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Mais Abraços // Terça-feira 1 Fevereiro, 2022 // #doula, #inducao, #parto, #bebe
Por Raquel Corrêa*
Há muitas opções para o nascimento de um bebê, além de um parto espontâneo ou de uma cesárea. Você já ouviu falar em indução de parto? Trata-se de um processo – mecânico ou farmacológico – que tem como objetivo ajudar a iniciar o trabalho de parto, na tentativa de priorizar o parto normal e todos os benefícios que ele traz.
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A indução é feita quando é mais seguro para o bebê nascer do que ficar dentro do útero, aguardando o trabalho de parto espontâneo, ou quando a gestação apresenta algum tipo de risco para a mãe. Entre as situações mais comuns para a indução estão: diabetes, pressão alta, restrição de crescimento, pós-datismos (gravidez acima de 40 semanas), bolsa rota (bolsa das águas/bolsa de líquido amniótico) prolongada sem sinal de trabalho de parto, entre outras.
Os métodos de indução utilizados são divididos em três tipos:
O método a ser utilizado para indução de parto depende de inúmeros fatores. Há casos em que a idade-limite para seguir com a gestação já está estabelecida pelo médico, como acontece em uma gestação com diabetes controlada. Nesse caso, a gestante pode se programar e, aos poucos, começar a fazer uso das técnicas naturais disponíveis, para, caso não surtam efeito, seguir com técnicas farmacológicas.
Em outros, em que não há tempo para essa preparação, alguns métodos podem ser descartados, e as apostas são em técnicas mais efetivas, porém mais invasivas.
A escolha da indução mecânica ou farmacológica será feita após a avaliação médica e irá depender do grau de maturidade do colo da gestante. Após o toque vaginal, é usado um índice que conhecemos como Índice de Bishop, que dará uma “nota” para esse colo.
Bishop menor que seis sugere a necessidade de amadurecer o colo e, com isso, fazer uso de prostaglandinas por meio de propess e misoprostol (compostos químicos similares a hormônios). Há alguns casos em que a prostaglandina não é o caminho mais seguro e o especialista médico deve usar o balão ou a sonda de foley. Para Bishop acima de oito, sugere-se a ocitocina (hormônio), que tem como objetivo a dilatação do colo.
Como podemos ver, existem inúmeras possibilidades de uma gestante passar por uma indução, assim como vários métodos a serem utilizados, e é por isso que estudar e entender esses fatores ao longo da gestação se faz tão importante.
O segredo para vivenciar essa experiência, sem dúvida alguma, é a informação e a paciência, pois a indução de parto é algo que pode demandar tempo. Muitas vezes, mais de um método precisará ser utilizado para se obter o resultado desejado.
Então, se você não sabia, agora já sabe: vai precisar interromper a gestação e não poderá aguardar um trabalho de parto espontâneo? Converse imediatamente com seu médico e garanta uma experiência segura e respeitosa para você e seu bebê.
*Raquel Corrêa é doula e parceira de Huggies.
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