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Mais Abraços // Segunda-feira 26 Junho, 2023 // #parto, #bebe pélvico, #parto pélvico
Até o final da maioria das gestações, o bebê vira de cabeça para baixo no útero da mãe. Essa posição, chamada de cefálica, é a que mais imaginamos ao pensar em um parto, com a cabeça da criança saindo primeiro. Entretanto, em alguns casos, o bebê pode não virar e ficar "sentado" dentro da barriga. É o chamado bebê pélvico.
É normal que alguns bebês passem um tempo sentados dentro do útero da mãe e em outras posições. Segundo a obstetra Rosiane Mattar, presidente da Comissão Nacional Especializada em Gestação de Alto Risco da Febrasgo (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia), os fetos se mexem e podem virar espontaneamente para a posição cefálica conforme a gestação caminha para o final. Isso acontece, geralmente, até a 34a semana de gestação.
Se o bebê permanecer sentado no final da gestação ou na hora do parto, aí, sim, é um caso de bebê pélvico.
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Rosiane Mattar explica que, na apresentação pélvica, a região da bacia do feto está próxima à bacia da mãe, com a cabeça no fundo do útero. Por isso, na linguagem popular, falam que temos um bebê sentado.
Há dois caminhos quando se fala em bebê pélvico. "Pode ser [apresentação] pélvica completa, quando a pelve e os membros inferiores na mesma altura estão em relação à bacia materna, como se fosse um buda", diz a obstetra. "E a incompleta se estiver em modo de nádegas ou com os joelhos ou pés", complementa.
Existem uma série de fatores que podem influenciar na posição do bebê e fazer com que ele fique pélvico até depois da 37ª semana de gestação. "Algumas vezes é possível identificar a causa, como em úteros com malformação, placenta prévia, miomas grandes, prematuridade, malformação fetal. Também é mais comum na gestação múltipla", comenta Rosiane. "Mas, em muitas ocasiões não se consegue identificar o porquê."
A posição do bebê no fim da gravidez é identificada por exame obstétrico: palpação, local da ausculta do coração e toque vaginal. O ultrassom pode confirmar o diagnóstico.
Não há problema nenhum, durante a gravidez, que o feto fique sentado. É preciso cuidado, entretanto, se bebê estiver assim na hora do parto, mas essa é uma condição pouco frequente. De acordo com a obstetra, no final da gravidez, após 37 semanas, ocorre em cerca de 2,5% das gestantes. Se o bebê ainda estiver sentado e for o caso de um parto pélvico, há alguns riscos. Porém, existem manobras a serem feitas que podem ajudar no posicionamento do bebê e na condução do parto.
Então, que fazer se o bebê estiver sentado na hora do parto?
Ainda segundo a médica, existem países, como Alemanha e França, que adotam o parto vaginal mesmo em apresentação pélvica. Aqui no Brasil, seguindo a conduta de escolas americanas, tem sido proposta uma manobra chamada "versão cefálica externa", que pode alterar a posição do bebê.
A versão cefálica externa é uma manobra em que o médico, com as mãos sobre o abdome materno, tenta rodar o feto dentro do útero. Ela deve ser tentada entre 36 e 37 semanas de gestação, se o bebê ainda não estiver com a cabeça para baixo.
Se não houver sucesso com a manobra, o mais comum no Brasil é que o parto seja feito por cesárea. "Quando se explica para a paciente, para a família e para a maioria dos médicos a possibilidade, mesmo que remota, de cabeça derradeira (que pode determinar até morte do bebê) geralmente há escolha pela cesárea", afirma Rosiane. "Mas isso deve mudar com o tempo, pois o risco do parto pélvico não é assim tão grande."
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