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Mais Abraços // Terça-feira 1 Agosto, 2023 // #parto-multiplo, #gestacao-multipla, #cesariana, #cordao, #contracoes, #nascimento, #bebe
Gerar mais de um bebê ao mesmo tempo é uma experiência intensa. O pré-natal gemelar inclui cuidados específicos e informações sobre o que pode ocorrer na hora do parto. O nascimento antes da data prevista e uma complicação chamada prolapso de cordão estão entre os assuntos que seu médico vai abordar com você.
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Segundo o ginecologista Ricardo Tedesco, membro da Comissão Nacional Especializada em Assistência ao Abortamento, Parto e Puerpério da Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia (Febrasgo), a gestação com dois fetos é a mais comum das gestações múltiplas. Ela pode se apresentar de três maneiras:
Esta última é chamada de gestação monocoriônica-monoamniótica. “É a mais complicada e rara. É bom avaliar algumas questões durante a gestação, como um nenê crescer mais do que o outro. A gente sempre interrompe essa gestação em 32 semanas, pois existe a possibilidade de os cordões umbilicais se enrolarem, causando risco para os bebês”, explica Tedesco.
Segundo Tedesco, quando tudo está bem numa gravidez de gêmeos, recomenda-se a interrupção da gestação com 38 semanas. Também é comum que o trabalho de parto comece antes desse prazo. “Se o primeiro bebê estiver em posição cefálica, ou seja, de cabeça para baixo, pode-se tentar um parto normal”, diz o médico.
Mas, se houver uma diferença muito grande entre os pesos das duas crianças, calculado aproximadamente por ultrassom, a indicação é o parto cirúrgico. Ela vale também se o primeiro bebê não estiver encaixado com a cabeça no quadril da mãe. “Se o primeiro estiver sentado ou atravessado, a indicação é sempre cesárea”, afirma o especialista.
Outra ocorrência possível durante o parto de gêmeos é o prolapso do cordão umbilical, especialmente antes de o segundo bebê nascer. Significa que, enquanto o corpinho ainda está no ventre da mãe, parte de seu cordão saiu pela vagina. Quando isso ocorre, o cordão é comprimido e a oxigenação da criança é afetada, o que aciona o alerta máximo. “Nesse caso, é preciso fazer uma cesárea de emergência”, explica Tedesco. O prolapso de cordão é um problema possível em qualquer parto, mas sua ocorrência é maior em partos múltiplos, depois da saída do primeiro bebê.
Os bebês nascidos em partos múltiplos costumam ser pequenos, têm baixo peso ao nascer e, muitas vezes, precisam de atenção em uma unidade de terapia intensiva neonatal.
Logo depois do parto, é comum que os bebês gêmeos permaneçam em incubadoras até conseguirem uma maior maturidade. As incubadoras funcionam como úteros que transitoriamente proporcionam calor e umidade. Dessa forma, evitam contágio de vírus e de bactérias que podem arriscar sua saúde.
Quanto maior o número de fetos na gravidez, maiores as chances de parto prematuro. Alguns estudos médicos mostram que quase a metade dos partos de gêmeos, 9 de cada 10 partos de trigêmeos e praticamente todos os nascimentos de quadrigêmeos acontecem de forma prematura.
De acordo com o ginecologista e obstetra, quando há três fetos ou mais, a gestação é considerada de altíssimo risco. “Dificilmente a mulher chega a 40 semanas, e a indicação é que o parto seja cesárea”, afirma. Além das peculiaridades do parto, as grávidas de múltiplos tendem a desenvolver diabetes e hipertensão na gestação, também chamada de pré-eclâmpsia. Em casos mais graves, essa condição pode acarretar o descolamento prematuro da placenta.
*O especialista consultado nesta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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