Lembre-se de que nenhum parto é igual a outro e cada um tem as próprias características. Prepare-se com informações médicas para que, quando chegue o momento de dizer “a bolsa estourou”, você saiba identificar o que está acontecendo.
*O especialista consultado nesta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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