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Mais Abraços // Segunda-feira 29 Maio, 2023 // #parto, #forceps, #bebe
O fórceps é um instrumento cirúrgico utilizado para auxiliar no parto e facilitar a passagem da cabeça do bebê pelo canal vaginal quando há necessidade. É uma pinça arredondada, desenvolvida especialmente para segurar a cabeça do recém-nascido, na altura das orelhas.
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Ainda que não seja um procedimento de rotina, o parto fórceps é realizado em alguns casos. A seguir, o médico obstetra Paulo Noronha, da Clínica Espaço Mãe, em São Paulo (SP), lista as situações em que ele pode ser necessário:
● Para o alívio materno, quando o parto é muito longo e a mãe está cansada demais para continuar a empurrar o bebê; ● Se, por ação da anestesia peridural, a mãe não puder empurrar; ● Se as contrações uterinas forem fracas; ● Se o bebê estiver em posição, mas não continuar a descida e começar a apresentar sinais de estresse fetal; ● Quando a frequência cardíaca está abaixo de 110 ou acima de 160 batimentos por minuto (bpm). Nesse caso, o fórceps ajuda a abreviar o período de parto e evitar que o bebê fique sem oxigênio; ● Se o bebê estiver sentado, em posição chamada de “cabeça derradeira”. O instrumento ajuda a proteger a cabeça, que sairá por último; ● Em raras situações de cesárea eletiva, o fórceps pode ser utilizado quando há dificuldade em retirar o bebê do útero.
É durante a fase expulsiva, quando o colo do útero está completamente dilatado e o bebê já desceu para o canal de parto, que o médico coloca o fórceps dentro da vagina. O obstetra então traciona gentilmente o instrumento enquanto a mãe empurra.
O uso de fórceps não precisa ser acompanhado por uma episiotomia, o corte feito na região do períneo para ampliar o canal de parto. Isso porque, quando o fórceps é utilizado, a mãe já está obrigatoriamente anestesiada e a musculatura do períneo se encontra relaxada.
Outro instrumento muito utilizado é o vácuo extrator. Ele tem a mesma função do fórceps e serve para ajudar a mover o bebê pelo canal vaginal durante o nascimento quando o trabalho de parto é interrompido. Noronha ressalta que, apesar de terem a mesma função, o fórceps tem um risco maior de lacerar o canal vaginal do que o vácuo extrator.
A mulher deve ser informada dos possíveis danos relacionados ao uso do fórceps: ● Laceração na vagina, ou seja, rasgar o tecido do órgão; ● Marcas temporárias no rosto do bebê, que não prejudicam a fisionomia e desaparecem em poucos dias.
Por causa desses riscos, o obstetra enfatiza a necessidade de o fórceps ser manuseado por um profissional experiente. É recomendado que os futuros pais esclareçam todas as dúvidas com seu médico obstetra antes do parto. Assim, estarão melhor preparados para desdobramentos inesperados e poderão tomar decisões embasadas.
*O especialista consultado nesta matéria foi ouvido como fonte jornalística, não se utilizando do espaço para a promoção de qualquer produto ou marca.
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